França de Vichy
Em 10 de novembro de 1942 o exército da Alemanha (com a colaboração da Itália) deflagrou a Operação Anton, que tinha o objetivo de ocupar militarmente a França de Vichy, na parte sul do país, até então considerada "zona livre". Desde 1940 os nazistas já ocupavam o norte do território francês.
O estabelecimento do governo de Vichy ocorreu após as tropas alemãs derrotarem as forças franco-britânicas nos confrontos por domínio de territórios em junho de 1940. Depois disso, foi assinado um acordo de rendição. A principal disposição do documento foi a divisão da França em duas zonas: ocupada e não ocupada. A Alemanha controlaria a parte norte e ocidental da França e toda a costa atlântica. Os restantes dois quintos do país seriam administrados pelo governo francês, com capital em Vichy.
Embora governada nominalmente pelo marechal francês Philippe Pétain (nomeado primeiro-ministro), a França de Vichy era comandada militarmente pela Alemanha. Joseph Darnand foi nomeado chefe da milícia, a polícia em tempo de guerra. Era um oficial da SS e tinha jurado lealdade a Adolf Hitler. O regime prendeu cidadãos que se opunham ao regime, fuzilou suas lideranças e entregou judeus franceses aos alemães.
Quando os aliados invadiram o Norte da África em 8 de novembro de 1942, dois dias depois os alemães e italianos ocuparam a parte restante livre da França. O regime de Pétain manteve-se em Vichy como governo nominal da França, mas a partir de então tornou-se claramente um estado-fantoche da Alemanha nazista.
O governo de Vichy existiu no papel até ao fim da Segunda Guerra Mundial, embora tenha perdido toda a sua autoridade de fato no final de 1944, quando os Aliados libertaram toda a França.
O Governo de Vichy, com o Controle de Philippe Pétain teve certa aceitação popular, e trocou o bordão francês: Igualdade, Liberdade e Fraternidade, por: Trabalho, Pátria e Família. Dificultou várias pautas progressistas em seu mandato, tais como o divórcio e o aborto, pois enaltecia os valores da família mononuclear burguesa, ao ponto que pais de família foram condecorados pelo marechal. Pétain torna-se neste momento uma verdadeira personalidade com grande aceitação popular. Muitas pessoas importantes colocam-se ao lado dele, e acreditavam que ele ergueria a França graças a sua “revolução nacional”.
Após a libertação da França pelos aliados, e em de 9 de agosto de 1944, o país volta a ser uma república, anulando a ata de 10 de julho de 1940. Pétain foi acusado de alta traição e crime de indignação nacional, foi condenado à pena de morte, porém Charles de Gaulle, grande líder da resistência concede a ele prisão perpétua. Pétain morre na prisão em 1951.
Phillipe Petáin
A colaboração Ideológica se deu por meio de alguns intelectuais nazistas que acreditavam no nazismo, eram antissemitas e eram anglofóbicos. A colaboração Econômica ocorreu quando os alemães passaram a dominar e explorar o máximo do território francês, controlando todos os produtores. Eram os alemães quem estabeleciam os salários, os preços e as taxas de transporte. A colaboração Política foi a forma que os franceses usaram para conseguir um lugar na Europa Alemã, caso a vitória fosse de Hitler. A cooperação militar aconteceu quando os franceses não colocaram suas tropas em pontos estratégicos para ajudar os aliados. Já a colaboração Administrativa foi posta dentro das estruturas burocráticas, onde as autoridades francesas vão ajudar os alemães, tais como prefeitos e a polícia.
Mulheres humilhadas na França
Os Horrores da Segunda Guerra Mundial na França foram devastadores em vários sentidos. Um desses exemplos, é das mulheres que tiveram ligações amorosas com soldados alemães no período, foram perseguidas, muitas delas mortas e outras tiveram seus cabelos raspados como a marca da traição, e após isso foram humilhadas publicamente e excluídas socialmente. A França tinha sido entregue a bandos armados, pois ainda não havia a presença do estado. Os vários “colaboracionistas” do Governo Vichy foram submetidos a tribunais populares e, muitos foram presos, outros tantos mortos por colaborar com os nazistas.
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