terça-feira, 28 de maio de 2019

Crônicas de Santo Anselmo.




Nascido em 1033, no montanhoso vale de Aosta, norte da Itália, desde muito cedo Anselmo tende ao caminho da fé e da investigação que brilhantemente tomaria pelo resto de sua vida. Aos 23 anos, sai de casa e vaga pelas terras da Burgúndia e da França, até que, em 1059, chega à Normandia e se instala na famosa escola da abadia de Bec, regida pelo grande Lanfranc, a quem viria substituir em 1063, quando este se muda para a Cantuária.

Encontro de Anselmo com papa Urbano II


É a partir de então que Bec cresce mais do que nunca. Anselmo escreve aí as suas principais obras e ganha fama, servindo também como conselheiro a governantes e nobres por toda a Europa. No ano de 1093, torna-se arcebispo da Cantuária, mais uma vez sucedendo o seu agora já falecido mestre Lanfranc. Tão sólida era a sua fé cristã que enfrentou as ânsias absolutistas do próprio rei inglês Guilherme Rufus, exilando-se por quase uma década, até que Henrique 1º, soberano de atitudes mais conciliares, fez com que Anselmo voltasse a ocupar a sua sé.


Anselmo tornando-se bispo


Mas não demora muito e, insatisfeito, sai em novo exílio, até 1107. Apesar de todos esses problemas, continua a escrever importantes obras teológicas. Anselmo morre em 21 de abril de 1109.

Para Anselmo, a alma humana é imortal, e as criaturas seriam felizes e infelizes eternamente. Mas nenhuma alma é privada do bem do Ser supremo, e deve buscá-lo, através da fé. E Deus é uno. Para contemplá-lo devemos nos afastar dos problemas e preocupações cotidianos e buscá-lo. Ele é onipotente embora não possa fazer coisas como morrer ou mentir. É piedoso, em parte por ser impassível, o que não o impede de exercer sua justiça, pois ele pensa e é vivo. Anselmo fala muito da crença divina do Pai, do filho e do espírito humano. Grandes coisas esperam por aquele que aceitar Deus e buscá-lo. Santo Anselmo influenciou muito o pensamento teológico posterior.

No "Monológio", escrito em 1077, inclui uma defesa da existência de Deus.

Alguns autores já relataram que Anselmo teria escrito muitas cartas para monges, parentes do sexo masculino e outros contendo apaixonadas expressões de apego e afeição. Estas cartas eram tipicamente endereçadas a "dilecto dilectori", que se pode traduzir como "ao querido amado". Apesar de ser amplamente reconhecido que Anselmo estava completamente comprometido com o ideal monástico do celibato, alguns estudiosos, incluindo Brian P. McGuire e John Boswell consideraram estes textos como expressão de uma inclinação homossexual Outros, como Glenn Olsen e Richard Southern os descrevem como representativos de uma afeição "totalmente espiritual" "nutrida por um ideal incorpóreo".




Fontes:
wikipedia.org
google.com
educacao.uol.com.br
conteudodafilosofia.blogspot.com


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