Em um dia como este, no ano de 1845, era publicado o famoso poema O Corvo (The Raven), do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. A obra apareceu pela primeira vez nas páginas do jornal New York Evening Mirror. O poema traz a figura do misterioso corvo que pousa no busto de Atena e representa o caráter implacável da morte e seu impacto sobre o personagem, que lamenta e sofre profundamente a perda de sua amada Leonora. O que torna o poema diferenciado, principalmente, é a sua musicalidade, a atmosfera sobrenatural e seus jogos fonéticos, além do talento de Poe, um dos maiores nomes do romantismo e da literatura norte-americana.
A tradução do poema para o português não foi nada fácil diante do desafio de preservar a conhecida musicalidade do original em inglês. As versões mais conhecidas para o idioma são as de Machado de Assis e Fernando Pessoa. Existe também uma tradução mais moderna de Milton Amado.
Tornei-me louco depois de longos e terríveis intervalos de sanidade
Neste poema, que apresenta uma temática típica do romantismo, a figura do misterioso corvo que pousa sobre o busto de Pallas (ou Atena, na maioria das traduções feitas para o português como a de Fernando Pessoa) representa a inexorabilidade da morte e seu impacto sobre o personagem, o qual, no seu papel de arquétipo correspondente às tendências da geração literária de Poe, lamenta e sofre profundamente com a perda de sua amada Leonora (Lenore, no original). No final do poema, o corvo, o qual representa, como dito acima, a inexorabilidade da morte, repousa sobre o busto de Pallas simbolizando o pesar eterno que se abateu sobre a alma do protagonista.
Sua ambientação melancólica, associada ao perfeito equilíbrio entre rima, sonoridade e dramaticidade causam uma forte impressão no leitor. De certa forma, ao ler O Corvo temos a impressão que estamos lendo um conto de terror angustiante. Entretanto, trata-se de um belíssimo poema escrito de forma impecável em todos os aspectos literários. Por isso mesmo, O Corvo é uma obra-prima inigualável.
Para ser feliz, até certo ponto, devemos ter sofrido na mesma proporção.
Todas as obras de arte devem começar pelo final.
Edgar Allan Poe.
O Corvo - tradução Machado de Assis
Fontes:
seuhistory.com
wikipedia.org
youtube.com
google.com.br
netmundi.org/home/2017
darksidebooks.com.br
pt.wikisource.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário