Vamos falar hoje da Literatura de Cordel.
Em relação à linguagem e o conteúdo, a literatura de cordel tem como principais características:
Linguagem coloquial (informal)
Uso de humor, ironia e sarcasmo
Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, profanos, políticos, episódios históricos, realidade social, etc.
Presença de rimas, métrica e oralidade
Literatura de cordel é um tipo de poema popular, oral e impressa em folhetos, geralmente expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome.
O nome de cordel é original de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. Essa tradição se espalhou para o Nordeste do Brasil, onde o nome acabou sendo herdado, porém a tradição do barbante não se manteve.
A literatura de cordel é escrita em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, além de fazerem as leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
A literatura de cordel começou com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e na época do Renascimento. Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil, e na segunda metade do século XIX os folhetos já possuíam características próprias brasileiras. Os temas incluíam fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, e etc.
Originalmente os produtos raramente iam além de dois grandes fólios dobrados em quatro, sendo que muitas vezes o papel era de má qualidade. Escritas em prosa ou em verso, as obras tanto podiam ser autos e farsas, historietas para ser contadas e cantadas, mas também contos de fundo fantástico, histórico ou moralizante, originais ou estrangeiros, de autores anônimos ou de grandes nomes literários.
Mestre Chico Pedrosa
Em voga desde o século XVI ao século XVIII, foi através deste meio cultural acessível às massas populares que se divulgaram temas comuns a várias literaturas como a "História de Carlos Magno e os Doze Pares de França", por exemplo.
No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, em especial nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará, geralmente é vendida em mercados e feiras pelos próprios autores, mas hoje também está presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. A Academia Brasileira de Literatura de Cordel foi fundada em Setembro de 1988 no Rio de Janeiro.
Linguagem coloquial (informal)
Uso de humor, ironia e sarcasmo
Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, profanos, políticos, episódios históricos, realidade social, etc.
Presença de rimas, métrica e oralidade
Literatura de Cordel
Alguns dos muitos cordelistas famosos no Brasil foram Apolônio Alves dos Santos, Firmino Teixeira do Amaral, João Ferreira de Lima, João Martins de Athayde, Leandro Gomes de Barros e Manoel Monteiro.
José Martins de Athayde - Manoel Monteiro
Fontes:
significados.com.br
todamateria.com.br
google.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário