No dia 22 de abril de 1500 a frota comandada por Pedro Álvares Cabral chegou ao território batizado de Vera Cruz pelos portugueses e onde hoje se encontra o Brasil. Por um longo tempo foi usado o termo "descoberta do Brasil" em uma visão eurocêntrica. Contudo, essas terras antes já eram habitadas por vários povos indígenas. Estima-se que cinco milhões de indígenas se espalhavam pelo litoral brasileiro em 1500.
No dia da chegada de Cabral, os portugueses ancoraram em frente a um monte, batizado de Pascoal, no litoral sul de onde hoje está a Bahia. Antes de seguir viagem para a Índia, os navegantes permaneceriam no Brasil até o dia 2 de maio para tomar posse da terra "em nome de d. Manuel I e de Jesus Cristo". Do dia da chegada dos portugueses, apenas três depoimentos ainda estão disponíveis atualmente.
O mais detalhado deles é a "Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada.
"Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram logo todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor, onde falaram entre si.
E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens.
Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram.
Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Somente deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza, e com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar."
No dia seguinte à chegada dos portugueses, ocorreu o primeiro encontro entre os navegadores e os indígenas. No dia 26, o primeiro domingo depois da Páscoa, o frade franciscano Henrique Soares de Coimbra rezou uma missa em terra firme.
No dia 1º. de maio, uma outra missa foi rezada e também realizada a posse oficial da terra. Foi erguida uma grande cruz de madeira, com as armas reais de D. Manuel. Na manhã seguinte, no dia da partida da esquadra, os portugueses deixaram dois desterrados, que trocaram a pena de morte pelo exílio em terras desconhecidas. Além deles, ficaram no Brasil outros dois portugueses, que desertaram.
Fontes:
seuhistory.com
google.com.br
biblio.com.br
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