terça-feira, 14 de maio de 2019

Um novo estudo realizado por arqueólogos norte-americanos e britânicos suporta a hipótese de o fim da civilização centro-americana ter sido provocada por um período de seca extrema. Aliás, por dois.







Quando os espanhóis desembarcaram na América Central, em 1517, há muito que a civilização maia tinha conhecido o seu fim. Depois de um período de grande prosperidade, o poder político e econômico dos maias começou a pouco e pouco a decair. Por volta de 850, a população começou a abandonar gradualmente as principais cidades e, em menos de 200 anos, a civilização, outrora a mais importante da América Central, ficou resumida a pequenas aldeias.


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Durante muito tempo, os motivos que levaram à queda da civilização maia permaneceram um mistério. Mas isso não impediu os arqueólogos de avançarem com algumas hipóteses, como o colapso das rotas comerciais, uma invasão ou uma guerra civil. Porém, desde que foram reunidos os antigos registos climatéricos no início dos anos 90, uma teoria tornou-se unânime entre os investigadores — a civilização centro-americana conheceu o seu fim devido a um período de seca extrema. Tão simples quanto isso.

Contudo, apesar de atrativa, a explicação tinha alguns problemas, como explica a BBC. A maioria das cidades maias que ficaram desabitadas durante o século IX estavam localizadas no sul do continente, numa zona que atualmente corresponde aos territórios da Guatemala e do Belize. Já na península Yucatan, no norte (agora México), os maias não pareciam ter sido afetados pela súbita alteração climática. Muito pelo contrário — durante o mesmo período, as cidades do norte floresceram. Foi aliás durante o século IX que surgiu a mais importante de todas — Chichén Itzá, uma das sete maravilhas do mundo antigo.


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Apesar das tentativas dos investigadores, nunca foi possível encontrar uma teoria que explicasse a discrepância entre as cidades do sul e do norte, uma realidade que pode finalmente estar a mudar. Um novo estudo realizado por um grupo de arqueólogos norte-americanos e britânicos, publicado em dezembro, veio ajudar a sustentar a hipótese de que o motivo que levou à queda da civilização maia no sul não é assim tão diferente do que causou o fim dos maias no norte.
A civilização Maia, quando sofreu a invasão espanhola, já estava em decadência por diversos motivos discutidos entre historiadores. Iremos trabalha-los agora. Um dos problemas que levou a degradação das cidades Maias defendido aqui é a agricultura.

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Com modo de produção tributário, era necessário retirar da terra o alimento para o sustento e manutenção da classe-Estado. Tendo em vista que o solo da planície do Yucatan era pobre foi necessário aplicar uma rotatividade de plantios, para possibilitar o descanso da terra. O problema que aí encontramos foi o grande crescimento populacional.

A exigência de novas terras para cultivar, no Novo Império, provocou a crise do sistema e a guerra, como forma de estender o controle das cidades sobre um território maior. Com a guerra entre as cidades-Estado a civilização Maia entrou em decadência.


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Segundo alguns houve outros fatos que só pioraram a situação da população além das guerras como terremotos e pestes, mas estes fatos usados para explicar a decadência giram em torno do aqui demonstrado: a falta de terras para o cultivo. Assim a dominação espanhola foi facilitada pela decadência das cidades Maias, que já estavam abaladas.


Fontes:
observador.pt
historiasdomundo.com.br
google.com.br

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