quinta-feira, 18 de julho de 2019




Em 18 de julho, no ano de 64, teve início um grande incêndio de Roma, que destruiu boa parte da cidade. Apesar das histórias mais conhecidas sobre o episódio, não há nenhuma evidência de que o imperador romano Nero tenha iniciado o incêndio ou estivesse tocando violino enquanto ocorria a tragédia. Ainda assim, ele usou o desastre para seguir com seus planos políticos.

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O fogo começou nas insulas (espécie de moradia popular) de um distrito ao sul do lendário Monte Palatino. As casas da região queimaram rapidamente, e o fogo logo se espalhou para o norte, alimentado por ventos fortes. Durante o caos, houve relatos de grandes saques. O fogo só pode ser controlado após quase três dias. Três dos 14 distritos de Roma foram completamente destruídos; apenas quatro permaneceram ilesos após a tragédia. Centenas de pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas.


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Existem várias versões sobre a causa do incêndio. A versão mais contada é a de que os moradores que habitavam as construções de madeira usavam do fogo para se aquecer e se alimentar. E por algum acidente, o fogo se alastrou. Para piorar a situação, ventos fortes arrastavam o fogo pela cidade.

Outra versão famosa, é de que o imperador Nero teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para a obra. Há ainda a versão, concebida por romancistas cristãos pósteros que, atribuindo ao imperador a condição de demente, pretende que ele provocou o incêndio para inspirar-se, poeticamente, e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Troia.


Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com sua lira. Esta cena é retratada no romance Quo Vadis (Onde Vais ?) de  Henryk Sienkiewicz, que narra a perseguição aos cristãos na época de Nero.


Há ainda uma versão da história que cita que, no momento do incêndio, Nero estava em outra cidade e, ao saber do ocorrido, retornou a Roma, esforçando-se para socorrer os desabrigados, inclusive mandando abrir os jardins de seu palácio para acolhê-los. Todavia, o fato de, posteriormente, ter usado seus agentes para adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações de seu palácio, com a provável intenção de ampliá-lo, tornou-o suspeito, junto ao povo, de ter responsabilidade no sinistro.

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A versão mais aceite entre os historiadores é a de que se tratou de um fogo acidental e há indícios da arqueologia que parecem apoiar esta versão. O relato mais fiável é o de Tácito, que teria cerca de sete anos de idade à data dos eventos. Segundo este historiador romano, o fogo começou nas lojas e armazéns nas redondezas do Circo Máximo e espalhou-se rapidamente devido ao forte vento que soprava, causando enorme destruição na cidade.

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Circo Máximo de Roma


Para Massimo Fini, Nero teria sido caluniado, por historiadores romanos e cristãos, nesse episódio do grande incêndio de Roma.


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As lendas em torno da responsabilidade de Nero no incêndio podem ter surgido por várias razões. Primeiramente, ele não gostava da estética da cidade e usou a devastação causada pelo fogo como motivo para mudar a arquitetura e instituir novos códigos de construção em toda a cidade. Nero também usou episódio para reprimir a crescente influência dos cristãos em Roma. Ele prendeu, torturou e executou centenas deles sob o pretexto de que estariam envolvidos com as causas do incêndio.


Fontes:
wikipedia.org
seuhistory.com
google.com
ensina.rpt.pt

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