M.M.D.C.
No dia 23 de maio de 1932, quatro estudantes foram mortos em São Paulo pelas tropas federais, o que serviu de estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932. Por conta da morte dos jovens criou-se a sigla M.M.D.C. com os nomes dos estudantes que perderam a vida - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Além disso, essa sigla também ficou conhecida como o levante revolucionário paulista.
Em 1932, o Brasil vivia um momento conturbado durante a presidência de Getúlio Vargas, que governava sem uma constituição formal que delimitasse seus poderes. Essa situação desagradava a elite paulista, e os estudantes realizaram uma série de manifestações.
É claro que a forma ditatorial como Getúlio governava desde a Revolução de 30 foi um dos motes da revolução, mas os fatores principais foi a perda de prestígio da elite cafeeira paulista, o fim da política do café-com-leite, e sobretudo as enormes prejuízos sofridos com a quebra da bolsa de Nova York em 1929, o que levou muitas dessas família da elite paulista a perderem tudo.
Entre os grupos que formavam a direção da Revolução Paulista, existiam os separatistas que desejavam a independência de São Paulo como uma república soberana ou a formação de uma federação onde os estados adquiririam a soberania (confederação). Entre os principais defensores do separatismo destacavam-se o presidente do Tribunal de Justiça, Costa Manso, os escritores José Alcântara Machado, Monteiro Lobato e o historiador Alfredo Ellis Junior.
A elite paulista mais uma insuflara a população para uma luta sem sentido, e sem preparo algum, achando que o conflito serviria após alguns dias para o cumprimento de suas reivindicações.
Os políticos de São Paulo esperavam apenas um breve conflito militar com uma rápida marcha para o Rio de Janeiro, até então a capital do país, para depor Getúlio.
Getúlio, jogou pesado e enviou tropas contra São Paulo, colocando o Estado em xeque-mate.
O saldo foi a morte de mais de 1000 paulistas, atualmente 713 paulistas têm os seus restos mortais enterrados no mausoléu da revolução no Obelisco do Ibirapuera.
Um grupo tentou invadir a sede de uma organização favorável ao regime de Getúlio, e quatro dos invasores foram assassinados. Um quinto estudante foi ferido - Orlando de Oliveira Alvarenga , que morreu três dias depois, por causa disso, o seu nome não foi ligado ao movimento. Os nomes completos dos outros estudantes eram Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade.
Atualmente, a cidade de São Paulo homenageia todos os estudantes com nomes de ruas, assim como datas da revolução. Na capital paulista, as ruas Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo, Alvarenga e MMDC se intercruzam no bairro do Butantã. Além disso, duas importantes vias da metrópole são chamadas de 23 de Maio e 9 de Julho, data do início da Revolução Constitucionalista.
Fontes:
wikipedia.org
seuhistory.com
google.com.br
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