terça-feira, 31 de agosto de 2021




No dia 31 de agosto de 1923 nascia, no Rio de Janeiro, Emília Savana da Silva Borba, mais conhecida como Emilinha Borba, uma popular cantora, coroada como a Rainha do Rádio e representante da Era de Ouro do rádio brasileiro. Ao longo de sua carreira, gravou uma enorme quantidade de discos: 78 RPM (total de 117), Long Play (89), Compacto - simples e duplo, (71) e Compact Disc Laser (27).




Desde muito cedo ela já mostrava talento como cantora. Aos 14 anos ganhou seu primeiro prêmio, na Rádio Cruzeiro do Sul. Também levou a nota máxima no programa "Calouros de Ary Barroso" e depois começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia. Formou a dupla "As Moreninhas" com Bidú Reis e se apresentou em rádios durante um ano e meio. Após desfazer a dupla, Emilinha passou a cantar sozinha e foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, onde ficou conhecida como a "Garota Grau Dez". 



Tomara que chova



Em 1939, gravou o seu primeiro disco, em 78 RPM. No mesmo ano, foi levada por sua madrinha artística, Carmen Miranda, de quem sua mãe era camareira, para fazer um teste no Cassino da Urca. Como era menor, ela alterou sua idade para alguns anos a mais para poder trabalhar. Aprovada no teste, virou uma das principais atrações da casa. Depois, vieram os filmes em sua carreira. Sua estreia no cinema foi em 1939 com o filme Banana da Terra, que tinha também Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Oscarito e Virgínia Lane, a "Vedete do Brasil". Permaneceu 27 anos na Rádio Nacional, de 1943 a 1970, onde viveu o auge de sua carreira. Em 1953, Emilinha foi coroada Rainha do Rádio, unicamente com o apoio popular. 


Chiquita bacana / A água lava tudo / Vai com jeito / Pó de mico / Tomara que chova / marcha do remador

Emilinha Borba e Jorge Goulart




De 1968 a 1972, Emilinha teve um edema nas cordas vocais e, após três cirurgias e uma reeducação da voz, voltou a cantar. Em 2003, após 22 anos sem gravar um trabalho só seu, lançou o CD "Emilinha Pinta e Borba", com participações de diversos cantores. Emilinha morreu aos 82 anos, no dia 3 de outubro de 2005, de infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro.





Fontes:
history.uol.com.br
google.com
youtube.com

segunda-feira, 30 de agosto de 2021


Ruínas de uma Igreja das Missões




A Guerra Guaranítica, ou Guerra dos Sete Povos, foi um conflito envolvendo índios da tribo Guarani e as tropas portuguesas e espanholas, entre os anos de 1753 e 1756, que resultou das decisões do Tratado de Madri a respeito dos limites dos domínios de Portugal e Espanha na América do Sul.

A região em disputa se chamava Sete Povos das Missões e foi ocupada originalmente por padres jesuítas, que levaram os índios do litoral brasileiro para o sul da colônia no intuito de protegê-los da escravidão e iniciar a evangelização. Portugueses e espanhóis disputavam a região para aprisionar os índios e utilizá-los como mão de obra escrava e buscar metais preciosos.

Guerra Guaranítica



Contexto histórico da Guerra Guaranítica:

No início da colonização da América, portugueses e espanhóis tentaram escravizar os índios para trabalhar na agricultura ou na extração de metais preciosos. Os jesuítas eram contra e, no Brasil, levaram os índios do litoral para regiões mais afastadas, quase próximas à fronteira do domínio espanhol.

Longe da perseguição dos colonos, os jesuítas puderam evangelizar os indígenas à parte da lógica exploradora colonial. Porém, em meados do século XVIII, as expedições bandeirantes iniciaram a exploração do sertão brasileiro, alcançando as aldeias jesuíticas. O conflito aconteceu porque os religiosos não entregariam os índios sem resistência.

Em alguns casos, os próprios padres entregavam armas para que os índios os defendessem dos ataques bandeirantes. Esses conflitos próximos à fronteira entre os domínios português e espanhol exigiram um acordo para que os limites fossem demarcados.



O Tratado de Madrid, assinado entre Portugal e Espanha em 1750, tinha como objetivo demarcar os limites de dominação entre os colonizadores. Os portugueses cederiam a região de Sacramento para a Espanha e, em troca, controlariam os Sete Povos das Missões. Pelo tratado, os indígenas e jesuítas que estavam do lado brasileiro deveriam atravessar o Rio Uruguai e se mudar para o lado espanhol.

Esse tratado não agradou a índios e religiosos, porque, além do deslocamento de uma região para outra, os espanhóis eram favoráveis à escravização dos índios. Os jesuítas resolveram, então, armar os índios e lutar pelas suas terras contra os colonos.

Sepé de Tiaraju - chefe indígena



O Tratado de Madri foi a principal causa da Guerra Guaranítica. Os índios e os jesuítas se opuseram às mudanças decididas pelo tratado. O descumprimento das ordens fez com que as tropas portuguesas e espanholas entrassem em confronto contra os indígenas revoltosos.



A Guerra Guaranítica ocorreu entre os anos de 1753 e 1756. Os jesuítas entregaram o controle das missões aos índios, mas o líder indígena Sepé Tiaraju se recusou a fazer a mudança do lado português para o espanhol. O exército espanhol foi acionado para forçar o cumprimento da ordem, sem sucesso. O conflito se alastrou para a região de La Plata. Os espanhóis receberam reforço dos portugueses e derrotaram os índios na Batalha de Caiboaté, em 1756.

As tropas colonizadoras estavam em maior número e com armamento mais potente do que os índios. O saldo da batalha foi a morte de 1511 guaranis e apenas 4 mortes de europeus. Logo após a batalha, o exército português-espanhol ocupou a região das Sete Missões.





Logo após o final da Guerra Guaranítica, portugueses e espanhóis tiveram que fazer outros tratados para substituir as decisões do Tratado de Madri. Em 1777, as duas coroas assinaram o Tratado de Ildefonso, no qual os portugueses devolveram as Sete Missões para a Espanha. Porém, os espanhóis abriram mão da região das missões após o Tratado de Badajós, assinado em 1801.



Fontes:
 
brasilescola.uol.com.br
google.com
mundoeducacao.uol.com.br
wikipedia.org

domingo, 29 de agosto de 2021

 Hoje vamos falar do livro infanto/juvenil "Meu pé de laranja lima" de José Mauro de Vasconcelos.


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O livro foi publicado em 1968, completando, portanto 50 anos.


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José Mauro de Vasconcelos


Um garoto chamado Zezé, tinha 5 anos mas gostava de dizer que ele tinha seis. 

Ele vivia em uma casa de tamanho médio, seu pai se chamava Paulo, e estava desempregado, sua mãe, que por causa de seu marido desempregado trabalhava até tarde numa fábrica, e mais três irmãos: Totoca, Jandira e Glória. 

Por causa do desemprego de seu pai, eles foram obrigados a mudar para uma casa menor, onde o garoto conheceu Minguinho seu pé de laranja lima, que fica sendo seu melhor e único amigo. 

Como o moleque sempre foi muito arteiro, recebeu muitas palmadas e era surrado constantemente, apesar de que as vezes não tinha culpa do que acontecia. 

O garoto tinha cinco anos, aprendeu a ler e por isso foi a escola mais cedo. Lá ele era um garoto muito comportado e gostava muito da professora Célia Paím, ao qual, levava flores todos os dias, e apesar de contarem a ela o diabinho que ele era, ela não acreditava. 

Um dia o garoto foi pegar uma carona do lado de fora do carro, mas o carro era de um português chamado Manuel Valandarez, que tinha o carro mais bonito da cidade. O português viu isto e lhe deu uma surra que o garoto jurou se vingar. 

Mas o tempo foi passando e o garoto ia se esquecendo. E num dia ele pisou num caco de vidro que abriu um corte, mas mesmo assim o garoto ficou decidido de ir para a escola. 
Enquanto atravessava uma rua o português viu o garoto e pediu para ver o corte. 
Vendo aquele corte enorme ele levou o garoto de carro até o hospital, e fizeram muitos ponto nele. 

Desde então eles ficaram muito amigos e o português foi lhe tratando como um filho, sempre muito carinhoso. 

Foram até pescar algumas vezes e passavam a tarde toda juntos. Outras vezes iam tomar sorvete e fazer outras coisas. Outra vez o português deixou o menino andar de carona em seu carro, o português o convenceu até de não falar mais palavrões. 
Eles eram muito amigos até que ele recebeu a notícia que o carro do português foi esmagado por um trem, o português não resistiu e morreu. 

O garoto entrou numa depressão profunda, e como a família desconhecia a sua amizade com o português, eles acharam que foi a notícia que seu pé de laranja lima seria cortado. 

O garoto permaneceu dias comendo pouco, sem falar, deitado em sua cama e querendo morrer. Mas com as palavras de Glória, sua irmã preferida, ele conseguiu retornar a sua vida normal.

Este livro foi adaptado pela primeira vez em 1970, quando um filme dirigido por Aurélio Teixeira foi lançado; três telenovelas baseadas na obra foram criadas: em 1970, exibida pela TV Tupi em 1980, exibida pela Rede Bandeirantes; e em 1998, de novo exibida pela Rede Bandeirantes. Em 2003, Meu Pé de Laranja Lima foi publicado na Coréia do Sul , em forma de quadrinhos, numa edição com 224 páginas ilustradas. 

                         Abertura da novela da Tupi em 1970

Novela na Band 1980




Trailer do filme 2012


Em 2012, uma nova versão cinematográfica dirigida por Marcos Bernstein foi produzida e exibida durante o Festival do Rio a estreia foi em 19 de abril de 2013.

Fontes:
wikipedia.org
resumos.netsaber.com.br/resumo-47590/meu-pe-de-laranja-lima
youtube.com.br

sábado, 28 de agosto de 2021

 Largueza quando, pela vez primeira, o povo brasileiro se revela como soberano; dispensando para isso qualquer ajuda de um reino da Europa, começa a traçar o seu próprio destino ao derrotar o mais importante exército de então. Nos Montes Guararapes, de forma única e pioneira, reunidos em torno dos ideais da chamada Guerra da Liberdade Divina, pugnaram [insistiram] ombro a ombro os exércitos constituídos de negros, índios, luso-brasileiros e portugueses, comandados respectivamente por Henrique Dias [liderança negra], Filipe Camarão [liderança indígena], Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira” (Marcos Vinícius Vilaça).




19 DE ABRIL


As Batalhas dos Guararapes foram as principais ações bélicas ocorridas no Nordeste brasileiro contra a presença dos holandeses na região. Deflagradas em abril de 1648 e fevereiro de 1649, as batalhas enfraqueceram as posições holandeses na colônia portuguesa, o que culminou com a saída dos flamengos em 1654.

Batalhas dos Guararapes. Brasil Holandês: Batalhas dos Guararapes


O processo efetivo de montagem do sistema colonial holandês no Brasil começou em 1630 e obteve paulatinamente muitos êxitos ao longo dessa década e da década de 1640 – período que ficou marcado pela administração do príncipe Maurício de Nassau. Entretanto, a partir de 1645, os holandeses passaram a sofrer sucessivas ofensivas de nativos e luso-brasileiros, que pretendiam retomar os domínios ocupados em 1630. Esses acontecimentos ficaram conhecidos como Insurreição Pernambucana.

Vale relembrar que essa insurreição foi motivada, em grande parte, pelas guerras de restauração do trono português (até então integrado ao império espanhol) ocorridas em 1640. Os momentos decisivos da Insurreição Pernambucana desenrolaram-se na região de Montes dos Guararapes (Pernambuco) e, por isso, receberam a alcunha de Batalhas de Guararapes. A primeira delas transcorreu ao longo do dia 19 de abril de 1648, enquanto a segunda desenrolou-se em 19 de fevereiro do ano seguinte.


Filipe Camarão – Wikipédia, a enciclopédia livre
Felipe Camarão




No dia 17 de abril de 1648, o então governador das Armas Holandesas, lotado em Pernambuco, Sigmund von Schkoppe, mobilizou um contingente de 4.500 homens dos regimentos oficiais e cerca de 1.000 tapuias contra os insurgentes. Do outro lado, o comandante era o general português Francisco Barreto, com 2.200 homens. Em 19 de abril, já se achando no local da batalha, os dois exércitos começaram o combate. A princípio, o exército luso-brasileiro realizou uma ofensiva que obrigou os holandeses a partirem em retirada. Porém, outro destacamento, liderado pelo coronel Hendrik van Haus, atacou os insurgentes pelos flancos.

João Maurício de Nassau – Wikipédia, a enciclopédia livre
Mauricio de Nassau


As duas Batalhas dos Guararapes ocorreram no contexto da ocupação holandesa no Nordeste da colônia portuguesa nas Américas. A ocupação holandesa de territórios portugueses ocorreu quando o Reino de Portugal passou a ser administrado pelo Reino da Espanha, após a morte de dom Sebastião, em 1580. Os Países Baixos, dos quais a Holanda era a principal província, também eram possessão espanhola e estavam em guerra para conseguir a independência em relação à dominação ibérica.

Uma forma adotada pelos holandeses para atacar os espanhóis foi ocupar as colônias portuguesas. Para isso, a Holanda criou duas empresas de atuação internacional, as Companhias das Índias Ocidentais e Orientais. A primeira ficou responsável pela ocupação do Nordeste brasileiro, ação que se iniciou em 1624, na Bahia. Mas a permanência holandesa nesse local durou apenas um ano, já que foram expulsos em 1625.

Porém, em 1630, os holandeses conseguiram ocupar a capitania de Pernambuco, estendendo ao longo dos anos seu domínio da foz do Rio São Francisco (em Alagoas e Sergipe) até o Ceará. O objetivo dos holandeses era explorar a produção do açúcar na região, complementando o trabalho de refino do produto que já exerciam anteriormente.

A relação entre os colonos portugueses e os holandeses ficou deteriorada após a intensificação da cobrança de impostos e das dívidas contraídas pelos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais. Frente a isso, os habitantes de origem portuguesa decidiram lutar pela expulsão dos holandeses, principalmente pela falta de apoio da metrópole portuguesa nessa empreitada.


Só Artesão & Cia.: Batalha dos Guararapes


As principais batalhas de enfrentamento aos holandeses ocorreram no Morro dos Guararapes, onde hoje se localiza Jaboatão dos Guararapes, cidade da Grande Recife. A ação contra os holandeses contou com a união das três etnias que compõem a população brasileira: europeus, africanos e indígenas.

Henrique Dias – Wikipédia, a enciclopédia livre
Henrique Dias


Os portugueses nascidos no Brasil eram conhecidos como mazombos e foram liderados nas batalhas por Antônio Dias Cardoso. Cardoso adotou como estratégia de combate as ações guerrilheiras, já que seus homens estavam em menor número e com armamento inferior ao dos holandeses. O objetivo era aproveitar o conhecimento do terreno da região para criar emboscadas aos holandeses e assim superar as deficiências de armamentos e de contingente. Dessa forma, os combates poderiam se dar corpo a corpo, anulando o poderio bélico holandês.

As batalhas deram-se no momento em que os holandeses tentaram atacar os portugueses por terra, dirigindo-se ao sul do Recife, onde ficava o morro dos Guararapes. Para enfrentá-los, Dias Cardoso contou ainda com o apoio de indígenas comandados pelo índio potiguar convertido ao catolicismo, Felipe Camarão, bem como por uma força de africanos comandados pelo escravo liberto Henrique Dias.

O terreno formado por mangues e estradas estreitas foi crucial para a vitória das tropas luso-portuguesas. Mesmo com o aporte holandês após os primeiros reveses, os 4000 a 6000 homens comandados pelos flamengos não foram páreos para os 2500 comandados pelos luso-brasileiros. Os saldos dos conflitos foram de 500 baixas e 500 feridos entre os holandeses, e 80 mortes e 400 feridos entre os comandados dos mazombos. Apesar de ocorrer a última batalha em 1649, os holandeses somente saíram do Nordeste em 1654.

Dentro da historiografia brasileira há a afirmação de que o motivo da vitória sobre os holandeses não foi apenas de ordem econômica, já que o sentimento religioso dos católicos portugueses contra os judeus e protestantes holandeses era um poderoso estímulo para o combate.

Além disso, no processo histórico de constituição da identidade nacional, as Batalhas de Guararapes serviram como marco inicial do que seria o povo brasileiro. A ação conjunta de europeus, africanos e indígenas daria o tom do que viria a ser no futuro o brasileiro. No período, as forças que combateram os holandeses eram conhecidas como patriotas, apontando o início da criação dessa identidade nacional.




Fontes:
brasilescola.uol.com.br/guerras
infoescola.com
mundoeducacao.uol.com.br
google.com

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