A Legião Estrangeira do exército francês foi e continua sendo uma unidade de elite do Exército da França. Foi criada em 10 de março de 1831 como uma unidade para voluntários estrangeiros porque era proibido recrutá-los no Exército Francês depois da Revolução de 1830.
Essa lendária corporação é uma unidade de soldados de diversas nacionalidades que lutam por dinheiro. A Legião foi fundada em março de 1831 pelo então rei da França, Luís Filipe, para ajudar no controle das colônias francesas na África. Ao longo de sua história, a Legião Estrangeira participou das maiores batalhas militares do mundo, incluindo a Primeira e a Segunda Guerras e, mais recentemente, a Guerra do Golfo.
Desde que foi criada, a corporação mantém o costume de permitir que os soldados se alistem com um nome falso – é a chamada “identidade declarada”. Muita gente pensa que por causa disso a Legião aceita um monte de brandidões sanguinários, fugidos de seus países por causa de problemas com a lei. Isso já rolou no passado, mas hoje não é bem assim: o processo de admissão ficou mais rigoroso, submetendo todos os candidatos a checagens de sua vida. Ficou interessado? É bom pensar duas, três, mil vezes antes de embarcar nessa. Quem quiser se juntar à Legião Estrangeira precisa viajar à França por conta própria e se submeter a uma bateria de exames físicos e psicológicos. Se for aprovado, o soldado assina um contrato de cinco anos e começa com um salário em torno de 1 000 euros.
Após o Congresso de Viena (1815), a Europa como um todo conheceu um período de turbulências e agitações. Na França, após a Revolução Liberal de 1830, o rei Carlos X da França foi deposto e as tropas estrangeiras que estavam sob o seu controle passaram a servir a Luís Filipe I de França que as transformou na Legião Estrangeira Francesa, a conselho do marechal Soult, ministro da Guerra, por Decreto de 10 de março de 1831:
"Louis Philippe, Roi des Français. Ordennance du 10 Mars 1831. A tours, présents et à venir, salut. Sur le rapport de nobre Ministre, Secrétaire d’Etat au Département de la Guerre, Nous avons ordonné et ordonnons ce qui suit: Il sera formé une légion compossé d’etrangers. Cette Légion prenda la dénomination de Légion Etrangère."
Argélia: o batismo de fogo (1832)
O batismo de fogo da Legião deu-se em 27 de abril de 1832, durante operações do 3º Batalhão na Argélia, integrado por suíços e alemães. Em novembro do mesmo ano a Legião enfrentaria um novo oponente, Adl El-Kader, que combatia pela liberdade da Argélia, na batalha de Sidi-Chabal.
Em 1954, as tropas da Legião foram enviadas para colaborar na defesa de Dien Bien Phu, no nordeste do Vietnã, contra os comunistas que lutavam pela independência. Dos cerca de 17.000 homens da guarnição, 10.000 eram Legionários. Cercados pelos vietnamitas, suportaram oito semanas de bombardeio de artilharia antes do ataque final. Nas últimas horas de batalha, quatrocentos legionários foram forçados a lutar à baioneta, tendo apenas setenta sobrevivido.
Batalha de Dien Bien (Vietnã)
A resistência na Argélia (1961)
Em 1961, após uma prolongada luta contra os nacionalistas argelinos, o 1º Regimento de Paraquedistas Estrangeiro rebelou-se contra a decisão do governo francês de se retirar do Norte de África, onde a Legião tivera o seu Quartel-General durante mais de um século.
Apesar de ser ligada ao Exército francês, a Legião Estrangeira aceita o alistamento de gente de qualquer país do mundo – e ainda existe hoje em dia, sim! Atualmente, ela tem cerca de 7 800 soldados divididos em 10 regimentos na França – onde fica a sede da Legião -, na Guiana Francesa, em Maiote (uma ilha do oceano Índico) e em Djibuti, na costa nordeste da África.
Fontes:
seuhistory.com
wikipedia.org
super.abril.com.br
google.com.br
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