Jornalista Paulo Henrique Amorim, do site "Conversa afiada"morreu de infarto agudo do miocárdio, hoje no Rio de Janeiro.
O jornalista e apresentador Paulo Henrique Amorim morreu nesta madrugada aos 77 anos após sofrer um infarto fulminante. Ele havia acabado de retornar de um jantar com amigos e estava em casa, no Rio de Janeiro, quando passou mal. A informação foi confirmada pela Record. Em entrevista para o telejornal SP No Ar, o jornalista Michael Keller, que trabalhou com Amorim por quase 10 anos, lamentou a morte do colega: "Ele era muito do contraditório. Era contundente nas colocações dele, mas também ouvia quando a gente falava. Já tive discussões com ele. Nessa hora só procuramos exaltar o profissional e a pessoa que ele foi.
Mas tive discussões no 'Domingo Espetacular' em situações políticas e profissionais. O Paulo era desse jeito. Ele tinha um ponto de vista e dificilmente conseguia mudar o ponto de vista dele. A discussão era salutar. Era uma pessoa com quem que aprendi muito pelo contraditório". A apresentadora Ana Hickmann, que começou a carreira na televisão com Paulo Henrique Amorim no programa Tudo a Ver, disse que o jornalista acreditava em seu potencial. "Acabei de chegar na emissora e recebi essa notícia. Tenho que confessar que ainda estou extremamente chocada. O Paulo Henrique foi uma pessoa muito importante. Foi ele que me deu a chance de começar minha nova profissão na televisão.
Amorim deixa uma filha e a mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro. Paulo Henrique Amorim trabalhava na Record TV desde 2003, onde apresentou o Jornal da Record, ajudou a criar o Tudo a Ver e esteve à frente do Domingo Espetacular, até junho deste ano, quando foi afastado da revista eletrônica.
Em nota, a Record informou que ele havia deixado o programa e que permanecia na emissora à disposição para novos projetos. O jornalista estreou no jornal A Noite, em 1961, foi correspondente em Nova York da revista Realidade e foi da Veja. Na TV, passou também por Manchete e Globo, onde teve fases como correspondente internacional, Band e TV Cultura.
Em 1972, ganhou Prêmio Esso na categoria informação econômica pela reportagem "A renda dos brasileiros", pela revista Veja. Jornalista controverso Paulo Henrique Amorim era conhecido pelo temperamento forte, por vezes polêmico, e chegou a enfrentar processos na Justiça. Em 2016 ele foi condenado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios em 2013 por racismo contra o jornalista Heraldo Pereira, da Globo. Em um post em seu blog Conversa Afiada, publicado em 2010, Amorim chamou o colega de profissão de "negro de alma branca". Ele já havia sido condenado a pagar 30 salários mínimos por ofensas ao jornalista Merval Pereira. "Olá, tudo bem?" Paulo Henrique Amorim fico famoso pelo bordão: "olá, tudo bem?". O conhecido cumprimento surgiu após a participação do jornalista em uma edição especial da rede americana CNN. "A editora da CNN disse que gostaria que correspondentes estrangeiros saudassem o público americano na sua língua própria. Eu fiz uma vinhetinha falando 'Olá, tudo bem?', que é a maneira que nós brasileiros saudamos as pessoas", disse ele ao extinto Programa do Porchat. De volta ao hotel é que Paulo Henrique se deu conta de que havia encontrado um bordão: "Um americano que me viu na CNN me reconheceu e falou 'olá, tudo bem?' [imitando sotaque]. Aí eu [pensei]: 'Opa, é um bordão'. E como diz o Boni, televisão é bordão".
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publicado 10/07/2019
Último post do site "Conversa afiada do jornalista morto nessa quarta-feira. Em tempos de uma imprensa não plural e engajada com o conservadorismo e amplo apoio às elites, ele fará falta por sua voz discordante e atuante na defesa de um Brasil independente, com diminuição das desigualdades sociais e democrático.
Fontes:
tvefamosos.uol.com.br
google.com
conversaafiada.com.br
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