sábado, 6 de abril de 2019

Hoje vamos falar do Visconde de Taunay.


Visconde de Taunay (1843-1899) foi um escritor, militar e político do império brasileiro. Monarquista e grande admirador de D. Pedro II, com ele manteve uma longa correspondência quando o ex-imperador foi exilado do país.


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Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay nasceu em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, no dia 22 de fevereiro de 1843. De família aristocrata, era filho de Felix Émile Taunay, um dos preceptores do Imperador e seu fiel amigo durante quarenta anos, e de Gabriela Hermínia d'Escragnolle Taunay, filha do conde d'Escragnolle. Seu avô, o pintor Nicolas Antoine Taunay, veio para o Brasil com a Missão Francesa, em 1816.

Visconde de Taunay estudou no Colégio Pedro II, onde em 1858 concluiu o curso de Humanidades. Em 1861 ingressou no Exército Imperial, no 4º batalhão de Artilharia. Em 1863 formou-se em Ciências Físicas e Matemática na Escola Militar. Em 1864 casou-se com Cristina Teixeira Leite, filha do Barão de Vassouras. Ingressou no curso de Engenharia Militar. Com a eclosão da Guerra do Paraguai (1864-1870), em 1865, Taunay foi incorporado à Comissão de Engenheiros, anexa ao Corpo Expedicionário que seguiu para a província de Mato Grosso, que havia sido invadida pelas tropas de Solano López.

Durante três anos, Taunay permaneceu na região do Planalto Central, tendo tomado parte ativa na “Retirada da Laguna”. Em 1868 retornou ao Rio de Janeiro e em 1869 foi convidado pelo Conde d’Eu, comandante das forças brasileiras em operação no Paraguai, para redigir o “Diário do Exército”, que em 1870 foi reproduzido em livro do mesmo nome. Terminada a guerra, o Visconde de Taunay foi promovido a Capitão e retorna ao curso de Engenharia Militar.

Taunay, então tenente do exército, integrou uma coluna que invadiu o Paraguai pelo norte, como parte do plano para tomar o país. O primeiro objetivo era ocupar a fazenda Laguna, propriedade de Solano López. Todavia, os brasileiros vão sem cavalos, víveres e munição suficientes. Incapazes de sustentar a posição, são obrigados a fazer a retirada. Essa é a história que o livro conta.


Em 1871, Visconde de Taunay publica "A Retirada da Laguna", onde em uma narrativa forte, e dramática, evidencia os problemas militares, o sofrimento dos combatentes e o nacionalismo durante os anos na guerra. Terminado o curso de Engenharia, passa a lecionar História, Línguas, Mineralogia, Biologia e Botânica no Colégio Militar.


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Em 1872, o Visconde de Taunay ingressou na vida política. Foi deputado por Goiás. Neste mesmo ano publica "Inocência", que é considerado o melhor romance sertanejo do Romantismo, onde retrata a vida rústica do sertanejo: a paisagem, os hábitos, os costumes, a naturalidade dos diálogos, os tipos humanos com pouca dose de idealização e fantasia.

Em 1876, foi nomeado presidente da província de Santa Catarina. Entre 1881 a 1884 foi deputado por Santa Catarina. Foi presidente da província do Paraná de 1885 a 1886. Presidiu a Sociedade Central de Imigração que promoveu a chegada dos primeiros imigrantes alemães e italianos para o sul do Brasil. Em seguida, foi senador por Santa Catarina na vaga do Barão de Laguna. Foi um dos mais dedicados partidários da abolição da escravatura.


Outro livro importante do autor foi Inocência.


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Inocência estava doente de "uma febre braba" e o "doutor" curou-a . Os dois apaixonaram-se mais tarde: eram demasiados os cuidados que o "doutor" tinha para com ela. Amavam-se às escondidas e o laranjal era local de encontros proibidos. Pensavam que ninguém poderiam desconfiar... mas Tico, o anãozinho mudo, estava atento... Nesse ínterim, Pereira andava é desconfiado do Dr. Meyer, um caçador de borboletas, que por lá aparecera!


Visconde de Taunay dedicou-se também à música e à pintura. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Música. Foi oficial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem de São Bento, da Ordem de Aviz e da Ordem de Cristo. No dia 6 de setembro de 1889, recebeu de D. Pedro II o título de Visconde, com grandeza. Neste mesmo ano, com a queda da Monarquia, afasta-se do Senado, mas permanece fiel ao ex-imperador e durante seu exílio manteve farta correspondência, que posteriormente foi reunida e publicada por seu filho Affonso de E. Taunay, no livro “Visconde de Taunay: Pedro II”.

Visconde de Taunay faleceu no Rio de Janeiro, no dia 25 de janeiro de 1899.


Fontes:
ebiografia.com
rascunho.com.br
mundovestibular.com.br

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