domingo, 28 de julho de 2019




Acorda Maria Bonita - cangaceiro Volta Seca


No dia 28 de julho de 1938 morria, no interior do Sergipe, Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita. Nascida no dia 8 de março de 1911, na atual cidade de Paulo Afonso, na Bahia, ela entrou para a história como a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros e também foi a mulher de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, conhecido como o "Rei do Cangaço". A relação durou oito anos, e o casal teve uma filha, Expedita Ferreira Nunes, que foi criada por um casal de amigos vaqueiros. Depois disso, Maria Bonita engravidou outras vezes, mas sofreu abortos ou os bebês morreram ainda pequenos. Maria Bonita morreu após ser degolada pela polícia. O mesmo aconteceu com Lampião e outros nove cangaceiros.



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Lampião começou a liderar um bando de cangaceiros em 1922 e, a partir daí, passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes. Por conta dos seus atos, era procurado pela polícia. Em 1930, conheceu Maria Déia, a Maria Bonita, que ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. Em 1932, nasceu a filha do casal, Expedita Ferreira.

Maria Bonita


Maria Bonita andava coberta com algumas das joias mais caras já vistas no sertão nordestino - todas roubadas pelo marido -, tocava bandolim enquanto Lampião cantava, ajudava a torturar algumas de suas vítimas, atuava como espiã para o bando e adorava comer o "passarinho ao vinho" que Lampião preparava. Ela se chamava Maria Gomes de Oliveira. Na intimidade, era a Maria de Déa (nome de sua mãe) ou Maria do capitão. O Bonita foi criado depois de sua morte.

Ela foi casada desde os 15 anos com um primo sapateiro. O casal vivia no sertão da Bahia e o sapateiro era conhecido por se entregar aos prazeres da noite. Mas ele fazia pior. "Maria podia passar incontáveis noites longe de casa (quando o marido a traía) - muitas vezes depois de enfrentar a fúria dele que, aborrecido com os protestos da esposa, tentava lhe calar com tapas e socos", escreve a autora. Maria, de seu lado, não era a mais fiel das esposas.


Maria Bonita tornou-se cangaceira porque quis. Era infeliz no casamento - com um sapateiro - e largou tudo para acompanhar Lampião, à época, já uma celebridade internacional, o bandido mais procurado do Brasil, com direito a reportagem no "The New York Times". A primeira mulher a entrar no cangaço não foi raptada e estuprada ainda criança, como acontecia com a maioria das mulheres do bando. Porém, como elas, foi obrigada a dar a única filha que teve.





Expedita nasceu em setembro de 1931, pelas mãos de uma parteira, sob a sombra de um umbuzeiro. Dias depois do nascimento, a menina foi entregue a um casal de vaqueiros, em Sergipe. A mulher havia dado à luz recentemente e é possível que a filha de Maria Bonita tenha sido apresentada à vizinhança como a irmã gêmea do outro bebê. Depois que entregou sua filha, Maria amarrou um pano em volta dos seios. Espremidos, eles deixavam vazar pouco leite. Há relatos de que, antes de ser doada, a bebê quase foi sangrada a facão pelo pai. Lampião se impacientaria com o choro dela e com o fato de ter que parar as caminhadas do bando para que a mulher cuidasse do bebê. 

Todas as cangaceiras eram obrigadas a entregar seus bebês ainda recém-nascidos. Geralmente, eles eram dados a fazendeiros, juízes ou padres.





Maria era morena clara, tinha cabelo e olhos castanhos, nariz afilado, lábios finos, 1,56 metro de altura (Lampião tinha 1,74) ?um par de coxas grossas (...) um certo achatamento da região glútea e os pés grandes e esparramados?, descreve a autora. Era dona de uma gargalhada alta e, para Dadá, a mulher de Corisco, e sua principal rival, ela era "abusada, ranzinza, orgulhosa, metida a besta, barulhenta e arrumadinha feito uma boneca".




O bando de Lampião foi dizimado numa emboscada feita pela polícia, em 28 de julho de 1938 (Corisco e Dadá não estavam nesse dia e se salvaram). Maria tinha 28 anos. Os onze homens haviam acabado de acordar. Os soldados viram Lampião puxar sua oração matinal e Maria fazer o café. Dispararam saraivadas de tiros. Maria estava com uma bacia na mão ao levar a primeira bala na barriga. Ela agonizava quando um soldado degolou Lampião. Depois, outro policial fez o mesmo com ela - que ainda estava viva. As cabeças dos onze cangaceiros foram depois expostas ao público, em Maceió. 

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Fontes:
seuhistory.com
noticias.bol.uol.com.br
google.com.br


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