terça-feira, 21 de maio de 2019




No dia 20 de maio de 1960 morria, no Rio de Janeiro, o empresário e filantropo Guilherme Guinle, considerado, na primeira metade daquele século, um dos homens mais importantes do Brasil, com extensa folha de serviços públicos prestados ao país.


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Nascido no Rio de Janeiro, em 27 de janeiro de 1882, sua família tem origem na imigração francesa, mais exatamente com o patriarca Eduardo Palassim Guinle, nascido em Porto Alegre. Ele se casou com Guilhermina Coutinho da Silva (1854 - 1925), de origem hispano-uruguaio e descendente de italianos. O pai de Guilherme e o sócio Cândido Gaffrée conseguiram em 1882 uma concessão da Companhia Docas de Santos, primeira sociedade aberta do país, criada para operar o maior porto brasileiro.


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A família obteve o monopólio e depois realizou a modernização e a operação do porto de Santos ao longo de 92 anos. Com a morte do pai em 1912, Guilherme Guinle assumiu, em 1918, a presidência da Companhia Docas de Santos, cargo que ocuparia por toda a sua vida.

Guilherme Guinle formou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1905. Depois, morou na Bahia e envolveu-se na construção de usinas hidrelétricas. De volta ao Rio, fundou o Banco Boavista. Ao longo de sua vida, dedicou-se à atividades filantrópicas e organizou a Fundação Gaffrée Guinle.




Do ponto de vista da cultura, o País também foi muito beneficiado pela família Guinle. Antes de 1922 e da Semana de Arte Moderna, eles patrocinaram uma viagem de nomes da música popular, como Donga e João da Baiana, para um mapeamento musical no Nordeste, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

"Depois eles mandaram Pixinguinha e a banda Os Batutas para uma turnê pela Europa. Ao mesmo tempo, deram dinheiro para o maestro Heitor Villa-Lobos se instalar temporariamente em Paris".



Durante o Estado Novo, Guilherme Guinle ocupou o cargo de vice-presidente do Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda, em que se manifestou contrário à participação de capital estrangeiro na exploração de minérios brasileiros e defendeu a criação de uma empresa estatal do setor siderúrgico.

Em 1940, Getúlio Vargas nomeou-o presidente da Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional. Ele participou então das negociações do governo para obter empréstimos para a concretização de tal plano. Obtido o financiamento do Exim Bank, no ano seguinte, criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), construída em Volta Redonda (RJ). Guinle foi presidente da CSN até 1945.



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Posteriormente, em 1942, estatiza as reservas de ferro de Itabira, até então pertencentes a Percival Farquhar, criando no mesmo ano a Companhia Vale do Rio Doce.




Guilherme Guinle




Os Guinle souberam muito bem como lidar com o poder político no Brasil. Foi a relação com o presidente Getúlio Vargas, por exemplo, que permitiu o tranquilo funcionamento do Copacabana Palace.

Inaugurado em 1923 por Octávio Guinle, o hotel deveria ter um cassino nas suas dependências. No entanto, o então governo brasileiro, comandado por Epitácio Pessoa, rói a corda e não permite a instalação do espaço no hotel.

"Getúlio vai ser uma mãe para os Guinle. Quem vai abrir legislação de cassino no país? Getúlio Vargas. Quando acaba o período getulista, o cassino acaba junto", relata Clóvis. 

Jorginho Guinle, neto de Eduardo Palassim, foi um dos mais assíduos frequentadores do Copacabana Palace. Nome mais do que conhecido no jet set internacional, o jovem desfilava com naturalidade pela cena hollywoodiana.

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                                   Copacabana Palace

"Os problemas começam a acontecer quando o governo do País vai para Brasília. Então, eles perdem contato com o poder, perdem a capacidade de antever o futuro e entram em decadência.



Fontes:
seuhistory.com
google.com.br
atarde.uol.com.br
wikipedia.org

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