A declaração de independência feita por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822, deu início a uma série de conflitos entre governos e tropas locais ainda fiéis ao governo português e as forças que apoiavam nosso novo imperador. Na Bahia, o fim do domínio lusitano já se fez presente no ano de 1798, ano em que aconteceram as lutas da Conjuração Baiana.
Ao custo de muitas vidas, em um dia como este, no ano de 1823, foi decretada a independência do estado da Bahia após um movimento iniciado dois anos antes. A partir de então, a província passou a fazer parte da unidade nacional brasileira. A luta pela independência na Bahia veio antes da brasileira, contudo só se tornou realidade quase um ano após o 7 de setembro de 1822.
As relações entre portugueses e brasileiros começaram a se acirrar, promovendo uma verdadeira cisão entre esses dois grupos presentes em Salvador. Meses antes da independência, grupos políticos se articulavam pró e contra essa mesma questão. No dia 11 de fevereiro de 1822, uma nova junta de governo administrada pelo Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo deu vazão às disputas, já que o novo governador da cidade se declarava fiel a Portugal.
Utilizando autoritariamente as tropas a seu dispor, Madeira de Melo resolveu inspecionar as infantarias, de maioria brasileira, no intuito de reafirmar sua autoridade. A atitude tomada deu início aos primeiros conflitos, que se iniciaram no dia 19 de fevereiro de 1822, nas proximidades do Forte de São Pedro. Em pouco tempo, as lutas se alastraram para as imediações da cidade de Salvador. Mercês, Praça da Piedade e Campo da Pólvora se tornaram os principais palcos da guerra.
Além disso, ao contrário da pacífica proclamação às margens do Ipiranga, o processo baiano foi conflituoso e violento. Ao longo da luta pela emancipação baiana, os interesses estavam divididos: de um lado, havia os portugueses interessados em manter a província como colônia; do outro brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se uniram em um interesse comum de uma luta que estava efervescendo há alguns anos.
O apoio popular a Dom Pedro I significou uma afronta à autoridade de Madeira de Melo, que mais uma vez respondeu com armas ao desejo da população local. Os brasileiros, inconformados com a violência do governador, proclamaram a formação de uma Junta Conciliatória e de Defesa instituída com o objetivo de lutar contra o poderio lusitano. Os conflitos se iniciaram em Cachoeira, tomaram outras cidades do Recôncavo Baiano e também atingiram a capital Salvador.
Um fato a ser ressaltado foi o alistamento de uma mulher no exército dos "Voluntários do Príncipe D.Pedro". Seu nome era Maria Quitéria, que se alistou como o nome de Medeiros. Ela é considerada uma heroína na Guerra da Independência da Bahia.
As ações dos revoltosos ganharam maior articulação com a criação de um novo governo comandado por Miguel Calmon do Pin e Almeida. Enquanto as forças pró-independência se organizavam pelo interior e na cidade de Salvador, a Corte Portuguesa enviou cerca de 750 soldados sob a liderança do general francês Pedro Labatut. As principais lutas se engendraram na região de Pirajá, onde independentes e metropolitanos abriram fogo uns contra os outros.
Devido à eficaz resistência organizada pelos defensores da independência e o apoio das tropas lideradas pelo militar britânico Thomas Cochrane, as tropas fiéis a Portugal acabaram sendo derrotadas em 2 de julho de 1823. O episódio, além de marcar as lutas de independência do Brasil, motivou a criação de um feriado onde se comemora a chamada Independência da Bahia.
Fontes:
ebiografia.com
seuhistory,com
google.com
brasilescola.uol.com.br
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