sexta-feira, 5 de julho de 2019


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No dia 5 de julho de 1922 eclodiu no Rio de Janeiro a Revolta dos 18 do Forte, também conhecida como Revolta do Forte de Copacabana. O episódio foi o primeiro levante do Tenentismo. O movimento teve como objetivo buscar a queda da República Velha, cujas características oligárquicas se opunham ao ideal democrático almejado por setores das forças armadas, em especial oficiais de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados.

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A revolta representava também a insatisfação de outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia com a divisão política existente, conhecida como política do café-com-leite. O descontentamento entre os militares era crescente. Diversas unidades do Rio de Janeiro se organizaram para realizar um levante contra o presidente em exercício Epitácio Pessoa (representante da oligarquia que dominava o país) e Arthur Bernardes que assumiria o cargo em novembro.

No entanto, naquele dia, apenas o Forte de Copacabana, localizado na ponta direita da praia de Copacabana, sob comando do Capitão Euclides Hermes da Fonseca, e a Escola Militar se revoltaram e foram facilmente combatidos. Apesar da posição contrária à política café-com-leite, os militares de alta patente acabaram por não aderir ao movimento. A informação chegou até o governo, que tratou de trocar os principais comandos militares da então capital.



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Durante toda a manhã do dia 5, o forte sofreu bombardeio da Fortaleza de Santa Cruz da Barra, que fica do lado oriental da barra da Baía de Guanabara, mas os 301 revolucionários (oficiais e civis) mantiveram-se firmes. Até que, às 4h da manhã do dia 6, Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos sugeriram que desistissem da luta aqueles que quisessem: apenas 29 decidiram continuar.


Para tentar uma negociação, o Capitão Euclides Hermes saiu da fortaleza, mas acabou preso. Os 28 restantes continuaram resistindo e marcharam pela Avenida Atlântica em direção ao Leme. Alguns, porém, se dispersaram.

Apenas 17 militares continuaram marchando e a eles se juntou um civil, Otávio Correa. Eles foram finalmente derrotados na altura do Posto 3 de Copacabana. Há controvérsias quanto ao número total de participantes, sobreviventes e mortos. Não há um balanço oficial de vítimas, mas, segundo algumas fontes, teriam morrido, entre oficiais e praças, 14 pessoas.




Há controvérsias quanto ao número total de participantes, de civis (Otávio Correa morreu, mas outro, Lourival Moreira da Silva, teria sido preso), de sobreviventes e de mortos.

O número 18 teria sido anunciado pela Gazeta de Notícias e pode ser uma lenda. Ela cita 3 oficiais, 2 sargentos e 13 soldados. Em entrevista a Gazeta de Notícias, o Tenente Newton Prado, que viria a falecer mais tarde em decorrência dos ferimentos, diz "Ficamos eu, o Tenente Siqueira Campos e quatorze soldados. Às duas horas da tarde saímos do forte para morrer" A eles se uniram, na hora do levante, o Tenente Eduardo Gomes (ferido em combate) e Mario Carpenter (morto em combate). Este último pertencia ao 3º Regimento de Infantaria e se recusou a atacar colegas de farda. Na rua, se uniu ao grupo também Otávio Correa, o que leva a soma a 19.


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Ainda na Gazeta de Notícias são dados como mortos 14 revoltosos, além de 5 feridos. Entre os legalistas, ainda com incerteza, seriam 10 mortos e 4 feridos. Já O Cruzeiro afirmaria anos mais tarde, em 18 de setembro de 1964, 33 soldados governistas como mortos. O Correio da Manhã noticiou 30 feridos, entre ambas as forças, 13 praças e 1 "inferior" (provavelmente sargento) e o 2º Tenente Mario Carpenter entre os revoltosos, mas a essa altura o tenente Newton Prado ainda não havia falecido.

Entre os tenentes, apenas Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram. Alguns praças, porém, sobreviveram e fugiram ou foram presos.

Segundo outras fontes, teriam morrido, entre oficiais e praças, 12 pessoas no dia 6 e mais duas no dia seguinte, num total de 14 mortos




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Coluna Prestes


O episódio, mesmo que não bem sucedido, tornou-se um exemplo para militares e civis no país, sendo a primeira revolta do movimento tenentista, dando origem a outras revoltas tenentistas como a Coluna Prestes, a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus. Esse movimento preparou o caminho para a revolução de 1930.


Fontes:
seuhistory.com
google.com.br
wikipedia.org

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