quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Voltando aos grandes nomes da Filosofia hoje vamos falar de Maquiavel.

Nicolau Maquiavel



Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, mais conhecido no Brasil como Nicolau Maquiavel, foi um filósofo que viveu e produziu entre os séculos XV e XVI, na região de Florença. Dedicou-se a explicação e compreensão do estado, politica e homens de estado como estes são na realidade, em oposição àqueles autores que formularam teorias acerca de como deveria ser o estado ou o governante ideal. Para além de descrever o estado de sua época, Maquiavel também apresentou estratégias e métodos sobre como os homens de estado deveriam comportar-se para tirar maior proveito da realidade, mantendo e expandindo o poder.

Maquiavel é visto como um proponente do que viria a ser o cientista empirista moderno, defendendo que expandir a partir da experiência e fatos históricos é o melhor método de se desenvolver uma filosofia consistente, especialmente em política, e que a teorização a partir da imaginação é inútil. 



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Com esta aproximação, Maquiavel foi capaz de afastar a politica da teologia e da filosofia moral, desenvolvendo-a como uma disciplina em si mesma. Assim, contribuiu para a compreensão de como os governantes de fato agem e mesmo para a antecipação de seu comportamento. Defendeu o estudo da fundação de uma nação e a compreensão de seus elementos originais como essencial para a antecipação do futuro.

Sua obra principal foi "O Príncipe", escrita em 1513 e publicada apenas em 1532.

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"Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis."

Maquiavel


Com o título original De "Principatibus", a qual abarca a principal parte do livro, é explicado como os Estados se decompõem em Repúblicas e Principados hereditários e adquiridos, bem como de senhorios eclesiásticos.


"São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes, que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar."

Na segunda, o autor acercar-se dos alicerces do poder analisando as leis e as armas. Não obstante, na terceira parte da obra, ele irá debater as normas de conduta que um Príncipe deve abraçar para reconstruir a Itália. Não obstante, podemos destacar duas vertentes a partir da leitura da obra de Maquiavel: a primeira, que aparentemente esta focada na atenção para sua relação enquanto um arquétipo do antigo republicanismo, também denominado “republicanismo clássico”.


"As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, saboreando-as menos, ofendam menos: e os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, a fim de que sejam mais bem saboreados."


Note que o que caracteriza esse republicanismo é a crença de que a liberdade individual não esta separada da liberdade do Estado, de modo que a participação ativa dos cidadãos por meio de ações cívicas se torna um pré-requisito. Numa segunda camada discursiva, Maquiavel demonstra uma quebra diante da tradição no pensamento político, a qual é pouco compreendida até os dias contemporâneos, na medida em que, apesar de todas as críticas ao seu discurso, sua teoria revela o caráter conflitante da vida civil, marcada pelos contínuos confrontos das forças sociais.


"Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos homens, pois quem não espera o bem não teme o mal."

Em "O Príncipe" (palavra que designa todos os governantes), a política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria (como Deus, a razão ou a natureza), mas sim como uma atividade humana. O que move a política, segundo Maquiavel, é a luta pela conquista e pela manutenção do poder. A primeira leitura que se fez dos escritos de Maquiavel tomou o livro como um manual de conselhos práticos aos governantes. A premissa de que "os fins justificam os meios" (frase que não é de Maquiavel, no entanto) passou a nortear a compreensão da obra. Daí a reputação de maquiavélico dada ao governante sem escrúpulos.

"O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta."

Além de "O Príncipe", Maquiavel deixou outras obras, como o "Discurso sobre a Primeira Década de Tito Lívio", "A Arte da Guerra" e "Histórias Florentinas". Deixou também uma peça de teatro, "A Mandrágora", que se tornou um clássico do repertório teatral de todos os tempos.


"Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal."



Fontes:
todamateria.com.br
infoescola.com
eduxcacao.uol.com.br
blog.maxieduca.com.br
pensador.com
blogdorium.com.br
google.com.br

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