terça-feira, 29 de junho de 2021

No dia 29 de junho de 1958, na Suécia, o Brasil conquistava o seu primeiro título de Copa do Mundo de futebol. Neste dia, o time brasileiro derrotou na final os suecos por 5 a 2, com gols de Vavá (2), Pelé (2) e Zagallo. 


As transmissões eram ainda por pelo rádio, e a voz do locutor sumia às vezes.

Eu tinha 4 anos e no bairro onde morava, Tatuapé, havia inúmeras casas enfeitas com bandeirinhas e fogueiras para comemorar as festas juninas. Era difícil encontrar uma casa onde que não fosse enfeitada. Os balões p0ntilhavam no céu.

Me lembro que meu tio, Osvaldo,fez um balão com as cores do Brasil e recortou as figuras dos jogadores, que pela primeira vez, eram coloridas do jornal "A Gazeta Esportiva




O Rei do Futebol tinha apenas 17 anos quando surpreendeu o mundo com o seu talento com a bola. Na primeira fase da competição, o time brasileiro começou com uma vitória sobre a Áustria por 3 a 0, depois empatou sem gols com a Inglaterra e, por último, venceu a União Soviética por 2 a 0. Nas quartas de final derrotou o país de Gales por 1 a 0 e, nas semis, garantiu a passagem à decisão com uma vitória sobre a França por 5 a 2. Pelé foi o vice artilheiro do torneio, com seis gols marcados. O grande goleador foi o francês Just Fontaine, com 13 gols anotados.

Me lembro da festa pela conquista do título inédito, que oito anos antes tinha sido perdido no Maracanã.

Feola (técnico) , D.Santos, Zito, Belini, N.Santp, Orlando e Gilmar
Garrincha. Didi,Pelé, Vavá e Zagalo






Fontes:
history.uolo.com.br
google.com
wikipedia.org
cbf.com.br


segunda-feira, 28 de junho de 2021

 Hoje vamos falar do jornalista e político Silva Jardim. 





Antônio da Silva Jardim (1860-1891) foi um ativista político brasileiro. Formado em Direito, defendeu principalmente as causas dos escravos. Foi o mais atuante propagandista da República.

Antônio da Silva Jardim nasceu no município de Capivari, hoje Silva Jardim, no Rio de Janeiro, no dia 18 de agosto de 1860. Filho de Gabriel Jardim, professor primário, e Felismina Leopoldina de Mendonça.


Silva Jardim


Aos cinco anos aprendeu a ler em casa, na escola do pai, e aos seis escrevia e passava horas estudando. Em 1871, completou os estudos primários na Escola Pública da Vila de Capivari. Com 13 anos mudou-se para Niterói e estudou no Colégio Silva Pontes no Rio de Janeiro.

Autorizado pelo pai, em 1874, foi morar em uma república no Rio de Janeiro e ingressou no Colégio São Bento, onde estudou português, francês, geografia e latim.

Era responsável pela redação do jornal estudantil Labarum litterario. Com quinze anos publica um artigo sobre Tiradentes, no qual elogia a rebeldia contra o absolutismo.

Por falta de recursos, deixa a república e vai morar em Santa Tereza, com um primo, estudante de medicina. Matricula-se no Externato Jasper e procura um emprego.




Formando-se em 1882, logo trocou a advocacia pelo magistério. Casou-se com uma filha do conselheiro Martim Francisco de Andrada e, em 1884, abriu em sociedade com um autor de livros didáticos a Escola Neutralidade, de ensino primário e laico, o que era uma iniciativa ousada para a época, quando, sob o regime monárquico, Estado e Igreja estavam unidos. Silva Jardim realizou o primeiro comício republicano do Brasil, em Santos, em 28 de janeiro de 1888. A partir de então e até o fim do ano seguinte, dedicou-se à campanha republicana, percorrendo cidades paulistas, fluminenses e mineiras para divulgar o novo regime político. 



Em sua militância, foi aclamado, apedrejado, perseguido e elogiado. Seu radicalismo e ênfase como defendia suas causas afastavam algumas pessoas. Sua saúde - desde a infância frágil por causa do impaludismo, doença produzida poor um protozoário que ataca os glóbulos vermelhos do sangue. - se ressentia dessa vida agitada, mas não impedia sua constante atividade política. Com a proclamação da república, o exército, deixou-o de lado.

Candidatou-se ao congresso no Distrito Federal e foi derrotado. Decidiu, então, retirar-se da política e viajar para o exterior para descansar, clarear as ideias e conhecer gente nova e novos lugares.

Aos 30 anos de idade, visitou Pompeia, na Itália e, curioso por conhecer o vulcão Vesúvio, mesmo tendo sido avisado de que ele poderia entrar em erupção a qualquer momento, foi tragado por uma fenda que se abriu na cratera da montanha - não se sabendo se foi um acidente ou um ato voluntário.


Vulcão Vesúvio




De acordo com reportagem do jornal "A Pátria Mineira", de 30 de julho de 1891, da cidade de São João del Rei, acessível por meio do sítio do Arquivo Público Mineiro, a morte de Silva Jardim teria sido um acidente, testemunhado por um guia e seu amigo Joaquim Carneiro de Mendonça. Segundo o relato, o jornalista teria sido engolido por uma fenda junto ao Vesúvio, do que se salvou, ferindo-se, Carneiro de Mendonça, que fora auxiliado pelo guia local. O jornal menciona a fonte das informações como a "Carta Parisiense", de Xavier de Carvalho, dirigida ao "Paiz".

Em homenagem ao jornalista morto, foi determinado que o município fluminense de Capivari, vizinho a Araruama e Rio Bonito, passaria a ter o atual nome de Silva Jardim.



Fontes:
ebiografia.com
educacao.uol.com.br
google.com
wikipedia.org
dicio.com.br

domingo, 27 de junho de 2021

Morreu hoje no Rio de Janeiro, o jornalista Artur Xexéo aos 69 anos.





O escritor e jornalista Artur Xexéo faleceu aos 69 anos. Ele morreu após lutar contra um linfoma e estava internado em uma clínica no Rio de Janeiro.

Entre os seus livros estão “Janete Clair: a usineira de sonhos”, “O torcedor acidental (crônicas)” e “Hebe, a biografia”.





Colunista do jornal “O Globo” e comentarista da GloboNews, ele também teve passagens por “Veja” e “Jornal do Brasil”. Desde 2015, participava da transmissão do Oscar na Globo. Também ficou conhecido no rádio. Na CBN, estreou ao lado de Carlos Heitor Cony como comentarista ao lado de Heródoto Barbero, em "Liberdade de Expressão".





De acordo com Maria Beltrão, apresentadora do Estúdio I, programa que contava com a participação de Xexéo, o jornalista descobriu um linfoma não Hodgkin de células T há duas semanas e estava em tratamento, mas não resistiu. 

Emocionada, Beltrão também contou que Xexéo sofreu uma parada cardíaca na última sexta.






Arthur Oscar Moreira Xexéo era carioca nascido em 5 de novembro de 1951.

Na juventude cursou dois anos de engenharia mas largou o curso e fez Comunicação. Trabalhou em diversos jornais e revistas brasileiras.

Ultimamente participava do programa Estúdio I na Globo News.


Fontes:
wikipedia.org
google.com
istoe.com.br
g1.globo.com

O linfoma foi descoberto há duas semanas



 Hoje vamos falar da cantora Nara Leão.









Nara Lofego Leão, nasceu em Vitória Espirito Santo em 19 de janeiro de 1942 e faleceu no Rio de Janeiro em 7 de junho de 1989.

Filha do advogado Jairo Leão e da dona de casa Altina Leão, Nara Lofego Leão foi um dos ícones do movimento musical da década de 60 que ficou conhecido como bossa-nova. Nascida em Vitória (ES), Nara veio ainda criança para o Rio,  com a sua família, onde foi morar na zona sul, junto com a sua irmã, Danuza Leão, que mais tarde também se destacaria como modelo e jornalista.

Ganhou o seu primeiro violão do pai em 1954, e vai estudar na escola de Roberto Menescal.

Em 1957, no inicio da bossa nova, Nara reunia os cantores e amigos no apartamento de seus pais no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, na avenida Atlântica.

Nomes como Carlos Lyra, Roberto Menescal, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli, com quem Nara passa a namorar, frequentavam o apartamento, mostrando o novo estilo musical.

Em 1958 trabalha por um breve período no tabloide JH com Alberto Dines, no Jornal Última Hora de Samuel Weiner.

Leão, Cacá Diegues e Samuel Wainer (anos 60)

                  Samuel Weiner, Nara Leão e Cacá Diegues


Se aproxima das ideias mais à esquerda, e inicia um namoro com Ruy Guerra.

Sua estréia profissional foi ao lado de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, no espetáculo "Pobre menina rica".

Em 11 de setembro de 1964 estréia o famoso espetáculo "Opinião", com direção de Augusto Boal, ela, Zé Ketti e João do Vale.
O espetáculo falava sobre os problemas sociais no país e intercalava diálogos e músicas.



Nara foi substituída mais tarde por Maria Bethânia, por estar com problemas nas cordas vocais.


Em 1966 interpretou a canção "A banda" junto com Chico Buarque, no II Festival de Música Popular Brasileira, este realizado na TV Record.



De musa da bossa nova, passa a cantar músicas de protesto, MPB e samba.


Participou de outros festivais, como o de parceria com Sidney Miller "A estrada e o violeiro", no III Festival de MPB da TV Record.



Em 26 de julho de 1967, casa-se com o cineasta Cacá Diegues, o casal tem dois filhos: Isabel Diegues, também cineasta e Francisco Leão Diegues.

Nara e seus filhos Francisco e Isabel



O casamento terminou dez anos mais tarde.

Com o fim do casamento interrompeu também a faculdade de Psicologia, curso que vinha fazendo.
Entrou em depressão por algum tempo, e passou a fazer terapia.
Voltou a cantar, interpretando músicas de compositores famosos como Chico Buarque de Holanda.




Em 1982 lança a linda canção "Amor nas estrelas de Fausto Nilo.







Em 1986, sua saúde piorou e ela passou a ter dores de cabeça mais frequentes. Isso atrapalhou muito a sua carreira, pois fazia com que ela esquecesse as letras das músicas nos ensaios e nos shows.

Descobriu que tinha um coágulo no cérebro, numa região difícil de intervenção cirúrgica.

Em 1988 teve uma sensível melhora em seu quadro de saúde e voltou a fazer shows.

Em 1989 a sua saúde voltou a deteriorar, após um show no Pará, na volta para o Rio de Janeiro, ela teve uma convulsão e dores fortes de cabeça, que não passavam nem com medicação.

Foi internada, e ficou em estado de coma, o coágulo do cérebro se rompeu e a cantora veio a falecer em 7 de junho de 1989.

Deixou uma obra muito grande, e teve um papel determinante na bossa nova e na MPB.




Fontes:
wikipedia.org
youtube.com
google.com

sábado, 26 de junho de 2021

Em um dia como este, no ano de 1541, o conquistador da civilização Inca, Francisco Pizarro, então governador do Peru, foi assassinado em Lima por rivais espanhóis. Antes de se tornar conhecido, Pizarro serviu ao conquistador espanhol Alonso de Ojeda durante a expedição para a Colômbia, em 1510, e estava com Vasco Nunez Balboa quando ele chegou ao Oceano Pacífico, em 1513. 





Após escutar lendas sobre o povo inca e suas riquezas na América do Sul, Pizarro formou uma aliança com o também conquistador Diego de Almagro, em 1524, e eles navegaram novamente para a América. Sua primeira expedição chegou somente até o Equador. Porém, em sua segunda tentativa, ele descobriu que havia realmente evidências sobre a existência do Império Inca. Com ajuda do Imperador Carlos V e a garantia de que ele, e não Almagro, iria receber a maioria parte dos futuros lucros da expedição, Pizarro navegou até o Peru e desembarcou em Tumbes, em 1532. Ele liderou suas tropas rumo às montanhas dos Andes até a cidade Inca de Cajamarca e encontrou com Atahualpa, o rei do império Inca de Quito. Depois de conquistar a confiança do monarca, Pizarro capturou Atahualpa, exigiu uma sala cheia de ouro como resgate por sua vida e, mesmo assim, traiçoeiramente, o matou. 




Em 1533, a resistência inca foi derrotada quando Pizarro e suas tropas conquistaram Cusco. Pizarro, então governador do Peru, fundou novos povoados, incluindo Lima, e deu o Chile para Almagro como compensação, enquanto reivindicou para si mesmo todas as riquezas da civilização inca. Contudo, Pizarro não cumpriu todas as promessas que fez para Almagro que, em resposta decidiu tomar a cidade de Cusco, em 1538.

Pizarro enviou então seu meio-irmão, Hernando, a fim de resgatar a cidade. Posteriormente, Almagro foi derrotado e sumariamente executado. Três anos mais tarde, em 26 de junho de 1541, um grupo a mando de antigos partidários de Almagro penetrou no palácio do governo de Pizarro e assassinou o conquistador enquanto jantava. Logo após a sua morte, Diego el Monzo, filho de Almagro, proclamou-se governador do Peru.





Fontes:
history.uol.com.br
google.com
operamundi.uol.com.br




Hoje faz 79 anos um dos maiores cantores e compositores da música popular brasileira, Gilberto Passos Gil Moreira, ou Gilberto Gil.



Nascido em 26 de junho de 1942,em Salvador na Bahia.


Andar com fé Gilberto Gil

Ele sua irmã foram alfabetizados pela avó paterna que era professora aposentada. "Foi ela que me mostrou os livros" diria mais tarde.




Desde cedo mostrou interesse por música. Cresceu ouvindo os interpretes da época, entre eles, Sílvio Caldas, Orlando Silva e Francisco Alves.


Com 9 anos, já em Salvador, ao mesmo tempo que cursava o ginasial, estudava música na Academia Regina. Seu instrumento preferido era o acordeão, mas aprendia também a tocar violão.

Nessa época, Gil morava na casa de uma tia paterna, Margarida, que mais tarde seria homenageada na música “Margarida-ê-ê me criou pra valer”.

Em 1960, Gilberto Gil ingressou na Universidade Federal da Bahia para cursar administração de empresas. No ano seguinte, ganhou um violão de presente de sua mãe.

Família de Gilberto Gil


No final de 1963, Gilberto Gil conheceu Caetano Veloso, Maria Betânia, Gal Costa e Tom Zé. Nessa época, o Teatro Vila Velha estava para ser inaugurado e o grupo foi convidado para o evento pelo diretor João Augusto. O show “Nós, por Exemplo”, foi montado e apresentado em junho de 1964.


Gravação inédita do show de 1964



Depois de formado, Gil foi contratado pela Gessy-Lever para trabalhar em São Paulo. No começo de 1965 reencontrou Caetano e Maria Betânia e conheceu Vinícius de Moraes, Edu Lobo e Chico Buarque.

Nessa época, os amigos se encontravam nas madrugadas da Galeria Metrópole. Nas sextas e sábados Gil cantava no Bar Bossinha, e fazia algumas apresentações ao lado de Betânia, no Teatro Arena. São dessa época as músicas Procissão (1965) e Roda (1965).


Domingo no Parque - Gil e os Mutantes






Em 1966, Gil começou a se apresentar no programa "Fino da Bossa", de Elis Regina, na TV Record. Nesse mesmo ano, lançou seu primeiro disco, “Louvação” e, sua música “Ensaio Geral”, interpretada por Elis Regina, ficou em 5.º lugar no II Festival de Música Popular Brasileira (FMPB), realizado pela TV Record.

Em 1967, no Festival da Record, lança a sua música mais conhecida "Domingo no Parque". No filme "Uma noite em 67" ele diz que estava apavorado de se apresentar no festival e foi como que obrigado a cantar pelos diretores do festival.

Criou junto com Caetano o movimento Tropicalista, que foi considerado subversivo pela ditadura militar. Ele foi preso junto com Caetano.

Na prisão do Deops em São Paulo, ele pediu um violão para o diretor da cadeia que aceitou desde que ele fizesse um show para os policiais.

Foram exilados para Londres, onde teve contato com músicas de vanguarda ingleses, que tiveram muita influência em sua música.

Antes de partir para a Europa lançou a música, "Aquele abraço", como uma despedida.


Aquele abraço

Voltou em 1972, em 1976 formou junto com Caetano, Bethânia e Gal o grupo "Doces Bárbaros"

Ganhou o Grammy de melhor Álbum "Gente que veio ver". Em 1979 lança a música Super-Homem, a canção.

Super-Homem, a canção

Foi vereador em Salvador de 1989 até 1992. Em 2003 foi Ministro da Cultura no primeiro governo Lula. Fez uma histórica apresentação na ONU, tocando ao lado de Kofi Annan, então Secretário Geral da Organização. Na época em que o Brasil, era respeitado no mundo inteiro.


Show na ONU

Hoje Gil faz 79 anos de muito sucesso, com alegria e cultura.

Feliz aniversário, Gil. É um privilégio de minha geração ser da mesma época desse mito da canção brasileira.


Na janela - Gilberto Gil - compositores:
Emmanuel Gama De Souza Almeida / Raimundo Nonato Dos Santos / Filho Targino Alves Gondim





Fontes:
wikipedia.org
ebiografia
google.com
youtube.com











quinta-feira, 24 de junho de 2021









No dia 24 de junho de 1935 morria o cantor de tango Carlos Gardel, em um acidente aéreo no aeroporto de Medellín, na Colômbia. A tragédia aconteceu quando o avião F-31 da companhia aérea SACO tenta decolar e bateu com uma de suas asas em um outro avião estacionado na pista. Por conta do choque, teve início um incêndio que matou 15 pessoas em ambos os aviões. 


Mi Buenos Aires querido





Além de Gardel, também morreram os músicos Alfredo Le Pera, Guillermo Barbieri e Angel Riverol. A descoberta de uma bala no corpo de Gardel desencadeou teorias em torno de sua morte como tiroteios e assassinatos para explicar o desaparecimento do ídolo. Contudo, o projétil estava no corpo de Gardel havia muito tempo, quando ele foi baleado após uma briga em uma rua de Buenos Aires.


Por una cabeza - Carlos Gardel





Fontes:
seuhistory.uol.com.br
youtube.com
google.com





quarta-feira, 23 de junho de 2021

 Vamos falar hoje do escritor Pedro Nava.







Pedro Nava (1903-1984) foi um médico, escritor, poeta e memorialista brasileiro. Sua obra autobiográfica capta o espírito de sua época e traça um painel da cultura brasileira do século XX.

Pedro da Silva Nava nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 5 de junho de 1903. Filho do médico cearense José Pedro da Silva Nava e da mineira Diva Mariana Jaguaribe Nava, estudou no Colégio Andrés, em Juiz de Fora. Em 1911, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.

No dia 30 de julho ficou órfão de pai. Nesse mesmo ano, voltou com a mãe e os irmãos para Juiz de Fora. Em 1913 mudou-se para Belo Horizonte, onde ingressou no Ginásio Anglo- Brasileiro.

Em 1916, Pedro foi viver no Rio de Janeiro, na casa de seus tios Antônio e Alice Sales. Matricula-se no Curso de Humanidades do Colégio Pedro II, onde se formou em 1920. Em 1921, retornou para Belo Horizonte, onde ingressa no curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.


Pedro Nava e Carlos Drumond





Desde jovem, Pedro Nava já mostrava seu talento literário e também artístico como hábil desenhista. Seus primeiros poemas surgiram na década de 20, quando fazia parte do “Grupo do Estrela”, que era formado por jovens que estudavam em Belo Horizonte, como Carlos Drummond, Milton Campos, Cyro dos Anjos, entre outros, que introduziu o Modernismo em Minas Gerais.

Pedro Nava era primo de Rachel de Queiroz e, durante a agitação modernista em Minas, conheceu Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Tarsila do Amaral.

Pedro Nava trabalhou na Secretaria de Saúde e Assistência do Estado de Minas Gerais. Colaborou com “A Revista”, publicação do grupo modernista mineiro. Em 1928 ilustrou a obra Macunaíma de Mário de Andrade. Em 1928, depois de formado, passou a se dedicar quase que exclusivamente à profissão.

Em 1933 mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, foi livre docente na Universidade do Brasil, foi diretor do Hospital Carlos Chagas, membro do Conselho Editorial da Revista Médica Municipal e membro do Instituto Brasileiro de História da Medicina. Em 1943, casou-se com Antonieta Penido.



Baú de Ossos

Em 1946, Pedro Nava teve alguns poemas reunidos por Manuel Bandeira e publicados na Antologia de Poetas Brasileiros Bissextos. Mas foi só com a publicação tardia de “Baú de Ossos” (1972) que Pedro Nava se uniu aos demais escritores. Esse seria o primeiro dos sete livros que formariam sua obra e recriaria o gênero literário de memórias no Brasil.

Em “Baú de Ossos”, escrito quando estava perto dos 70 anos, com um toque de poesia, graça e ironia, Nava reconta a trajetória de sua numerosa família desde a  chegada ao país de um pioneiro vindo da Itália, e fala extensivamente de seus ramos mineiro e nordestino.

Seus sete volumes são sobretudo um vasto emaranhado de quase um século de riquíssima vida nacional. Cada volume subsequente contribuiu para projetá-lo ainda mais como importante memorialista. Em “Balão Cativo” (1973), que se desenrola em boa parte na então capital, Rio de Janeiro, o escritor se ocupa da infância e da trajetória escolar.

No capítulo primeiro de seu livro "Baú de ossos" ele fala de seu avô, Pedro da Silva Nava, nascido no Maranhão em 1843, de sua mudança com a família para o Rio de Janeiro. No capítulo 2 ele narra o ramo mineiro de sua família materna, que ao contrária da paterna, mais educada e cordada tinha em seu bisavô materno um homem duro e rigoroso.

Navas era um homem risonho e mantinha amizade com um grande ciclo de intelectuais brasileiros como Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drumond de Andrade, Alphonsus Guimarães Filho, dentre outros.

Num domingo, 13 de maio de 1984, pouco antes das dez na noite, o telefone tocou o apartamento do 7º andar da Rua da Glória, 190. Sua esposa, D. Antonieta atendeu. Era um homem que queria falar com Pedro Nava.




Ao desligar, minutos depois, parecendo transtornado, Nava teria dito à esposa, companheira de quarenta anos, algo como: “um trote de mau gosto” ou, segundo outra versão, “nunca ouvi nada tão aviltante (ou obsceno) pelo telefone”.

A pesquisadora francesa Mo­nique le Moing, na biografia A solidão povoada (Nova Fronteira, 1996), levantou a hipótese de que a eventual ameaça ou tentativa de chantagem estivesse ligada à homossexualidade.

Nava saiu pouco depois, sem se despedir da mulher, levando no bolso o revólver Taurus 32 cano longo, que havia comprado quatro anos antes, e que ela não conhecia, além de vários documentos, que ele não tinha o hábito de carregar.

Atravessou a rua, andou menos de duzentos metros e chegou a ser visto sentado num banco de jardim da vizinhança, com uma “atitude desolada”. Por volta das onze e meia da noite, parou junto a uma árvore e disparou contra a têmpora direita. Dizem que alguém acendeu um toco de vela ao lado do cadáver, que, coberto por um jornal, só foi liberado depois das duas da manhã.

Cogita-se que Nava vinha sendo chantageado por um garoto de programa, informação encoberta pela imprensa à época. Ricardo Setti, em artigo publicado no Observatório da imprensa, afirma queː

"Zuenir viu-se intensamente pressionado pelo meio cultural. De sua parte, considerava que o relato provinha de fonte pouco confiável. No final, passou as informações para a sede da revista em São Paulo, enviou a reportagem, contendo um curto parágrafo com a hipótese de chantagem sexual, mas manifestou vigorosamente sua oposição a que o parágrafo fosse publicado".

"Zuenir não colheu pessoalmente o relato do garoto de programa, mas os jornalistas que o fizeram consideraram seu testemunho bastante verossímil."



Fontes:
wikipedia.org
revistacult.uol.com.br
ebiografia.com
jornalopcao.com.br
google.com



Ivan Guimarães Lins, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) no dia 16 de junho de 1945.





Filho de um militar (Geraldo Lins) com uma dona de casa (Leia Guimarães Lins). Aos 12 anos começou a tocar trompete na banda do colégio onde estudava (o Colégio Millitar).

Ivan foi criado na Tijuca, bairro tradicional do Rio de Janeiro, e se desenvolveu na música como autodidata.

O rapaz fez graduação em Engenharia Química na UFRJ.



Final do Maracanãzinho




A fama de Ivan Lins ganhou repercussão nacional a partir de 1968, quando compôs para o Primeiro Festival da Canção da TV Tupi. A música Até o Amanhecer (feita em parceria com Waldemar Correia) foi um sucesso durante aquele ano.

No ano a seguir, outra composição sua (Madalena) também fez sucesso na voz de Elis Regina.



Madalena - Elis Regina (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro)


Dois anos mais tarde, outra canção, classificada em segundo lugar, fez sucesso no festival: O amor é o meu país (criada em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza).


Carreira musical

Agora (1971) foi o primeiro disco lançado por Ivan Lins que deu início a uma longa carreira. Logo a seguir, veio o LP Deixa o trem seguir.

Em 1972 lançou o disco Quem sou eu?. Depois de uma trégua divulgou em 1974 o álbum Modo livre. Em 1975 foi a vez de Chama acesa. E assim Ivan seguiu compulsivamente produzindo, lançando uma série de discos e realizando turnês nacionais e internacionais.


Somos todos iguais nessa noite.


Apesar de ser filho de militar, o artista compôs sobretudo contra a ditadura (canções que ficaram consagradas como Abre Alas, Desesperar Jamais, Aos Nossos Filhos e Somos Todos Iguais Nesta Noite e Começar de Novo).

Aos  nossos filhos (Vitor Martins e Ivan Lins)


Aos nossos filhos - Elis Regina




Foi casado com a cantora e atriz Lucinha Lins com quem teve três filhos, João Lins, Luciana Lins e o cantor e ator Cláudio Lins.

Lucinha Lins





Foi gravado por diversos cantores e cantoras brasileiras, como Gal Costa, Simone, Zizi Possi e Elis Regina.

Fez a trilha sonora, premiada, do filme "Entre dois córregos" de Carlos Reichenbach.

Fez o tema também da série Malu Mulher - começar de novo - com Simone.

Começar de novo - Simone


Além disso fez vários temas de novelas como "Vitoriosa" da novela Roque Santeiro de 1985. Além de "Lembra de mim"1995 da novela "História de Amor";  "Vieste" tema de "Sonho Meu" 1993/1994;  "Ai,ai,ai,ai,  tema de Mulheres de areia" 1993; "Pontos Cardeais" da novela "Vale-tudo" de 1988/89; "Iluminados" da novela "Direito de Amar" de 1987.

Lembra de mim (Vitor Martins e Ivan Lins)

Vitoriosa  (Ivan Lins e Vitor Martins)

Grandes cantores internacionais co o George Benson, Sarah Vaughan, Quincy Jones e Barbra Streisand também gravaram suas músicas.


Madalena Ella Fitzgerald



Fontes:
wikipedia.org
google.com
youtube.com
ebiografia.com
br.blastingnews.com





terça-feira, 22 de junho de 2021

No último dia 16 de Junho foi comemorado no mundo inteiro o chamado "Bloomsday" ou o dia do Bloom. 






Esse comemoração faz referência ao livro "Ulisses" de James Joyce, no qual a ação se passa num único dia 16 de junho.

A ação do romance, que é uma sátira ao clássico A Odisséia, do poeta grego Homero, se passa em um único dia: 16 de junho de 1904, em Dublin, Irlanda. Leopold Bloom, o protagonista, repete o mesmo trajeto do herói Ulisses: encontra sereias, ciclopes, feiticeiras, enfrenta a ira dos deuses e consegue retornar ileso para casa. Mas Ulisses é um romance realista. As figuras mitológicas estão disfarçadas de pessoas comuns. As batalhas épicas se resumem a episódios do dia-a-dia. 





Em Ulisses há aparentemente a simples história do dia-a-dia do típico irlandês Leopold Bloom. Ele prepara seu café da manhã, sai para comprar jornal, vai ao pub e assim por diante.

À hora do almoço é tradição parar no pub Davy Byrne, na rua Duke, para uma taça de burgundy (vinho de Bordeus) e um sanduíche de gorgonzola, exatamente como Bloom fazia. À tarde, o hotel Ormond é o lugar ideal para uma cerveja, onde Bloom era tentado pelas moças que serviam bebidas na sala de reuniões Sirens.



As celebrações do Bloomsday incluem também leituras do Ulisses, concursos de sósias de James Joyce e várias outras atividades literárias. Aos olhos de muitos, é mais fácil e muito mais engraçado do que tentar entender o livro.

James Joyce (1882–1941) foi talvez o mais influente e célebre escritor do século 20. Era mestre do inglês e explorador singular de seus recursos linguísticos. Ulisses inscreve-se entre as grandes obras da literatura universal e utiliza diversas técnicas e estéticas literárias radicais.



Fontes:
super.abril.com.br
operamundi.uol.com.br
google.com
Joyce, James - Ulisses - Editora Abril - 1980




segunda-feira, 21 de junho de 2021



No dia 21 de junho de 2004 morria, no Rio de Janeiro, o político Leonel Brizola. Aos 82 anos, ele foi vítima de infarto por conta de complicações infecciosas. 






Nascido no dia 22 de janeiro de 1922, Brizola é natural do povoado de Cruzinha, que pertencia a Passo Fundo (RS). Em 1931, a cidade natal passou a pertencer a Carazinho (RS). Destacado líder nacionalista, ele é considerado herdeiro político de Getúlio Vargas e de João Goulart, dois ex-presidentes brasileiros. Antes mesmo de entrar na faculdade, Brizola já havia iniciado sua carreira política. Em 1945, se filiou ao PTB e, dois anos mais tarde, era eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul. 




Em 1949, ele se formou em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No ano seguinte, casou com Neuza Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart (1961/64). Seu padrinho de casamento foi Getúlio Vargas. 

Diferentemente dele, ela tinha uma origem rica, e se casaram em março de 1950. Com ela, teve três filhos: Neusa Maria, José Vicente e João Otávio.





Em 1951, perdeu a eleição para a prefeitura de Porto Alegre, mas, em 1954, concorreu novamente e garantiu a vitória. Brizola tornou-se muito popular e não teve dificuldade em se eleger governador do estado gaúcho em 1958. 




“Quero dizer-lhes, meus jovens patrícios, que é obrigação de cada um dos senhores enfrentar o momento de sua geração com o espírito esclarecido e a inteligência lúcida. Informados por uma análise rigorosa dos fatos. Iluminados pela crítica fria e independente.” (1961).

Em 1962, foi eleito, pela primeira vez, deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara, com uma votação recorde - 269 mil votos. Em seus discursos, Brizola defendia a implantação da reforma agrária e a distribuição de renda no Brasil. Porém, com a deposição do presidente João Goulart pelos militares, em 1964, ele teve que se exilar no Uruguai. Brizola só retornou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. 






Depois de perder o partido do PTB, Brizola fundou o PDT, legenda pelo qual venceu as eleições para governador do Rio de Janeiro, em 1983. A marca registrada da sua administração foram os Cieps, os centros integrados de educação. Em 1984, apoiou a campanha das Diretas Já. Em 1989, disputou a primeira eleição direta à Presidência da República no Brasil desde o período militar e ficou em terceiro lugar. Na época, no segundo turno, apoiou Luiz Inácio Lula da Silva, que foi derrotado por Fernando Collor. No ano seguinte, elegeu-se novamente governador do Rio de Janeiro. Depois, em 1994, voltou a se candidatar à presidência da república, mas teve somente 3,2% dos votos válidos. Quatro anos depois, em 1998, tentou mais uma vez chegar ao Palácio do Planalto, desta vez como vice do candidato Lula, porém voltou a sofrer uma nova derrota, quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito.




“Sou um grande admirador de toda inteligência que, longe de mesquinho interesse e livre de dogmas partidários, lança-se gratuitamente na arena da sabedoria humana a serviço dos necessitados.” (s/d).


Depois, vieram mais duas derrotas: a Prefeitura do Rio de Janeiro (2000) e o Senado (2002). Em 2003, com Lula como presidente, Brizola rompeu com a base aliada e virou um crítico da administração federal.

Brizola faz muita falta ao atual momento  político brasileiro!



Fontes:
history.uol.com.br
google.com
todoestudo.com.br


Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...