terça-feira, 15 de dezembro de 2020

 


Follow the white rabit - Matrix
Siga o coelho branco




Vamos falar hoje do livro do escritor inglês e matemático, Charles Lutwidge Dodgson, conhecido pelo pseudônimo de Lewis Caroll, "Alice Adventures in Wonderland" ou "Alice in the Wonderland" ou Alice no país das Maravilhas.


O livro foi publicado em 4 de julho de 1865, em plena Era Vitoriana.

Chapter One - Down the rabit hole

"Alice was beginning to get very tired of sitting by her sister on the bank, and of having nothing to do: once or twice she had peeped into the book her sister was reading, but it had no pictures or conversations in it, “ and what is the use of a book,” thought Alice, “ without pictures or conversations ?”

A história começa com Alice sentada e entediada ao lado de sua irmã que lia um livro quase sem figuras e sem diálogos. Logo ela precisava arrumar alguma coisa para fazer.

Essa situação deve ser comum para muitas ou para a maioria das pessoas; a ponto delas pensarem em mudar o rumo de suas vidas.

Alice viu um coelho ( The Rabbit say to itself, “ Oh dear ! Oh dear ! I shall be too late !”)


O coelho estava apressado e se dizia atrasado, fato muito comum hoje em dia, que   todos nós vivenciamos. Sempre na "correria", correndo atrás do tempo perdido.

Alice levada por um impulso de curiosidade seguiu o coelho que entrou num buraco, que a princípio, pareceu uma caverna para Alice. Ela entrou no buraco e começou a cair para dentro dele e quanto mais caia mais fascinada ela ficava.

Lá ela encontrou um mundo desconhecido e totalmente diferente daquele em que vivia.




Ela mergulha um mundo novo, em que animais e objetos falam e se comportam como seres humanos.

Na história, Alice vive aventuras que beiram o absurdo, o impossível. Um mundo que é fantasiosamente inverso do “real”. Ou seja, nada ali tem lógica.




No fundo da sala, encontra uma portinha que guarda um belo jardim, mas não consegue passar para o outro lado por causa do seu tamanho. Olha de novo para cima da mesa e vê um vidro que continha um líquido e um rótulo que dizia "BEBA-ME".





Bebe o conteúdo do vidro e imediatamente começa a encolher, ficando com vinte e cinco centímetros de altura. Só então percebe que esqueceu a chave em cima da mesa e, agora que é pequena, não consegue mais alcançá-la. Vê então um bolo com um rótulo dizendo "COMA-ME". A menina come um pedaço e, vendo que não crescia, começa a chorar desesperadamente.

Às vezes precisamos nos adaptar para as situações que nos é apresentada. Precisamos encolher ou esticar para cabermos dentro do espaço existente. Temos de ter "jogo de cintura"





Depois de comer o resto do bolo, começa a crescer cada vez mais e a falar coisas sem sentido. Com medo de estar perdendo o juízo, seu pranto também aumenta, formando uma lagoa ao seu redor.

Nadando em lágrimas


Nadar em mar de lágrimas indica o sofrimento de Alice para se adaptar ao novo cenário que lhe é apresentado.

A cena é interrompida pela passagem do Coelho Branco, vestido de gala, que deixa cair as luvas brancas de pelica. Alice tenta chamá-lo mas ele desaparece, correndo. Segurando uma das luvas, a menina repara que começa a encolher de novo e começa a se afogar nas próprias lágrimas.




Surgem vários animais na água e Alice nada atrás deles até uma praia, onde decidem criar um jogo para poderem secar. De novo, vê o Coelho Branco passar e resolve segui-lo. Distraído, ele pensa que a garota é Mary Ann, a empregada, e ordena que vá até sua casa buscar um leque e um par de luvas.

Do lado desses objetos, Alice vê um novo frasco com o rótulo "BEBA-ME" e resolver bebê-lo, crescendo até ficar maior do que a casa. Fica com o corpo preso e os membros e cabeça de fora, o Coelho chama o lagarto Bill para resolver o problema. O lagarto joga pedrinhas na sua direção que se transformam em bolos, a protagonista come um e encolhe, ficando com meros centímetros.

Conselhos da Lagarta



Encontra, então, uma lagarta fumando um narguilé em cima de um cogumelo. Ela lhe pergunta quem é e Alice começa a desabafar sobre todas as transformações que sofreu durante o dia, afirmando que não sabe mais quem é. A lagarta recomenda que mantenha a calma e se afasta, dizendo que um lado do cogumelo a fará crescer o o outro lado diminuir.

Começa a comer pedaços, mudando de tamanho, até ficar com o seu pescoço preso nos ramos de uma árvore. Uma pomba que chocava os ovos no ninho começa a discutir com ela, acusando-a de ser uma serpente. Come mais um pedaço do cogumelo e volta à sua altura normal e vê uma casa nas redondezas.

Um gato e um chá

Quem abre a porta é o Mordomo-Peixe, anunciando que aquela era a casa da Duquesa. Lá dentro, a criada faz uma sopa com muita pimenta e a Duquesa nina um bebê, espirrando ocasionalmente. Na sala, está também um gato que sorri. A criança começa a espirrar e grunhir, se transformando em um porco.




A menina foge e reencontra o gato, sorrindo, na floresta. Pede indicações de um lugar para visitar, ele aponta a casa da Lebre de Março e a casa do Chapeleiro, avisando que todos ali são loucos. Se depara com as duas personagens tomando chá e se junta a elas, chocada com o modo como quebram as regras da boa educação e irritada com os seus enigmas absurdos. Foge por uma porta escondida em um tronco e vai parar em um jardim.

Rainha de Copas e jogo confuso

Lá, as rosas brancas estão sendo pintadas de vermelho por soldados que eram cartas de um baralho. Eles confessam que plantaram as rosas erradas e que a Rainha vai mandar cortar suas cabeças se descobrir. Em seguida, Alice conhece o Rei e a Rainha de Copas, que a convidam para um jogo de croquet e a forçam a comparecer.

O jogo é muito diferente daquele que a menina conhecia, usando animais como tacos e bolas e desrespeitando as regras e a ordem habituais das partidas. A Rainha, furiosa, manda cortar a cabeça de vários participantes.

Do nada, surge o Gato de Cheshire só com o seu sorriso e começa a questionar a menina sobre o jogo e a Rainha, que a escutava escondida. Sua audácia incomoda os reis, que decidem condená-lo a morte, mas primeiro mandam chamar a sua dona, a Duquesa. A Rainha muda de ideias e resolve perdoar todos. Alice conhece um Grifo que a leva até a Falsa Tartaruga, uma estranha criatura que lhe conta histórias do fundo do mar.



“Would you tell me, please, which way I ought to walk from here ?” “That depends a good deal on where you want to get to,” said the Cat. “I don ’t much care where——” said Alice. “Then it doesn’t matter which way you walk,” said the Cat


Você poderia me dizer qual o caminho devo tomar, disse Alice para o gato.
-Isso depende para onde você quiser ir, disse o gato.
- Não me importo muito com o destino, disse Alice
Então não importa o caminho que você siga, disse o gato.


Conclusão

Alice é chamada para um julgamento, sem saber do que se trata. O juiz é o próprio Rei e os membros do júri parecem confusos, escrevendo o próprio nome em uma folha repetidamente. O Valete de Copas está sendo acusado de ter roubado as tortas da Rainha e as testemunhas parecem não saber nada sobre o caso, falando apenas absurdos.




Alice é chamada a depor e fica irritada, sendo depois expulsa do tribunal, quando o Rei a acusa de ter mais que três quilômetros de altura. Revoltada, acusa os soldados de serem um mero baralho de cartas e todos se lançam na sua direção. De repente, Alice acorda com a cabeça no colo de sua irmã e percebe que tudo foi apenas um sonho.






Realmente, muitos de nós não sabemos claramente o rumo a seguir e ficamos dando voltas sem chegar a lugar algum. Muitas vezes divagando com fantasias sobre como poderia  ter sido nossas vidas e esquecendo de viver a vida real.




Fontes:
culturagenial.com
revistacult.uol.com.br
noticiais.r7.com
google.com
ingles.200h.br
bibliotecadigital.puc
guiadoeestudo.com.br
pensador.com/frases


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