quarta-feira, 31 de julho de 2019



Reinhard Heydrich foi o segundo no comando das SS, figura emblemática do nazismo e lenda negra da Segunda Guerra Mundial por direito próprio.


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Reinhard Tristan Eugen Heydrich nasceu em 7 de março de 1904, em Halle Saale, Alemanha. De grande inteligência, cultivou desde a infância um terrível antissemitismo, o que o levou a alistar-se em 1917 na Deutschvölkischer Schutz-und Trutzbund, uma organização editorial antissemita, além de ter se unido às Freikorps. 

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Heydrich ingressou na Marinha da República de Weimar em 1922. Lá, conheceu Lina von Osten, com quem se comprometeu e, anos mais tarde, se casou, apesar de manter relações com outras mulheres. Uma dessas mulheres tinha conexões com os altos comandos da Marinha, o que custou sua expulsão em razão de seu casamento em 1931. Então, caiu em si como um jovem de 26 anos sem prospectos de qualquer carreira futura. 


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                         Ao lado de Himmler, chefe da SS


Durante esse período, Heinrich Himmler começou a formar uma divisão de contra-inteligência das SS e, por recomendação de Kart von Eberstein, amigo de Lina von Osten, convidou Heydrich para uma entrevista. Diz-se que Himmler se impressionou tanto pela personalidade de Heydrich que o contratou no ato. Himmler, então, introduziu Heydrich ao Partido Nazista, que em pouco tempo se tornou um de seus homens mais poderosos e temidos. 

Assim começou a sua carreira na SS, onde passou a levar terror a todos os lugares que visitava. Rapidamente se tornou a mão direita de Himmler e ganhou o respeito (ou o temor) dos líderes nazistas, entre eles o próprio Hitler, que o considerava um homem altamente dotado porém extremamente perigoso e, por isso mesmo, muito útil para suas ambições. 


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Muitos historiadores atribuem a ele a autoria da famosa "Operação Krüger", que desestabilizou o Reino Unido por meio da injeção de 140 milhões de libras esterlinas falsas em seu sistema econômico. Ele também esteve envolvido no complô contra os comandantes russos que resultou no chamado "Grande Expurgo" por parte de Stalin contra os generais de seu exército. 

Foi "Protetor da Bohemia e Moravia"; no entanto sua fama maior se deve a ter enviado centenas de milhares de pessoas para os campos de concentração, além dos massacres realizados por sua iniciativa, e por defender a Conferência de Wannsee, em favor do que logo seria chamado de "A Solução Final".

Chamado de "A Besta Loura", ou "O Nazista Perfeito", morreu em consequência de um atentado levado a cabo em 1942 na cidade de Praga. Esse atentado, chamado de "Operação Antropóide", foi idealizado pelo próprio Winston Churchill e seus generais. Após a morte de Heydrich, a fúria de Hitler foi tanta que ordenou o chamado "Massacre de Lídice" (mais de 1.300 mortos) como represália.


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Emboscada contra Heydrich


Em 10 de Junho de 1942, tropas da SS trancaram numa igreja todos os habitantes homens da pequena cidade de Lidice, perto de Praga, na Tchecoslováquia, foram todos executados a tiros. As mulheres e crianças foram enviadas ao campo de concentração de Ravensbruck, onde a maioria morreu de tifo e inanição. A ação foi uma represália pelo assassinato de Reinhard Heydrich, segundo homem mais importante da SS, que tinha o posto de Protetor (Reichsprotektor) da Tchecoslováquia ocupada. Heydrich só estava abaixo de Himmler, que o temia.

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Massacre de Lidice

Fontes:
seuhistory.com
wikipedia.org
google.com

terça-feira, 30 de julho de 2019

Hoje faz 33 anos da morte de Luís Câmara Cascudo, considerado um dos maiores estudiosos do folclore nacional.







Foto de Luís da Câmara Cascudo
Câmara Cascudo (13/12/1898-30/07/1986)



Publicou crônicas diárias no jornal “A República” e também foi colaborador de diversos órgãos da imprensa pernambucana. Mas não se restringiu somente ao estado e teve artigos publicados em várias capitais brasileiras.

Muito conservador, a militância na imprensa serviu, principalmente, para que ele atuasse como um divulgador da ideologia integralista, que foi uma adaptação nacional do fascismo.

Seu primeiro livro “Alma Patrícia”, foi editado em 1921. A obra é constituída por pequenos estudos sobre escritores de prosa e poesia que residiam em Natal à época. “Joio” e “Histórias que o tempo leva” foram seus próximos trabalhos na literatura.

A maior fama, porém, veio pelas suas contribuições sobre o folclore brasileiro. “Vaqueiros e Cantadores” foi publicado em 1939 e marca a estreia de Câmara Cascudo neste campo.

Lendas Brasileiras, de Luís da Câmara Cascudo, reúne 21 tradições populares das cinco grandes regiões geográficas do país. Algumas dessas histórias, sem perder a identificação regional, são hoje conhecidas em plano nacional, graças à difusão da literatura, do rádio, de histórias em quadrinhos, de enredos de escolas de samba, de curtas-metragens. Assim, as lendas da Iara, do Neguinho do Pastoreio, da morte de Zumbi dos Palmares, do aparecimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida.


Ilustração de Martha Pawlowna Schidrowitz


No entanto, algumas das lendas incorporadas ao livro serviram de temas a obras famosas da literatura brasileira, sem se popularizarem. Caso da Cobra-Norato, que inspirou o poema famoso de Raul Bopp, tão original em sua expressão e origem, ao contrário de outras que, sem perder a identificação com a terra, são variantes de tradições multisseculares, presentes em todos os povos. 




Cobra Norato  (Norte)

"No paranã do Cachoeirí, entre o Amazona e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, Maria Caninana.

A mãe sentiu-se grávida quando se banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras.

A tapuia batizou-os com os nomes cristãos de Honorato e Maria. E sacudi-os nas águas do paranã porque não podiam viver em terra.

Criaram-se livremente, revirando ao sol os dorsos negros, mergulhando nas marolas e bufando de alegria selvagem. O povo chamava-os: Cobra Norato e Maria Caninana."




É o caso da missa dos mortos, da cidade encantada, residência de uma linda rainha, que para ser desencantada exige um sacrifício de sangue, e das cidades desaparecidas nas águas do mar ou de rios, em geral por castigo divino, em cujo local se ouvem rumores estranhos, lembrando as bíblicas Sodoma e Gomorra.

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Saci Pererê

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                                                                           Boitata
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Lobisomem


Morte de Zumbi (Nordeste)

"Na Serra da Barriga, em sua encosta oriental, viveram, sessenta e sete anos, os negros livres dos Palmares.

Tinham fugido de várias fazendas, engenhos, cidades e vilas, reunindo-se, agrupando-se derredor de chefes, fundando uma administração, um estado autônomo, defendido pelos guerreiros que eram, nas horas de paz, plantadores de roça e criadores de gado.

Elegiam vitaliciamente, um Zumbi, o Senhor da força militar e da lei tradicional.

Não havia ricos, nem pobres, nem furtos, nem injustiças. Três cercas de madeira rodeavam, numa tríplice paliçada, o casario de milhares e milhares de homens.

Ao princípio, para viver, desciam os negros armados assaltando, depredando, carregando o butiu para as atalaias de sua fortaleza de pedra inacessível."

Uma boa parte das lendas reunidas no livro foi ouvida, e registrada, por Luís da Câmara Cascudo diretamente da boca do povo. Para as demais, utilizou fontes escritas, colhidas em obras de escritores ilustres, como o mineiro Afonso Arinos e o gaúcho Simões Lopes Neto, mas também em revistas de difícil acesso, livros raros. Esses textos encontram-se reproduzidos fielmente, com anotações de mestre Cascudo, esclarecendo o significado de termos regionais, fixando a difusão da história. As Lendas Brasileiras, de Luís da Câmara Cascudo, oferecem ao leitor um delicioso passeio pela alma brasileira.

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Fontes:
escolaeducacao.uol.com.br
google.com
youtube.com
wikipedia.org
amazon.com.br
memoriaviva.com.br

Se eu falar o  nome Julio Diniz é possível que pouca gente conheça, mas se eu falar "As pupilas do senhor reitor", certamente muita gente vai conhecer a obra, senão no original, no âmbito da literatura, mas certamente na telenovela exibida na televisão brasileira.

Júlio Diniz





Júlio Diniz (1839-1871) foi um escritor e médico português, um dos mais importantes ficcionistas românticos de Portugal. Sua obra representou uma verdadeira análise da sociedade burguesa da segunda metade do século XIX.

Júlio Diniz, pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu em Porto, Portugal, no dia 14 de novembro de 1839. Neto de ingleses foi educado sob os moldes da burguesia britânica, da qual assimilou os costumes e valores.



Com 19 anos, publicou seu primeiro romance, “Justiça de Sua Majestade”. Em 1861, formou-se em medicina e passou a clinicar. Pouco tempo depois, passou a lecionar na mesma faculdade. Com o pseudônimo, colaborou para o jornal A Grinalda e para o Jornal do Porto, onde publicava contos e poesias.

Vitimado pela tuberculose, Júlio Diniz foi obrigado a deixar o Porto. Fez constantes viagens para o campo, e encontrou na vida campestre os motivos para seus romances, com exceção de “Uma Família Inglesa”, onde analisa os costumes da burguesia do Porto.

Em 1867, Júlio Diniz publicou o romance “As Pupilas do Senhor Reitor”. O enredo campesino desenvolve-se em função dos desencontros amorosos de Daniel, um dos filhos do lavrador João das Dornas. Voltando ao campo depois de concluídos os estudos, Daniel sente-se meio deslocado o ambiente rústico da aldeia. Acaba ligando-se afetivamente a Clara, noiva de seu irmão Pedro, sem perceber que, na verdade, era amado pela irmã dela, Margarida. Depois de vários acontecimentos, os pares se definem: Daniel, finalmente integrado à vida no campo, casa-se com Margarida e Pedro une-se a Clara.

A primeira exibição da telenovela aconteceu entre março de 1970 a março de 1971 pela TV Record, escrita por Lauro Cezar Muniz e dirigida por Nilton Travesso e Dionísio de Azevedo. No elenco atores como Laura Cardozo, Fulvio Stefanini, Márcia Maria, Sérgio Mamberti, e também Lolita Rodrigues, Hebe Camargo e Agnaldo Rayol.


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A segunda versão da telenovela aconteceu no SBT entre dezembro de 1994 até julho de 1995. Direção de Nilton Travesso, contou com atores como; Juca de Oliveira, Joana Fomm, Débora Bloch, Luciana Braga, Eduardo Moscovis, Jofre Soares, dentre outros.

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O amor é o grande tema dos romances de Júlio Diniz, contudo não é concebido de forma fatal, como era para o ultrarromântico. Os enredos, girando em torno de problemas amorosos e familiares, são simples e no final os mal-entendidos se esclarecem e tudo se resolve.

Destaca-se também, nos romances de Júlio Diniz, a preocupação com a caracterização do contexto socioeconômico onde se desenrola o enredo. Além de traços de realismo e objetividade com uma linguagem simples sem o tom declamatório tão comum entre os escritores românticos.


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Júlio Diniz faleceu no Porto, Portugal, no dia 12 de setembro de 1871, com apenas 32 anos.


Fontes:
ebiografia.com
wikipedia.org
google.com

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...