segunda-feira, 13 de maio de 2019

Al-Fatiha  للتعب-        Abertura


Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
Louvado seja Deus, Senhor do Universo,
Clemente, o Misericordioso,
Soberano do Dia do Juízo.
Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda!
Guia-nos à senda recta,
À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem à dos extraviados.



بسم الله الرحمن الرحيم
الحمد لله رب العالمين
الرحمن الرحيم
ملك يوم الدين
اياك نعبد واياك نستعين
اهدنا الصراط المستقيم
صراط الذين انعمت عليهم غير المغضوب عليهم ولا الضالين


Com esses versos começa o Livro Religioso de 1 bilhão de religiosos em todo o mundo.



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O alcorão, القرآن o  texto sagrado do Islã. O nome, em árabe, significa ‘lido’ ou ‘recitado’. Esta palavra pode ser uma forma arabizada de origem síria e se aplica ao livro que contém, para os muçulmanos, uma série de revelações de Alá الله (Deus) a Maomé  محمد. Estas revelações começaram nas primeiras décadas do século VII, quando Maomé já tinha 40 anos, e ocorreram em Meca مكة  (Makka), cidade natal do Profeta, e Medina المدينة (al-Madinah).



As revelações foram feitas em árabe e, segundo as crenças muçulmanas, através do arcanjo Gabriel (Yibrail). Quando Maomé as proclamou, os ouvintes memorizavam e, às vezes, escreviam-nas em folhas de palma, fragmentos de osso ou peles de animais. Após a morte de Maomé, no ano 632 d.C., seus seguidores começaram a recolhê-las e, durante o califado de Omar, em 650, elas foram recompiladas no Alcorão, tal como o conhecemos hoje. A escrita árabe só exibe as consoantes e não as vogais. Reza a lenda que as vogais foram introduzidas no texto mais tarde.

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Maomé



Forma e conteúdo 


O Alcorão está dividido em 114 capítulos (suras), com títulos aleatórios que, geralmente, não estão associados ao texto. Os capítulos dividem-se em versículos (ayat), trabalho posterior à divisão em capítulos e que, dependendo da edição, nem sempre é igual. O Alcorão é similar, em número de palavras, ao Novo Testamento da Bíblia cristã.

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O árabe em que está escrito o Alcorão é distingue-se de qualquer variante idiomática árabe. É uma mescla de prosa e poesia sem métrica, difundida, entre os beduínos, para veicular uma literatura essencialmente oral. Nesta língua, o Alcorão foi recitado e sua redução à palavra escrita - cujas regras gramaticais começaram a ser fixadas, no século VIII, por filólogos - gerou o árabe literário clássico que se tornou a língua oficial, embora inúmeros dialetos sejam falados no mundo islâmico. O estilo do Alcorão é alusivo e elíptico, com gramática e vocabulário difícil. Igual a outras escrituras, está sujeito a diferentes interpretações.

Em conteúdo, o Alcorão consiste num conjunto de preceitos e recomendações éticas e morais, advertências sobre a chegada do último dia e Juízo Final, histórias sobre profetas anteriores a Maomé e povos a quem foram enviados, preceitos sobre religião, vida social, matrimônio, divórcio ou herança. A mensagem, em essência, é que existe um só Deus, criador de todas as coisas, ao qual há que se servir, praticando o culto e observando conduta correta. Deus é sempre misericordioso e tem se dirigido à humanidade para que ela O venere nas pessoas dos diversos profetas enviados por Ele.

Importância e interpretação

Os islâmicos acreditam que o Alcorão é A Palavra de Deus. Por isto, é o centro da vida religiosa, sendo comparável à Torá dos judeus ou ao Novo Testamento cristão. A oração diária obrigatória inclui a recitação de versículos e capítulos. A educação dos jovens muçulmanos inclui sua aprendizagem de memória. Para os seguidores do Islã, o Alcorão é a fonte principal do Direito do Islã, juntamente com a sunna (comportamento e práticas do Profeta).

A interpretação do Alcorão (tafsir) é um campo de investigação que vem da época da codificação do texto até nossos dias. Foram escritos numerosos livros sobre o tema. Existem comentários atribuídos a estudiosos dos três primeiros séculos do islamismo, mas o trabalho recente mais importante de tafsir pertence a al-Tabari, falecido no ano 923. O trabalho de al-Tabari analisa cada verso do Alcorão e oferece diversas opiniões de estudiosos da época em relação à vocalização, gramática, lexicografia, interpretação ética, moral e a relação do texto com a vida de Maomé.

A tradição do tafsir reflete, muitas vezes, as divergências e tendências do islamismo. A interpretação xiita de alguns versos difere, radicalmente, da interpretação sunita. Nos últimos tempos, tanto os modernistas reformistas, como os fundamentalistas, têm interpretado o texto de maneira que este se adapte a seus respectivos pontos de vista. Alguns afirmam que o Alcorão, não só está de acordo com muitas idéias da ciência moderna, como, também, as predisse. É, muitas vezes, a própria natureza dúbia do texto corânico que favorece interpretações tão divergentes.

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Traduções

Outro motivo de controvérsia tem sido se o Alcorão deve ser traduzido do árabe original para outros idiomas. Em caso positivo, sob que circunstâncias pode se realizar esta tradução. Apesar desta discussão, o Alcorão tem sido traduzido por muçulmanos, e não-muçulmanos, para uma grande variedade de idiomas. A primeira tradução para uma língua européia foi a versão latina, realizada em 1143, pelo estudioso inglês Robert de Ketton, sob encomenda de Pedro, o Venerável. Ao que se saiba, as primeiras versões em língua vulgar foram em catalão, a mando de Pedro IV, e outra trilingüe - latim, castelhano e árabe -, de Juan de Segovia (1400-1458), hoje perdida.



O professor Helmi Nasr, o introdutor da cadeira de língua árabe na USP (Universidade de São Paulo) concluiu a tradução do Alcorão, o livro sagrado do islã, num trabalho que consumiu 20 anos.

O professor Helmi Nasr, de quem tive a honra de ser aluno no curso de língua, cultura e literatura árabe na USP, foi quem introduziu o curso de língua árabe no Brasil, na década de 1960.



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"A maior dificuldade foi chegar ao sentido exato em português", diz Nasr, que explica haver passagens ambíguas também em árabe. Ele precisou de quatro anos para chegar à primeira versão do texto e de mais 16 para revisões, período em que viajou várias vezes à Arábia Saudita para consultas com as autoridades religiosas do país, que custearam o projeto.




Muito se tem falado sobre as semelhanças e diferenças entre livros fundamentais das religiões, mas ultimamente, com destaque para a Bíblia dos cristãos e o Alcorão dos muçulmanos.

Ambos Bíblia e Alcorão são escrituras reveladas. Em certos aspectos guardam semelhança e constância, como adorar um único Deus e submeter-se à sua vontade.

As duas escrituras representam a cristalização da palavra de Deus transmitida aos seres humanos através de profetas, em épocas diferentes.
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A principal diferença entre cristãos e muçulmanos está na figura de Cristo. Enquanto para nós ele é Filho de Deus, no Alcorão, Jesus é considerado um grande profeta, predecessor de Maomé. Em nenhum caso é reconhecido como Filho de Deus.
Adão, Noé, Abraão, Moisés, Aarão, Jesus e Maria são figuras que também aparecem no Alcorão, ainda que suas histórias não coincidam exatamente com as do relato bíblico.

Quanto às escrituras, para o Islã, o Alcorão é a palavra revelada de Deus, ditada a Maomé para que a escrevesse integralmente, enquanto para o cristianismo, Deus inspirou os autores sagrados para que, a seu modo e de acordo com a época, escrevessem as mensagens de Deus
.


Fontes:
historiadomundo.com.br/arabe/alcorao
dhnet.org.br/direitos/anthist/alcorao
marrocos.com/alcorao/1a-surata-al-fatiha-abertura
google.com.br
folha.uol.com.br/fsp/mundo
ebooksbrasil.org/adobeebook/alcorao
leigos.pt/index.php/noticias/2774-cronica-biblia-e-alcorao

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