sexta-feira, 4 de dezembro de 2020



Em 4 de dezembro de 1942, em Varsóvia, cristãos poloneses colocaram suas próprias vidas em risco quando estabeleceram o Conselho de Assistência aos Judeus. O grupo foi liderado por duas mulheres, Zofia Kossak e Wanda Filipowicz.


Zofia Kossak e Wanda Filipowicz



Desde a invasão alemã da Polônia, em 1939, a população judaica havia sido assassinada ou levada para guetos e campos de concentração e trabalho. Casas e lojas judaicas foram confiscadas e sinagogas foram incendiadas. A notícia sobre o destino desses judeus finalmente veio à tona em junho de 1942, quando um jornal alternativo de Varsóvia noticiou que dezenas de milhares de judeus estavam sendo mortos em Chelmno, um campo de concentração na Polônia – quase sete meses após o início do extermínio.


Judeus indo para o Gueto de Varsóvia


Apesar do crescente conhecimento público da “Solução Final”, o extermínio em massa dos judeus europeus e a expansão das redes de campos de exterminação na Polônia, muito pouco foi feito para combater esses horrores. Fora da Polônia, havia apenas discursos raivosos de políticos e promessas de represálias pós-guerra. Na Polônia, poloneses não judeus também eram objetos de perseguição e trabalho forçado pelas mãos dos invasores nazistas. Sendo eslavos, eles também eram considerados “inferiores” aos alemães arianos. 


Gueto de Varsóvia




Mas isso não deteve Zofia Kossak e Wanda Filipowicz, duas polonesas cristãs que estavam determinadas a fazer o que pudessem para proteger seus vizinhos judeus. Não se sabe ao certo se a missão de Kossak e Filipowicz foi bem-sucedida, mas somente o fato de terem criado o Conselho já evidencia que algumas almas corajosas estavam dispostas a arriscar a vida para ajudar os judeus perseguidos.

Zegota era o codinome secreto do Conselho de Ajuda aos Judeus. Foi criado por meio dos esforços de duas
mulheres católicas polonesas: Zofia Kossak e Wanda Krahelska-Filipowicz, ambas dedicadas à missão de ajudar a
proteger os judeus da perseguição alemã. Ambas as mulheres eram ativistas há muito tempo e eram extremamente bem relacionadas com membros importantes da Resistência polonesa, que também estavam envolvidos na mesma missão. 

Juntos, eles formaram uma rede formidável. Grande parte do financiamento que receberam veio do governo polonês no exílio em Londres, bem como de outras fontes.



Elas, no entanto, não estavam sozinhas. Apenas dois dias após a criação do Conselho, a SS trancou 23 homens, mulheres e crianças em celeiros e cabanas e os queimou vivos. A acusação: todos eram suspeitos do crime de abrigar judeus. 

Apesar da bravura de alguns cristãos poloneses e combatentes judeus nos guetos de Varsóvia, que se rebelaram em 1943 (alguns dos quais tendo se refugiado em lares de vizinhos cristãos), a máquina de morte nazista se mostrou esmagadora. A Polônia se tornou um campo de morte não somente para judeus poloneses, mas de grande parte da Europa: aproximadamente 4,5 milhões de judeus foram mortos nos campos de extermínio da Polônia no final da guerra.


Revolta do Gueto de Varsóvia



Fontes:
seuhistory.com
google.com
www.polishgreatness.com/zegota

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