No dia 28 de março de 1941 morria em Lewes, na Inglaterra, a escritora Virginia Woolf. Depressiva, ela cometeu suicídio afogando-se em um rio com um casaco cheio de pedras nos bolsos.
Com nove romances publicados e trinta livros de outros gêneros, a escritora britânica Virginia Woolf se destacou como um dos principais expoentes da literatura ao longo do século 20 e permanecesse sendo um nome importante nos dias atuais.
Woolf foi revolucionária: falava sobre a figura feminina e às restrições que eram feitas às mulheres durante o período vitoriano. É dela a frase: “uma mulher deve ter dinheiro e um teto todo seu, se ela quiser escrever ficção”.
Adeline Virginia Stephen – seu nome de batismo – nasceu em 25 de janeiro de 1882 no distrito de Kensington, em Londres, na Inglaterra, do casal composto pela filantrópica Julia Stephen e do escritor Leslie Stephen. Devido a profissão de seu pai, desde jovem, Virginia teve contato com o mundo literário e não frequentou a escola: foi educada em casa.
Em 1912, Virgina se casou com o historiador Leonard Woolf, de quem herdou o sobrenome com o qual ficaria conhecida. Durante o período entreguerras (1918-1939), o casal passava o tempo realizando impressão de livros à mão – a atividade era um passatempo para Virginia quando escrever se tornava um processo estressante. Em 1917, Leonard e Virginia decidiram impressoras manual e fundaram sua própria editora, a Hogarth Press, que funcionava na sala de estar de casa.
À frente do negócio, o casal Woolf publicou trabalhos pioneiros sobre psicanálise e obras estrangeiras traduzidas, especialmente da língua russa. Muitas obras do Grupo de Bloomsbury (círculo de intelectuais e artistas britânicos do qual Virginia e Leonard faziam parte) também foram impressas ali.
Em 1938, Virginia renunciou sua parte no negócio e Leonard encontrou um novo parceiro para o negócio, o poeta inglês John Lehmann.
Virginia fazia parte do círculo intelectual inglês denominado Grupo de Bloomsbury, que existiu entre 1905 até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Um dos casos amorosos do Grupo de Bloomsbury era o de Virginia e o da poetisa Vita Sackville-West. Mesmo as duas sendo casadas com homens, elas nutriram uma relação amorosa intensa. Vale ressaltar que Vita foi a inspiração de Virginia ao escrever a obra Orlando (1928). Os relatos dessa paixão estão datados em diversas cartas, documentadas no livro The 50 Greatest Love Letters of All Time.
Vita e Virginia
Há biógrafos que digam, ainda, que Virginia vivenciou episódios de abuso quando ela tinha 6 anos de idade pelos seus dois meios-irmãos homens, Gerald e George Duckworth. Acredita-se que tais situações tenham causado trauma na escritora e que seriam o motivo para seus episódios depressivos e eventual suicídio.
Em 1941, após o bombardeamento de sua casa em Londres durante a Segunda Guerra Mundial, Woolf enfrentou um período de queda de criatividade em sua escrita e uma época depressiva, tal qual vivenciou quando criança. Em 28 de março, ela encheu os bolsos do casaco com pedras e se afogou no Rio Ouse, próximo à sua casa.
Seu corpo só foi encontrado no dia 18 de abril. Nascida no dia 25 de janeiro de 1882, em Londres, a escritora fazia parte do Grupo de Bloomsbury, círculo de intelectuais que, após a Primeira Guerra Mundial, se posicionou contra as tradições da Era Vitoriana. Virginia também ficou conhecida pela sua participação no movimento modernista. Entre suas obras mais famosas estão "Mrs Dalloway" (1925), "Passeio ao Farol" (1927), "Orlando" (1928) e o livro-ensaio "Um Quarto Só Para Si" (1929). Sua última obra foi "Entre os atos", publicada em 1941, após sua morte.
Fontes:
seuhistory.com
google.com.br
revistagalileu.globo.com
wikipedia.org
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