sábado, 26 de fevereiro de 2022

 Principais erros ortográficos no Português.



Os erros ortográficos ocorrem, principalmente, porque não existe uma correspondência direta entre todos os grafemas e fonemas da língua portuguesa, ou seja, entre todas as letras e os sons que elas podem representar. Um som pode ser representado por várias letras e uma letra pode representar diferentes sons.


Veja quais os erros de ortografia são mais comuns



1. “Mal” e “mau”


Mau” com “U” é um adjetivo, enquanto “mal” pode ser advérbio ou Substantivo. 
O contrário de Mau é Bom, enquanto o contrário de Mal é Bem.

A luta entre o bem e o mal nunca acaba.
Comemos muito mal durante a viagem.
Nas histórias, as madrastas sempre são más, isto é, têm o coração mau.
Quem é mal-humorado está sempre de mau humor!


Confira os principais erros ortográficos do português:X ou CH

A consoante x e o dígrafo ch são facilmente confundidos, uma vez que o x pode assumir o valor de ch no princípio e no meio das palavras.

Palavras com x:
mexer (e não mecher);
puxar (e não puchar);
xingar (e não chingar);
enxergar (e não enchergar);
xícara (e não chícara).

Palavras com ch:
encher (e não enxer);
pichar (e não pixar);
chuchu (e não xuxu);
chilique (e não xilique);
inchado (e não inxado).

G ou J

A troca entre j e g é comum, porque essas duas consoantes representam o mesmo fonema quando formam sílaba com a vogal i e com a vogal e. Assim, as sílabas ge/je e gi/ji são pronunciadas da mesma forma.

Palavras com g:
bege (e não beje);
longe (e não lonje);
gesto (e não jesto);
exigir (e não exijir);
dirigir (e não dirijir).

Palavras com j:
jeito (e não geito);
laje (e não lage);
ajeitar (e não ageitar);
jiboia (e não giboia);
canjica (e não cangica).

S ou Z

A dúvida na escrita de s ou z nas palavras ocorre quando a consoante s está posicionada entre duas vogais, assumindo o som /z/.

Palavras com s:
atrasado (e não atrazado);
paralisar (e não paralizar);
pesquisa (e não pesquiza);
análise (e não análize);
quiseram (e não quizeram).

Palavras com z:
prezado (e não presado);
azia (e não asia);
batizado (e não batisado);
gentileza (e não gentilesa);
deslize (e não deslise).

S, SS, Ç ou C

O uso de s, ss, ç ou c causa muitas dúvidas, porque todas essas opções podem representar o mesmo som: /s/.

Palavras com s:
ansioso (e não ancioso);
descanso (e não descanço);
suspense (e não suspence);
subsídio (e não subcídio);
compreensão (e não compreenção).

Palavras com ss:
excesso (e não exceço);
necessidade (e não nececidade);
permissão (e não permição);
impressão (e não impreção);
pressão (e não preção).

Palavras com ç:
exceção (e não excessão);
cansaço (e não cansasso);
licença (e não licensa);
embaçado (e não embassado);
peça (e não pessa).

Palavras com c:
você (e não voçê);
parece (e não pareçe);
gracinha (e não graçinha);
comecei (e não começei);
coceira (e não coçeira).

I ou E

Devido à proximidade de pronúncia existente entre a vogal i e a vogal e, o erro na escrita das duas vogais é frequente.

Palavras com i:
digladiar (e não degladiar);
privilégio (e não previlégio);
incomodar (e não encomodar);
possui (e não possue);
contribui (e não contribue).

Palavras com e:
empecilho (e não impecilho);
entrevista (e não intrevista);
periquito (e não piriquito);
desvio (e não disvio);
irrequieto (e não irriquieto).

L ou R

A troca entre a consoante r e a consoante l é um erro de articulação comum em diversas regiões do Brasil.

Palavras com r:
cérebro (e não célebro);
cerebral (e não celebral);
cabeleireiro (e não cabeleileiro).

Palavras com l:
pílula (e não pírula);
problema (e não probrema);
blusa (e não brusa).
Acréscimo de letras

A escrita de letras que não existem na palavra provoca, também, vários erros ortográficos. Isso ocorre, principalmente, perto de consoantes mudas, que deverão ser pronunciadas sem a inclusão de uma vogal.

Exemplos de erros por acréscimo de letras:
advogado (e não adevogado);
beneficente (e não beneficiente);
amnésia (e não aminésia);
absurdo (e não abisurdo);
idolatrada (e não idrolatrada);
losango (e não losângulo);
asterisco (e não asterístico).

Supressão de letras

A não escrita de todas as letras que formam a palavra provoca, também, diversos erros ortográficos.

Exemplos de erros por supressão de letras:
perturbar (e não pertubar);
prostração (e não prostação);
retrógrado (e não retrógado);
propriedade (e não propiedade);
brincadeira (e não brincadera);
poliomielite (e não poliomelite).

Troca na posição das letras

Erros ortográficos derivados de trocas na posição das letras surgem em palavras maiores e mais complexas.

Exemplos de erros por troca na posição das letras:

bicarbonato (e não bicabornato);
padrasto (e não padastro);
madrasta (e não madastra).
muçulmano (e não mulçumano);
meteorologia (e não metereologia);
entretido (e não entertido);
supérfluo (e não supérfulo).

Extensão da nasalidade

Alguns erros ortográficos surgem devido à extensão indevida do traço de nasalidade de uma sílaba para outra anterior ou posterior.

Exemplos de erros por extensão da nasalidade:

mendigo (e não mendingo);
sobrancelha (e não sombrancelha);
bugiganga (e não bugingana);
identidade (e não indentidade);
reivindicar (e não reinvindicar).
Junção de palavras separadas

Diversas expressões de uso corrente são erradamente escritas de forma junta, quando na realidade deverão ser escritas de forma separada.

Expressões que se escrevem separadas:

com certeza (e não concerteza);
de repente (e não derrepente)
por isso (e não porisso);
a partir de (e não apartir de);
de novo (e não denovo).

Acentuação gráfica

A falta de acentos gráficos ou a escrita indevida de um acento gráfico são considerados, também, erros ortográficos. A acentuação gráfica das palavras deverá ser sempre feita de acordo com as regras de acentuação do português.

Palavras sem acento gráfico:

item (e não ítem);
coco (e não côco);
gratuito (e não gratuíto);
rubrica (e não rúbrica);
higiene (e não higiêne);
menu (e não menú);
raiz (e não raíz).

Palavras com acento gráfico:

mantém (e não mantem);
papéis (e não papeis);
pólen (e não polen);
pôr (para distinguir de por);
pôde (para distinguir de pode);
têm (para distinguir de tem).

Uso do hífen

Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a escrita de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo de dúvidas para diversos falantes.

Palavras com hífen:

segunda-feira (e não segunda feira);
bem-vindo (e não benvindo);
mal-humorado (e não mal humorado);
micro-ondas (e não microondas);
bem-te-vi (e não bem te vi).

Palavras sem hífen:

dia a dia (e não dia-a-dia);
fim de semana (e não fim-de-semana);
à toa (e não à-toa);
autoestima (e não auto-estima);
antirrugas (e não anti-rugas).

Parônimos e homônimos homófonos

Devido à proximidade gráfica e fonética que as palavras parônimas e homônimas homófonas apresentam, é frequente que sejam usadas de forma errada. Muitas vezes, apesar de estarem bem escritas, são usadas de forma trocada, no contexto errado, originando o erro ortográfico.

Palavras parônimas:
cumprimento e comprimento;
iminente e eminente;
tráfego e tráfico;
retificar e ratificar;
cavaleiro e cavalheiro;
estofar e estufar.

Palavras homônimas homófonas:
mau e mal;
acento e assento;
houve e ouve;
alto e auto;
concerto e conserto;
trás e traz.


Fontes:
dicio.com.br
comunidade.rockcontet.com
estudopratico.com.br

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

 






Essas são imagens de uma das maiores tragédias brasileiras, o incêndio de Vila Socó, em Cubatão na Baixada Santista na madrugada de 24 para 25 de fevereiro de 1984.

A Vila Socó que ficava às margens da Rodovia Anchieta numa área de 2000 x 80 metros, que comportavam 6000 habitantes, segundo dados oficiais. Os moradores estimavam o número de habitantes em 12.000.






Eram 600 barracos, números oficiais, contestado mais uma vez pelos habitantes, que estimavam o número de barracos em 1200.




A tragédia começou de madrugada, quando a maioria das pessoas dormiam. A causa do incêndio pode ter sido um cigarro ou uma faísca que caiu sobre um grande vazamento de gasolina para um duto da Petrobrás.

Não houve alertas ou avisos da eminência do perigo do vazamento. As casas a maioria de madeira foram combustível para que o fogo se alastrasse.

O primeiro bombeiro que chegou ao local, disse não ter noção das dimensões da tragédia. Nos barracos viam-se corpo de de mulheres e crianças carbonizados.





As autoridades tentaram reduzir o tamanho da tragédia, reconhecendo incialmente 93 mortes. Levantamentos independentes incluíram as crianças que deixaram de frequentar escolas e famílias inteiras que desapareceram sem deixar notícia, o que elevou o número total de vítimas a 508. 

Oito funcionários da Petrobrás foram condenados em primeira instância e absolvidos depois em instâncias superiores.




O que restou foi a morte e a destruição de pessoas que viviam em estado e miséria e abandono.








Hoje a Vila Socó não existe mais. O mangue foi aterrado e as casas de palafitas deram lugar a atual Vila São José. Dizem que muitos restos de corpos carbonizados ainda estão lá, debaixo do asfalto. Do desastre, resta apenas um pequeno memorial com algumas imagens da época e o nome estampado dos mortos oficiais.


Fontes:
wikipedia.org
google.com
memorialdademocracia.com.br
diplomatique.org.br


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

 Curiosidades da Língua Portuguesa





Por que quem nasce em Salvador é soteropolitano ?

O termo soteropolitano está ligado à Soterópolis, a versão grega de Salvador. Segundo Caldas Aulete, vem de soter (salvador) + polis (cidade).








A língua portuguesa conta com centenas de palavras estranhas e que são pouco usuais. Por exemplo, tebas é um indivíduo importante, que tem destreza, esperto; remocar é o mesmo que censurar; e iterar é tornar a fazer ou dizer algo.



A origem do nome Pão de Açúcar. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foram os portugueses que deram esse nome, pois durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil (século XVI e XVII), após a cana ser espremida e o caldo fervido e apurado, os blocos de açúcar eram colocados em uma forma de barro cônica para transportá-lo para a Europa, que era denominada pão de açúcar. A semelhança do penhasco carioca com aquela forma de barro teria originado o nome.

O penedo teve ao correr do tempo, cronologicamente, os seguintes nomes:

“Pau-nh-açuquã” da língua Tupi, dado pelos Tamoios, os primitivos habitantes da Baía de Guanabara, significando “morro alto, isolado e pontudo”; “Pot de beurre” dado pelos franceses invasores da primeira leva; “Pão de Sucar” dado pelos primeiros colonizadores portugueses; “Pot de Sucre” dado pelos franceses invasores da segunda leva. Ortograficamente, segundo a anterior ortografia da Língua Portuguesa, “Pão de Assucar”, era com ss.
O nome Pão de Açúcar generalizou-se, a partir da segunda metade do século XIX, quando o Rio de Janeiro recebeu as missões artísticas do desenhista e pintor alemão Johann Moritz Rugendas e do artista gráfico francês Jean Baptiste Debret que, em magníficos desenhos e gravuras, exaltaram a beleza do Pão de Açúcar.





Noticia fecit pelagio romeu de fiadores Stephano pelaiz .xxi. solidos lecton .xxi. soldos pelai garcia .xxi. soldos. Güdisaluo Menendici. xxi soldos /2 Egeas anriquici xxxta soldos. petro cõlaco .x. soldos. Güdisaluo anriquici .xxxxta. soldos Egeas Monííci .xxti. soldos [i l rasura] Ihoane suarici .xxx.ta soldos /3 Menendo garcia .xxti. soldos. petro suarici .xxti. soldos Era Ma. CCaa xiiitia Istos fiadores atan .v. annos que se partia de isto male que li avem


Pelágio Romeu lista aqui seus fiadores: para Pedro Colaço, devo dez contos; para Estevão Pais, Leitão, Paio Garcia, Gonçalo Mendes, Egas Moniz, Mendo Garcia e Pedro Soares, deve vinte contos; para João Soares, trinta contos, e para Gonçalo Henriques, quarenta contos. Agora estamos em 1175, e só daqui a cinco anos vou ter que pagar esses patrícios!




O texto mais antigo em língua portuguesa é um texto de 1175, chamado Notícia de Fiadores, mas o duro é entendê-lo! A semelhança com o português atual é pouquíssima. Até o jeito como o patrício escrevia as letras é complicado! Mas os linguistas identificam vários elementos nele que o caracterizam como português antigo, ou galego-português, e o diferem do latim, ainda muito empregado na época. O texto lista os fiadores de um tal de Pelágio Romeu, um português que, apesar de nobre, não era rico. O documento foi descoberto pela pesquisadora Ana Maria Martins, da Universidade de Lisboa, em 1999.

A palavra qualquer é a única na Língua Portuguesa que faz o plural diferente das demais, que acrescentam um "s" no final. A palavra qualquer no plural acrescenta um "s"no meio da palavra.

Uma das explicações é que a palavra qualquer é uma justaposição entre a palavra qual (pronome relativo) e quer (3ª pessoa do singular do presente do indicativo).



Qualquer - quaisquer.






Os nove países que usam a língua portuguesa de forma oficial são: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A cada cinco indivíduos que falam português no mundo, quatro são de origem brasileira.






A origem da palavra "doce de brigadeiro" que é um doce totalmente brasileiro. Diz a história que ele ganhou esse nome nas eleições de 1945. O brigadeiro Eduardo Gomes, então candidato à presidência, tinha um slogan bem curioso: "Vote no brigadeiro que é bonito e solteiro."

Em troca de doações para a campanha, as mulheres começaram a fazer guloseimas, e entre elas, lá estava o docinho feito de leite condensado e achocolatado. E a iguaria ficou conhecida como o doce preferido do brigadeiro.




Fontes:
gamati.com
soportugues.com.br
super.abril.com.br
google.com
siteantigo.portaleducacao.com.br
portuguese.stackexchange.com/question

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Vamos repassar algumas regras ortográficas da língua portuguesa, lembrando que todos esses conceitos já foram expostos em postagens anteriores.



1. Acentuação (mudanças após o acordo ortográfico)

A acentuação, por exemplo, muda apenas em algumas palavras específicas, aquelas que possuem ditongos abertos éi, ói e éu e as que antes levavam o acento diferencial.

Os ditongos abertos, a partir dessas novas regras do português, só são acentuados quando são monossilábicos ou oxítonos, como no caso da palavra céu ou da palavra anéis. Entretanto, nas paroxítonas, o acento some de uma vez por todas. Assim, “idéia” vira “ideia”, “heróico” vira “heroico” e “jibóia” vira “jiboia”.

A questão do acento diferencial chega a ser mais simples ainda. Lembra que costumávamos ter, em palavras homográficas (ou seja, de grafia idêntica, mas pronuncia distinta) um acento para denotar isso? Páre, pólo e pêra são exemplos disso.

Hoje, todas essas palavras não devem mais ser acentuadas, pois esse acento simplesmente deixou de existir. Agora, se você quiser distingui-las umas das outras, precisa considerar o contexto de uma frase e não mais o acento diferencial.

Outras duas mudanças de acentuação ocorreram, mas elas também são muito simples de se entender. Quando os verbos ter e ir são utilizados no plural, ou seja, têm e vêm, eles devem ser acentuados para demonstrar isso. E, nos hiatos, como vôo, enjôo e perdôo, os acentos sumiram de vez, dando lugar a palavras como voo, enjoo e perdoo.




2 - Uso do Hífen (acordo ortográfico)

A hifenização das palavras, porém, foi uma mudança polêmica e que ainda confunde muita gente. O hífen deixou de aparecer se o segundo elemento de palavras compostas começar com s ou r, caso em que as consoantes devem ser duplicadas. E também desapareceu quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com uma vogal diferente.

Ex: autoestrada; antiaéreo; coautor; semiaberto.

Entretanto se as vogais forem iguais continuamos separando.

Ex: anti-inflacionário; anti-higiênico (lembrando que a letra "H" não possui valor e contamos a vogal "I" como inicio da palavra)

Assim, anti-religioso virou antirreligioso e contra-regra virou contrarregra. Agora, se o prefixo termina com r e a palavra seguinte também começa com r, como em super-realista, o hífen continua exatamente onde está.


REGRA GERAL:

Letras iguais, separa com hífen(-).

Ex: anti-inflamatório; anti-higiênico

Letras diferentes, junta.

O “H” não tem personalidade. Separa (-).

O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se juntam com consoantes.



3 - Em vez de ou ao invés de

Outra pegadinha em que costumamos cair ao escrever está na confusão feita entre as expressões “em vez de” e “ao invés de”. Muitas pessoas costumam ter dúvidas, inclusive, se ambas as expressões estão corretas ou se apenas uma delas é válida na língua portuguesa.

Podemos lhe dizer, antes de tudo, que ambas existem e são maneiras apropriadas de se referir a uma ação, todavia, elas têm aplicações muito distintas e não pegaria muito bem se você as confundisse. Por isso, vamos matar de uma vez por todas as suas dúvidas sobre quando é apropriado utilizar cada uma delas para que a partir de agora você não cometa este erro nunca mais.

A expressão “em vez de” significa “no lugar de”, ou seja, deve ser utilizada quando uma coisa substitui a outra, pura e simplesmente. Por outro lado, a expressão “ao invés de” significa “ao contrário de” e só deve ser utilizada quando algo é o exato oposto do que você acabou de mencionar.

Qual é a maneira certa de não errar na aplicação dessas palavras, então? Infelizmente, não há um jeito mais fácil de averiguar se você aplicou o termo correto do que fazendo a substituição.

Por isso, ao escrever uma frase e notar a necessidade do “em vez de”/”ao invés de” verifique se pode substituí-lo por “no lugar de” ou “ao contrário de”. Como agora você sabe exatamente o que essas duas coisas querem dizer, será fácil determinar qual das duas expressões utilizar.

Exemplos:

a) Em vez de ficar contando histórias, irei direto ao ponto!
b) Ele mediu em gramas ao invés de medir em litros.
c) Ao invés de celebração, fizeram um funeral.
d) Ele disse que virou à esquerda ao invés de virar à direita.
e) Faça sua parte, em vez de ficar me cobrando que faça a minha!
f) Faça sua parte, ao invés de fazer a minha!


4. Uso da crase

Crases só podem ser empregadas diante de substantivos femininos e nunca, sob hipótese alguma, diante de substantivos masculinos. Portanto, se a palavra que se segue é terminada na desinência -o ou, convencionalmente, for tida como um substantivo masculino, você não deve utilizar a crase;

Toda vez que você estiver escrevendo um texto e nele existir uma menção a algum horário é preciso utilizar a crase. Essa regra vai ajudá-lo a não pecar nunca mais em frase como “às 12h” ou “às 23h”;

Antes de locuções que expressam a ideia de tempo, lugar e modo você pode ter certeza que a crase é necessária. Então se você diz “às vezes” ou “às pressas”, não se esqueça de colocá-la;




5. O uso da vírgula

Outro grande desafio para escritores por aí costuma residir no uso da vírgula. Essa pontuação, tão importante para que nossas frases façam sentido e tenham um determinado ritmo, pode ser a grande vilã nos seus textos se você não souber usá-la bem.

Felizmente, há uma série de regras do português que você pode seguir com relação ao uso da vírgula para prevenir equívocos. Essas regras são:

Sempre deve existir vírgula antes das expressões “mas”, “entretanto”, “portanto”, “logo” e “todavia”, por exemplo. Via de regra, as conjunções precisam ser antecipadas por esse tipo de pontuação para fazer sentido ao longo de um texto;
Todavia, há casos em que as conjunções pedem que vírgulas sejam utilizadas APÓS sua menção em um texto. Esses casos aparecem na utilização de termos como “aliás”, “por assim dizer”, “por exemplo” e “além disso”;
Sempre que você for enumerar mais que dois elementos, a vírgula se faz necessária.

6 - Por que, porquê, porque, por quê

Outra dúvida recorrente é o uso correto de por que, porque...

Por que (separado) usado em perguntas.

Por que a festa foi adiada ?
Por que você não foi à escola ?

Porque (junto) usado em respostas.

Porque estava chovendo.
Porque eu estava doente.


Porquê (junto e com acento)


Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo.

Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns), podendo também aparecer junto de um pronome ou numeral.

Porquê pode ser substituído por:
o motivo;
a causa;
a razão.

Exemplos com porquê
Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.
Gostaria de saber os porquês de ter sido mandada embora.



Por quê (separado e com acento)

É usado em interrogações. Aparece sempre no final da frase, seguido de ponto de interrogação ou de um ponto final.

Por quê pode ser substituído por:
por qual motivo;
por qual razão.

Exemplos com por quê
Você não comeu? Por quê?
O menino foi embora e nem disse por quê.

7 - Há, a


Quando se usa há?

A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal ( não declina - não houve motivos; e NUNCA - não houveram motivos), por isso seus significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever.

Veja alguns exemplos:

A meteorologista disse que muita probabilidade de chuva amanhã.
(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.)

Para relacionar tempo passado.

cinco anos que não te vejo.
Saí duas horas.
duas semanas que não vou trabalhar.

Já se a frase referir ao futuro usamos o "a"

Daqui a pouco estarei aí.
Daqui a cinco anos estarei me formando.

Quando tratamos de distâncias:

Minha casa fica a 200 metros daqui.

Cuidado com pleonasmos:

Apesar do grande Raul cantar: Eu nasci há dez mil anos atrás...
Há já indica passado, não precisando do advérbio atrás.

Pela norma culta a frase correta seria:
Eu nasci dez mil anos atrás (sem o há); ou
Eu nasci há dez mil anos (sem o advérbio atrás)

Mas no caso do Raul não vamos interferir no talento.


Quando se usa a?

A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias locuções e, por isso, seu uso é muito versátil.

Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo feminino em determinado contexto. Já as preposição conectam uma palavra a outra, gerando sentido e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido.

Usamos o a para relacionar tempo futuro.

Vou chegar daqui a dez minutos.
Em 2021 vou à Paris.
Daqui a pouco vou jantar.




Fontes:
comunidade.rockcontent.com
infoescola.com
portuguespratico.com
ufla.br
brasilescola.uol.com.br
mundoeducacao.uol.com.br

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

 Iremos falar hoje do inventor do avião, Santo Dumont.





Santos Dumont (1873-1932) foi um inventor e aeronauta brasileiro, conhecido como "O pai da aviação". Foi o primeiro a projetar e construir um balão dirigível que decolou, contornou a Torre Eiffel e aterrissou valendo-se somente da força de um motor a gasolina.

Voando no “balão n.º 6”, Santos Dumont demonstrou a dirigibilidade dos balões e conquistou o Prêmio Deutsch em 1901, concedido pelo Aeroclube da França, sendo reconhecido como o primeiro a realizar tal façanha.

A consagração de Santos Dumont veio com o 14 Bis, um aparelho mais pesado que o ar, que decolou sem a ajuda dos ventos, com um motor de 50 cavalos de potência e pousou na presença dos membros do Aeroclube da França.

Casa onde viveu Santos Dumont - Cabungu-MG


O título de Santos Dumont é disputado por outros aviadores ao redor do mundo, entre eles, os irmãos Wright, porém seus voos foram realizados, segundo eles, sem a presença de testemunhas.


Infância e juventude

Alberto Santos Dumont nasceu na Fazenda Cabangu, em João Gomes, hoje, cidade que leva o nome de Santos Dumont, em Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1873.

Seu pai, Henrique Dumont, era um engenheiro francês e importante plantador de café com fazendas em São Paulo. Sua mãe, Francisca Santos Dumont, era filha do comendador e industrial Francisco de Paula Santos.

Seu avô, François Dumont, joalheiro francês, veio para o Brasil em meados do século XIX e escolheu Diamantina para morar. Santos Dumont teve cinco irmãs e dois irmãos. Entre os homens, ele era o caçula e se sentia diferente dos irmãos.

Aprendeu a ler com sua irmã Virgínia. Estudou no Colégio Culto à Ciência, em Campinas, no Instituto dos Irmãos Kopke e no Colégio Morethzon, no Rio de Janeiro.

Desde criança, seu sonho era criar um aparelho que permitisse o homem voar controlando seu próprio curso. Na adolescência, leu Júlio Verne e livros de engenharia. Projetava máquinas e construía pequenos balões de ar.

Em 1891, acompanhado da família, Dumont visitou a França pela primeira vez. No fim do século XIX, o motor a gasolina era a sensação das exposições em Paris. Santos Dumont ficou fascinado.

Em 1892, após seu pai adoecer e adiantar parte da herança aos filhos, Dumont mudou-se para Paris e começou a oportunidade de construir suas próprias aeronaves. Lá, ele fez contato com baloeiros, como Albert Chapin, que viria a se tornar o mecânico de seus inventos.

Em Paris, Santos Dumont se aprofundou nos estudos, principalmente em mecânica e no motor de combustão, pelo qual se apaixonou à primeira vista.


Primeiros balões:

Primeiro balão



Em 1898, Santos Dumont construiu, em Paris, seu primeiro invento, um balão cilíndrico, inflado a hidrogênio, que denominou “Brasil”. Com apenas 15 kg, no dia 4 de julho de 1898, o balão ganhou altura, mas preso em uma corda, dependia do vento para se movimentar.

Com um segundo balão, o “Amérique”, Dumont venceu uma competição no Aeroclube da França, na qual tomaram parte mais de 11 competidores, permanecendo no ar por mais de 23 horas. A dirigibilidade era o que realmente interessava a Santos Dumont e continuou pesquisando.

Balões dirigíveis:

Em 1898, Santos Dumont iniciou a construção de uma série de balões cilíndricos, motorizados, chamados de “Charutos voadores". O balão n.º 1, foi o primeiro deles.

No dia 20 de setembro de 1898, sob o comando do inventor, o balão, ainda preso em uma corda, subiu aos céus, chegando à altura de 400 metros e retornando ao mesmo ponto de partida.

No dia 11 de maio de 1899, Dumont testou o balão n.º 2, que realizou manobras simples, mas com uma forte chuva o balão ficou pesado e terminou preso em algumas árvores.

No balão n.º 3, Dumont instalou um motor a gasolina, procurando solucionar o problema da dirigibilidade das aeronaves mais leves que o ar.

Com o balão n.º 4, concluído em agosto de 1900, Dumont realizou diversos voos, mas ainda não tinha o controle total da aeronave. O dirigível o balão n.º 5 culminou em um acidente que quase lhe tirou a vida.

Dirigível nº 5




Dirigível n.º 6 - Prêmio Deutsch

Dirigível nº 6




Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de motores a gasolina, o magnata do petróleo Émile Deutsch de La Meurthe instituiu o Prêmio Deutsch para condecorar quem criasse a primeira aeronave dirigível.

Como demonstração, a aeronave deveria circundar a Torre Eiffel, saindo do Parque Saint-Cloud, e voltar ao ponto de partida em 30 minutos, demonstrando a dirigibilidade do balão.


No dia 19 de outubro de 1901, com o balão n.º 6, com 33 metros de comprimento, 6 metros de diâmetro e equipado com um motor de 16 HP, às 14 horas e 42 minutos, Santos Dumont iniciou a jornada de 11 quilômetros.


Balão n.º 6 (volta à Torre Eiffel)


Com uma velocidade média de 22 quilômetros por hora e a 300 metros de altura, o dirigível fez o percurso e retornou ao ponto de partida em 29 minutos e 30 segundos, tendo como testemunhas cerca de 30 mil pessoas entre elas os membros da comissão do Aeroclube.

O feito foi notícia em todo o mundo e Santos Dumont virou celebridade global. Faturando o cobiçado prêmio de 100 mil francos, o inventor doou parte da recompensa a sua equipe e destinou outra parte para a caridade.

Balões n.º 7, 8, 9 e 10:

Depois do balão n.º 6, Santos Dumont fabricou o balão n.º 7, que foi projetado para corrida, nunca chegou a competir, pois não tinha concorrente. O balão n.º 8 foi uma cópia do n.º 6, uma encomenda de um norte-americano, tendo realizado um único voo.

Com o balão n.º 9, Dumont começou a transportar pessoas nos voos que fazia. Uma de suas passageiras foi a cubana Aída de Acosta, que se tornou a primeira mulher no mundo a voar.

De tanto cruzar os céus de Paris com o número nove, recebeu o apelido de "Le Petit Santos". O balão n.º 10, maior que os anteriores, foi denominado "um dirigível ônibus", pelo próprio Santos Dumont.

O 14 Bis – o primeiro avião da história

Em 1906, Santos Dumont competiu em outras duas apostas, promovidas por filantropos, que premiariam quem conseguisse decolar por meios próprios (sem a ajuda da velocidade dos ventos, como ocorria com os balões e sem a ajuda de mecanismos externos, a exemplo das catapultas).

A “aeronave mais pesada que o ar” deveria voar ao menos por 100 metros, sem acidentes. O pouso deveria ser em um terreno plano e horizontal, sem o auxílio do vento para planar e sem dispositivos externos.

O feito seria observado por uma comissão de especialistas previamente convocados pelo Aeroclube da França.

No dia 12 de novembro de 1906, às 16h45m, Santos Dumont decolou do Parque das Bagatelle, em Paris, pilotando o avião 14 Bis, com um motor de 50 cavalos. Com uma altura de 6 metros, voou 220 metros.







Para aterrissar, Dumont desligou o motor, para perder potência e guiou o 14 Bis, quando a asa direita tocou no solo, sofrendo algumas avarias.


Demoiselle

Em 1907, Santos Dumont construiu o "Demoiselle", cujo desenho serviria de modelo a todos os projetistas que se seguiram. Tudo nela era obra de Dumont, inclusive o motor.





O Demoiselle foi o um dos menores e mais baratos aviões da época. Sua intenção era fabricá-los em larga escala e a aeronave foi então fabricada em várias oficinas.

Em 1910, na primeira exposição da Aeronáutica realizada no Grand Palais de Paris, o "Demoiselle" foi um sucesso.

Ainda em 1910, Dumont encerrou sua carreira e passou a supervisionar as indústrias que surgiram na Europa, porém, ele adoeceu e resolveu voltar ao Brasil.

Doença e morte

No dia 8 de dezembro de 1914, ao ver seu invento ser usado para bombardear a cidade de Colônia, na Alemanha, durante a Primeira Guerra, Dumont se decepcionou.

No Brasil, sua tristeza aumentou quando o aeroplano foi usado para fins militares durante a Revolução de 1932, quando o exército massacrou os separatistas paulistas, com bombardeios.

Com esclerose múltipla e depressão, Santos Dumont se suicidou em um hotel no Guarujá, enforcando-se com uma gravata. Para não manchar a imagem de Dumont, o governo divulgou que ele teria sofrido um infarto.


Hotel La Plage - Praia de Pitangueras - Guarujá



O suicídio interrompeu a guerra por um dia. “Em homenagem à memória do imortal pioneiro da aviação, as unidades aéreas do Destacamento do Exército Leste deixarão de bombardear hoje as posições militares inimigas.” A trégua de 24 horas foi proclamada pelo general Goes Monteiro, comandante das tropas legalistas, em 25 de julho de 1932. Na mesma data, o presidente Getúlio Vargas decretou luto oficial de três dias no País.

Hoje, o Grande Hotel La Plage não existe mais. No lugar, há dois prédios residenciais e um conjunto comercial. A antiga área de lazer do hotel, com piscina e salão de festas, tornou-se na década de 1960 o Clube da Orla, que anos depois foi transformado no Shopping La Plage, inaugurado em 1992. Numa praça ao lado, a prefeitura colocou em 1971 um busto do inventor. Também está em exposição, na Avenida Leomil esquina com a Puglisi, o carro fúnebre que transportou o corpo de Santos-Dumont do Guarujá para São Paulo no dia da morte.



Shopping La Plage, antigo hotel La plage  -   Carro fúnebre exposto na Av. Leomil 





Alberto Santos Dumont faleceu no Guarujá, São Paulo, no dia 23 de julho de 1932.

A casa da Rua do Encanto, n.º 22, Petrópolis, Rio de Janeiro, que foi residência de verão de Santos Dumont, é hoje um museu que conta com objetos originais, como livros, cartas, mobiliário etc. Os degraus da escada de entrada da casa foram feitos para se entrar com o pé direito. Já visitei essa casa em Petrópolis, e é muito interessante ver o museu com pertences do aviador.
 


Casa de Santos Dumont em Petropólis





Dumont deixou dois livros: "Dans-L'air" (1904) e "O que Vi e o que Nós Veremos" (1918)

Até hoje existe a polêmica entre Santos Dumont e os irmãos Wright. Dumont decolou o seu avião do solo com centenas de testemunhas no campo de Bagatelle em Paris, em 12 de novembro de 1906. Os irmãos Wright alegam que voaram dois anos antes com seu avião Flyer, porém sem testemunhas, e partindo de uma colina. O avião, assim, era um planador e não decolou do solo como o 14 Bis.






Em 1908, os irmãos Wright fizeram a primeira apresentação pública com um aparelho que precisava de uma catapulta para voar.

Hoje na maioria do mundo atribui-se à invenção do avião aos norte-americanos. Primeiro por que nasceram nos EUA, depois a propaganda sempre foi a "alma do negócio". 

O que se sabe, no entanto, é que Santos Dumont fez a primeira aeronave que alçou voo com um motor, e não precisou ser arremessado para o ar.




Fontes:

ebiografia.com
memoria.ebc.com.br
cabungu.com.br
wikipedia.org
google.com
infografico.estadao.com.br

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

 Hoje vamos falar do emprego do Hífen.

( - )

A palavra hífen  vem do grego hyphen (ενωτικό), que significa juntamente.

Como regra geral quando duas palavras tiverem letras iguais separamos com hífen, quando tiverem letras diferentes juntamos.


Ex: norteamericano : Xi está errado!  Por quê ?

Apesar das duas palavras terminarem com letras diferentes (e/a) os termos são separados por hífen. O correto é norte-americano. Mas por quê ?

Os adjetivos pátrios (Norte e Sul) exigem o uso do hífen.

Assim: sul-coreano; sul-americano; sul-vietnamita; sul-africano; norte-coreano, são separados com hífen.


Letras iguais separamos: anti-inflamatório; arqui-inimigo; sub-bibliotecário; anti-higiênico ( a letra h é uma letra sem som, portanto não muda a sonoridade, portanto entendemos como se não existisse. Assim anti termina em i; e higiênico, apesar de começar com a letra h, consideramos como se iniciasse com i.

As palavras : super-homem, pré-história, sub-hepático, ou seja quando o segundo termo inicia-se com a letra H, usamos o hífen.


Letras diferentes juntamos: neoliberalismo, semicírculo, extraoficial.

A palavra SUB, quando junta de outra palavra só recebe hífen quando essas se iniciarem por /b/h ou r/

Assim : sub-reitor; sub-bibliotecário; sub-bloco; sub-região. São escritas com o hífen.

Nos demais casos os termos se juntam: subdiretor; subchefe; subaéreo.


Quando a primeira palavra terminar em vogal, e a outra palavra iniciar-se por /r/ ou /s/ dobramos essas letras.

mini (terminal em vogal) saia (começa com s) dobramos o s e a palavra fica minissaia.

Assim também para ultrassonografia (ultra + sonografia).

Quando as duas palavras terminarem em s ou r, usamos a regra geral (palavras diferentes separamos)

Ex; inter-resistente, super-realista.


Após as palavras: pôs, pós e pré, com sons fortes separamos com hífen a segunda palavra.

Pré-histórico; pós-moderno; pré-natal; pró-labore.


Portanto: 

Letras iguais - SEPARA

Letras diferentes - JUNTA

Segunda palavra iniciada com a letra H (SEPARA)




Fontes:

infoescola.com
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/
blogs.correiobraziliense.com.br
soportugues.com.br
google.com

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

 



Nesse ano de 2022, comemoramos o centenário da Semana de Arte Moderna em São Paulo.

O evento realizado entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, foi o primeiro movimento popular e coletivo de arte moderna no Brasil.


Na verdade a Semana foi concebida para durar entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, mas na verdade teve apenas três dias (13, 15 e 17 de fevereiro de 1922)

O Brasil de antes da Semana de Arte Moderna era um país do Parnasianismo, com sua estética formal e erudito, de seus versos métricos e rígidos nas formas e no conteúdo.

O poeta Manuel Bandeira, que não aderiu ao movimento, emprestou um de seus poemas, "Os sapos", para serem declamados por Ronald de Carvalho no palco do Teatro Municipal em 15 de fevereiro. 

A declamação foi severamente vaiada.

Os Sapos




Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.


Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...






Teatro Municipal de São Paulo




Participaram jovens artistas nos campos da Literatura, Escultura, Pintura e Música.



Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Mafalti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Agenor Fernandes Barbosa ,  entre outros, e como um dos organizadores o intelectual Rubens Borba de Moraes que, entretanto, por estar doente, dela não participou. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, Tarsila do Amaral, considerada um dos grandes pilares do modernismo brasileiro, se encontrava em Paris e, por esse motivo, não participou do evento. Muitos dos idealizadores do evento eram quatrocentões,  filhos de grandes empresários e cafeicultores paulistas.


Semana de 22





A semana de Arte Moderna realizou-se no ano do centenário da Independência do Brasil, e suas ideias inovadoras e libertárias tiveram origem na Europa, na chamada "avant guard" (guarda avançada) que originou a palavra vanguarda. 

Movimentos como cubismo, de pintores como Cézanne, Picasso, Fauvismo, de pintores como Matisse, o Expressionismo, do norueguês Edward Much, Van Gogh, e o Movimento Futurista do poeta italiano Filippo Marinette, além de artistas como Thomas Mann, James Joyce, Raine Maria Rilke, Robert Wiene no cinema.


O grito -  Edward Much

No Brasil,  a pintora Anita Mafalti foi uma das precursoras do movimento modernista com sua exposição de Pinturas modernas em 1917, gerando admiração e críticas ferrenhas como o artigo "Paranoia ou mistificação de Monteiro Lobato.


Anita Mafalti

No decorrer dos mês de fevereiro estaremos publicando mais textos, biografias e curiosidades da Semana de Arte Moderna, um marco nas artes e no pensamento brasileiro do século XX.



Fontes:
enciclopedia.itaucultural.org.br
wikipedia.org
brasilescola.uol.com.br
educamaisbrasil.com.br
google.com
todamateria.com.br
culturagenial.com


Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...