Em 6 de março de 1928, nascia o escritor colombiano Gabriel Garcia Marques.
Gabriel José García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, em Aracataca, Colômbia. Foi um escritor, jornalista, editor e político. Conhecido como Gabo, ele foi considerado um dos autores mais importantes do século XX. Admirado por todo o mundo, o autor teve diversas obras traduzidas e vendeu mais de 40 milhões de livros, em 36 idiomas.
Recebeu diversos prêmios, entre eles está o Prêmio Internacional Neustadt de Literatura, de 1972. E o Nobel de Literatura de 1982, por conta do sucesso de suas novelas e histórias.
Os seus avós tiveram grande influência nas suas histórias, principalmente seu avô que era um veterano da Guerra dos Mil Dias. O menino passou a sua infância ouvindo as histórias do avô, que o encantavam. Também passou a adolescência ouvindo contos das “Mil e Uma Noites”, e lendo livros marcantes como “A Metamorfose”, de Franz Kafta. Segundo ele, decidiu se tornar escritor após a leitura do livro de Kafka. Ele descobriu que o autor narrava as histórias da mesma maneira que sua avó.
Trabalhou como jornalista para o jornal “El Universal”. E em 1949, mudou-se para Barranquilla para trabalhar como repórter para “El Heraldo”. Nessa mesma época, o autor participou de um grupo de escritores com o objetivo de estimular a literatura.
Já em 1954, Gabo começou a trabalhar para “El Espectador”, como repórter e crítico. E em 1958, mudou-se para Europa para trabalhar como correspondente. Retornou mais tarde a Barranquilla e casou-se com Mercedes Barcha, com quem ele teve dois filhos.
Mais tarde, em 1961, mudou-se para Nova Iorque. Lá ele trabalhou como correspondente internacional. Depois mudou-se para o México.
Sua obra mais importante, "Cem anos de solidão" foi publicada em Buenos Aires, Argentina em 1967.
Considerado um dos melhores livros de literatura latina já escritos, sua história passa-se numa aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán.
A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.
A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 e 122 anos). Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior. Os Aurelianos terão ao longo do livro a missão de desvendar os misteriosos pergaminhos de Melquíades, o Cigano, que foi amigo de José Arcadio Buendía. Estes pergaminhos têm encerrada em si a história dramática da família e apenas serão decifradas quando o último da estirpe estiver às portas da morte.
O autor conta com essa obra, baseada em histórias que ouviu de sua família durante a infância, entremeada com as histórias da América Latina.
Construir a história latino-americana tão repleta de guerras e solidão a partir da árvore genealógica de uma família, que na realidade é a sua. Fazer isso articulando gerações e gerações sem perder o fio da meada não é tarefa para qualquer um. Transportar o leitor para o mundo de solidão dos personagens tão apegados a guerras inúteis, à solidão e magia inerente a sociedades lentas e subdesenvolvidas, léguas distante da modernidade, sem citar explicitamente aonde quer chegar, mas levando leitores mais experientes a intuírem a mensagem do escritor não é tarefa para um autor comum.
Enfim, elaborar tudo isso num ambiente narrativo repleto de imaginação, recorrendo à fantasia para revelar a realidade, é o que fez desse escritor um mestre num estilo que conhecemos como realismo mágico. É o que conhecemos como arte. Arte por meio da escrita é o que construiu o colombiano Gabriel García Márquez na obra definitiva, que certamente muito contribuiu para que a ele fosse merecidamente concedido o Prêmio Nobel de Literatura, de 1982.
Fontes:
seuhistory.com
infoescola.com
revistabula.com/671-cem-anos-de-solidao
wikipedia.org
google.com.br
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