quinta-feira, 23 de maio de 2019


M.M.D.C.


Cartão Postal do MMDC.jpg


No dia 23 de maio de 1932, quatro estudantes foram mortos em São Paulo pelas tropas federais, o que serviu de estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932. Por conta da morte dos jovens criou-se a sigla M.M.D.C. com os nomes dos estudantes que perderam a vida - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Além disso, essa sigla também ficou conhecida como o levante revolucionário paulista. 





Em 1932, o Brasil vivia um momento conturbado durante a presidência de Getúlio Vargas, que governava sem uma constituição formal que delimitasse seus poderes. Essa situação desagradava a elite paulista, e os estudantes realizaram uma série de manifestações.




É claro que a forma ditatorial como Getúlio governava desde a Revolução de 30 foi um dos motes da revolução, mas os fatores principais foi a perda de prestígio da elite cafeeira paulista, o fim da política do café-com-leite, e sobretudo as enormes prejuízos sofridos com a quebra da bolsa de Nova York em 1929, o que levou muitas dessas família da elite paulista a perderem tudo.



Entre os grupos que formavam a direção da Revolução Paulista, existiam os separatistas que desejavam a independência de São Paulo como uma república soberana ou a formação de uma federação onde os estados adquiririam a soberania (confederação). Entre os principais defensores do separatismo destacavam-se o presidente do Tribunal de Justiça, Costa Manso, os escritores José Alcântara Machado, Monteiro Lobato e o historiador Alfredo Ellis Junior.




A elite paulista mais uma insuflara a população para uma luta sem sentido, e sem preparo algum, achando que o conflito serviria após alguns dias para o cumprimento de suas reivindicações.


Os políticos de São Paulo esperavam apenas um breve conflito militar com uma rápida marcha para o Rio de Janeiro, até então a capital do país, para depor Getúlio.

Getúlio, jogou pesado e enviou tropas contra São Paulo, colocando o Estado em xeque-mate.

O saldo foi a morte de mais de 1000 paulistas, atualmente  713 paulistas têm os  seus restos mortais enterrados no mausoléu da revolução no Obelisco do Ibirapuera.

Um grupo tentou invadir a sede de uma organização favorável ao regime de Getúlio, e quatro dos invasores foram assassinados. Um quinto estudante foi ferido - Orlando de Oliveira Alvarenga ,  que morreu três dias depois, por causa disso, o seu nome não foi ligado ao movimento. Os nomes completos dos outros estudantes eram Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade.


Resultado de imagem para monumento revolução de 32



Atualmente, a cidade de São Paulo homenageia todos os estudantes com nomes de ruas, assim como datas da revolução. Na capital paulista, as ruas Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo, Alvarenga e MMDC se intercruzam no bairro do Butantã. Além disso, duas importantes vias da metrópole são chamadas de 23 de Maio e 9 de Julho, data do início da Revolução Constitucionalista.



Fontes:
wikipedia.org
seuhistory.com
google.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...