Voltando aos estudos de Filosofia, hoje vamos falar de Sócrates.
Sócrates, grande filósofo grego (470 a.C - 339 a.C.)
Filho de um escultor e pedreiro e de uma parteira, da sua infância nada se sabe. Em sua juventude, tomou parte de três campanhas militares. Apesar de ter ocupado cargos políticos, chegando a receber convite para o Senado dos quinhentos, suas ideias não foram aceitas pela aristocracia grega. Dedicou-se ao estudo da filosofia.
Homem feito, Sócrates chamava atenção não só pela sua inteligência, mas também pela estranheza de sua figura e seus hábitos. Corpulento, baixo, nariz chato, olhos saltados, vestes rotas, pés descalços, vagava pelas ruas de Atenas e costumava passar horas, mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los na busca da verdade.
Antes de Sócrates surgir no panorama intelectual da Grécia, os filósofos estavam voltados para a explicação natural do universo, fase que ficou conhecida como “pré-socrática”. No final do século V a. C. iniciou-se a segunda fase da filosofia grega, conhecida como "socrática" ou antropológica, onde a preocupação de maior vulto se relacionava com o indivíduo e a organização da humanidade. Passaram a perguntar: O que é a verdade? O que é o bem? O que é a justiça?
Para Sócrates sua maior ambição era ser não somente um mestre, mas um benfeitor da humanidade. Desejava ver a justiça social estabelecida em todo o mundo. Tratava dos negócios alheios e esquecia os seus. Sua mulher, Xantipa, dizia que ele era um deus para os jovens atenienses. Sócrates tinha um meio característico de expressar suas ideias. A fim de transmitir o saber, jamais respondia a perguntas, pelo contrário, fazia perguntas.
Segundo alguns autores, o aforismo “Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e serás sábio” é de autoria de Sócrates, mas segundo Platão, quando S
ócrates ouviu que era o homem mais sábio que existia, respondeu: “Só sei que nada sei”. Sócrates afirmava com insistência que nada sabia. “Sou o homem mais sábio de Atenas, porque só eu sei que nada sei”, dizia ele. Por isso tentava aprender de todos.
Sócrates criou um método de investigação do conhecimento através da maiêutica - técnica de trazer a luz, no qual, por meio de sucessivas questões se chegava à verdade. Esse caminho usado por Sócrates era um verdadeiro “parto”, onde ele induzia os seus discípulos a praticarem mentalmente a busca da verdade última.
Política e moral eram temas frequentes em Atenas. Sócrates achava que a Polis grega deveria ser governada por aqueles que detinham o conhecimento, uma espécie de “aristocracia dos sábios”. O filósofo não era a favor da democracia grega como era praticada em Atenas. Teceu severas críticas às crenças religiosas e aos costumes da cultura grega.
Nem por isso Sócrates era contra a ideia de democracia (governo do povo em grego); o que ele queria era um aperfeiçoamento da prática democrática, através do conhecimento de política. Até hoje nos ressentimos de eleições de maus candidatos; isso se dá porque democracia é exercida como prática constante de aprendizado. Isso era o que Sócrates defendia.
Poderosos e a elite usam a democracia como perpetuação de seus poderes e de seus privilégios, nem por isso um regime autocrático é preferível.
Sócrates não deixou nada escrito, apenas conhecemos seus ensinamentos através de seus discípulos, especialmente por Platão, que transcreveu os pensamentos do mestre em seus célebres diálogos, mesclando-lhes às suas concepções pessoais.
No diálogo Mênon, Platão mostra um exemplo clássico da aplicação da maiêutica, quando Sócrates leva um escravo ignorante a descobrir e formular vários teoremas de geometria.
Sócrates, diante do oponente que diz saber tudo sobre um assunto, começa a fazer-lhes perguntas, desmontando a suas teses, para mais tarde com perguntas tentar reconstruir o pensamento do indivíduo. Através de perguntas formuladas e das respostas obtidas ele e seu oponente aprendiam.
Costuma-se dizer que o mais difícil que as respostas são as perguntas.
Os políticos de Atenas não gostavam de seu método de fazê-los parar na rua para dirigir-lhes perguntas embaraçantes. E então se reuniram e resolveram se livrar de Sócrates. Certo dia, quando chegava ao mercado para seu cotidiano debate filosófico, encontrou o seguinte aviso, colocado na tribuna pública: “Sócrates é criminoso. É ateu e corruptor da mocidade. Diziam que desviava a juventude dos costumes dos deuses e da família.
A pena de seu crime é a morte”. Sócrates foi preso e julgado por um júri que reunia todos aqueles políticos cuja hipocrisia denunciara nas praças públicas. Os juízes o consideraram culpado. Quando lhe perguntaram qual deveria ser a sua punição, ele sorriu sarcasticamente e disse: “pelo que fiz por vós e pela vossa cidade, mereço ser sustentado até o fim de minha vida a expensas públicas”.
Sócrates foi obrigado a acabar a vida como um criminoso. Durante trinta dias ficou em uma cela funerária e depois lhe deram para beber uma taça de veneno. Quando sentiu que seus membros esfriavam, despediu-se dos amigos e parentes com as palavras: “E agora chegamos à encruzilhada dos caminhos. Vós, meus amigos, ides para vossas vidas, eu para a minha morte. Qual seja o melhor desses caminhos, só Deus sabe”.
Sócrates morreu em Atenas, Grécia, no ano de 399 a. C.
Fontes:
blog.maxieduca.com/filosofia
todamateria.com.br
ebiografia.com
google.com.br
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