Vamos falar hoje do grande escritor, Ernest Hemingway.
"Não há nada nobre em ser superior ao seu semelhante. A verdadeira nobreza é ser superior ao seu antigo eu."
Ernest Miller Hemingway (Oak Park,Illinois, 21 de julho de 1899 - Ketchum, Idaho, 2 de julho de 1961) foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras,Por quem os sinos dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o Prêmio Pulistzer de Ficção, e, em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura, pelo livro "The Old man and the sea" (O velho e o mar).
Ernest Hemingway é uma lenda. O escritor, nascido em 21 de julho de 1899, participou das duas guerras mundiais, sobreviveu a dois acidentes de avião, teve seus livros queimados pelos nazistas, deu nome a um corpo celeste que orbita o sol e, como se isso não fosse o suficiente, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.
É um desafio encontrar alguma parte do corpo que Hemingway não tenha fraturado. Em um voo de observação sobre o Congo Belga, atual República Democrática do Congo, em 1952, o avião em que o escritor estava caiu, e ele feriu a cabeça. Tentou pegar um segundo avião para buscar resgate na cidade de Entebbe, mas ele explodiu na decolagem. O saldo final, segundo sua esposa, foram rupturas nos rins e no fígado, o crânio quebrado, um ombro deslocado e duas vértebras fraturadas. As dores da recuperação agravam o alcoolismo do autor, que cometeria suicídio em 1961.
"O homem não é feito para a derrota. Um homem pode ser destruído mas não derrotado."
Foi um dos principais representantes do ciclo literário norte-americano iniciado nos anos XX em Paris, denominado por Gertrud Stein de a “geração perdida”.
Em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro casamento, com quem teve um filho.
Na ocasião, trabalhava para a revista canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes: Ezra Pound (1885 – 1972), Scott Fitzgerald (1896 – 1940) e Gertrude Stein (1874 – 1940). Sobre essa época, onde viviam uma vida boêmia e de festas, cercados pela intelectualidade progressista do pós Guerra, ele escreveu "A Moveable Feast" (Paris é uma festa) no qual o diretor Wood Allen se inspirou para fazer o filme "Meia-noite em Paris."
Famoso pelo estilo de vida aventureiro, sua biografia e obra têm como cenários as touradas na Espanha, caçadas submarina em Cuba e safáris na África. Hemingway é fascinado pelo perigo e pela vida selvagem.
Ernest Hemingway levou para a literatura o estilo sintético do jornalismo. Nota-se essa concisão principalmente em obras que refletem sua experiência pessoal. No livro "O Sol se Levanta" relata o cotidiano de um grupo de expatriados boêmios, ingleses e norte-americanos, em Paris e Pamplona, depois da Primeira Guerra Mundial. No romance "Por Quem os Sinos Dobram" relata a história passada na Guerra Civil Espanhola, de um americano que se ligara à causa da legalidade na Espanha.
A vida e a obra de Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma relação emotivva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, em meados do século XX, fascinou-se pela tauromaquia, chegando a tourear como amador, experiência que abordaria no seu livro "O sol também se levanta" (1926).
O seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem viria a ter dois filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. Em Key West, no entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente internacional.
Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline se tornou instável. Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e companheiro de farra.
Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes.
Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher a cada livro".
Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento. Ao cobrir a Guera Civil Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo o que viria a ser o tema do livro Por quem os sinos dobram (1940), considerada sua obra prima. Quando a república espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha.
Em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de oimformantes com a finalidade de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis simpatizantes do fascismo na ilha. Também passou a patrulhar o litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigações (CIA) via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um simpatizante do comunismo.
Em 1946, o escritor casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary Welsh, também jornalista mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável emocionalmente.
Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido vários relacionamentos românticos. Em 1952, publicou "O velho e o mar", com o qual ganhou o Nobel de Literatura de 1954 devido ao seu ""domínio da arte da narrativa, mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo.
"Falam do mar como de um adversário, de um lugar ou mesmo de um inimigo, entretanto, o velho pescador pensava sempre no mar no feminino e como se fosse uma coisa que concedesse ou negasse favores; mas se o mar praticasse selvagerias ou crueldades era só porque não podia evitá-lo. 'A lua afeta o mar tal qual afeta as mulheres', refletiu o velho."
Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Kenhum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum.
Fontes:
wikipedia.org
revistagalileu.globo.com
frasesfamosas.com.br
ebiografia.com
leitorcabuloso.com
google.com.br
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