quinta-feira, 30 de maio de 2019



No dia 30 de maio de 1431, Joana d'Arc morria na cidade francesa de Ruão. Ela foi queimada na fogueira aos 19 anos, acusada de bruxaria. Considerada heroína da Guerra dos Cem Anos, passou de feiticeira à santa padroeira da França. A mártir francesa foi canonizada em 1920, pelo Papa Bento XV, quase cinco séculos após sua morte. Dois anos depois, ela foi declarada padroeira da França. O Parlamento francês também estabeleceu uma festa nacional em sua honra no segundo domingo de maio.


Joana d'Arc na coroação de Carlos VII



Nascida no dia 7 de janeiro de 1412, na cidade de Domrémy-la-Pucelle, Joana d'Arc ficou conhecida por seus feitos durante a Guerra dos Cem Anos.
A história da vida desta heroína francesa é marcada por fatos trágicos. Quando era criança, presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Com 13 anos de idade, começou a ter visões e receber mensagens, que ela dizia ser dos santos Miguel, Catarina e Margarida. Nestas mensagens, ela era orientada a entrar para o exército francês e ajudar seu reino na guerra contra a Inglaterra.

Essas visões a  instruíram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra. Ainda antes de sua coroação, Carlos VII enviou Joana junto com um exército para tentar solucionar o Cerco de Orleans. Após apenas nove dias de ação, a batalha terminou com um resultado favorável aos franceses e Orleans foi libertada, elevando assim a reputação de Joana à condição de heroína nacional aos olhos do povo francês. 

Seguiu-se uma série de vitórias militares para as forças de Carlos VII, que permitiram sua coroação como rei na Catedral de Reims. Como resultado, a moral da população francesa melhorou e a maré da Guerra dos Cem Anos começou a virar em favor dos franceses.

Após o fracassado Cerco de Paris, contudo, a popularidade de Joana dentre a nobreza francesa despencou. Em 23 de maio de 1430, ela foi capturada em Compiègne pelos Borguinhões, um grupo de franceses que apoiavam os ingleses.

Captura de Joana d'Arc, por Adolphe Alexandre Dillens (1847)


Eles a entregaram nas mãos do governo da Inglaterra, que colocaram seu julgamento nas mãos do bispo Pierre Cauchon, quando ela foi acusada de heresia e assassinato. Cauchon a declarou culpada e ela foi sentenciada a morte na fogueira. Sua morte, contudo, a elevou aos status de mártir e fez aumentar o fervor patriótico francês contra os ingleses.

Morte de Joana Darc na estaca, por Hermann Anton Stilke (1843) 

De heroína feroz, ela passou a ser santa, beatificada pela Igreja em 1909. Onze anos depois, tornou-se uma santa reconhecida pelo Papa Bento XV, e em 1922 foi canonizada como Segunda Padroeira da França.



Fontes:
sohistoria.com
seuhistory.com
google.com
ebiografia.com


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