sexta-feira, 15 de novembro de 2019



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No dia 15 de novembro de 1889, Manuel Deodoro da Fonseca, militar e político, proclamava a República do Brasil. Primeiro presidente da história do país, seu governo foi marcado por grande instabilidade política e também econômica. A crise teve seu auge com o fechamento do Congresso Nacional, que resultou na sua renúncia no dia 23 de novembro de 1891. Seu sucessor foi Floriano Peixoto. A República foi estabelecida em todo o país praticamente sem lutas, com exceção ao estado do Maranhão, onde antigos escravos reagiram em apoio ao Império. A primeira nação a reconhecer o novo governo foi a Argentina, em 20 de novembro de 1889.

O quadro 'Proclamação da República', de Benedito Calixto




Meses após o Marechal Deodoro da Fonseca enganar a própria mulher, burlar as recomendações médicas e levantar da cama - onde havia passado a madrugada daquele 15 de novembro febril - para proclamar a República brasileira, o país já conhecia a primeira crítica articulada sobre o processo que havia removido a monarquia do poder em 1889.

Escrito pelo advogado paulistano Eduardo Prado, o livro Fastos da Ditadura Militar no Brasil, de 1890, argumentava que a Proclamação da República no Brasil tinha sido uma cópia do modelo dos Estados Unidos aplicada a um contexto social e a um povo com características distintas.

A monarquia, segundo ele, ainda era o modelo mais adequado para a sociedade que se tinha no país. Prado também foi o primeiro autor a considerar a Proclamação da República um "golpe de Estado ilegítimo" aplicado pelos militares.


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Hoje, 130 anos depois, o tema ainda suscita debates: enquanto diversos historiadores apontam a importância da chegada da República ao Brasil, apesar de suas incoerências e dificuldades, um movimento que ganhou força nos últimos anos - principalmente nas redes sociais - ainda a contesta.

"A proclamação foi um golpe de uma minoria escravocrata aliada aos grandes latifundiários, aos militares, a segmentos da Igreja e da maçonaria. O que é fato notório é que foi um golpe ilegítimo", disse à BBC News Brasil o empresário e deputado federal,  Luiz Philippe de Orleans e Bragança, tataraneto de D. Pedro 2º, o último imperador brasileiro.



No Brasil, em 1889, a instauração da República não conta com a participação do povo, como ocorrido na França. A República brasileira vem substituir o Regime Monárquico e é instaurada pelos militares que entrariam em crise com a Monarquia. A construção da ideia republicana já vinha sendo feita e vários manifestos republicanos surgiram a partir de 1870 influenciados pelos outros países da América que já tinham se federalizado. A participação política da população ainda era bastante restrita, controlada pelos dois únicos partidos, o Liberal e o Conservador.


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A Abolição do trabalho escravo com a Lei Áurea em 1888 agrava a crise entre a Monarquia e os fazendeiros das oligarquias paulistas e do Nordeste. A questão militar é o ponto final para o nascimento da República no Brasil. Após D.Pedro II punir alguns militares, o Marechal Deodoro da Fonseca se reúne com Quintino Bocaiúva, líder do PRP (Partido Republicano Paulista) e com seus soldados, lidera a derrubada da Monarquia em 15 de novembro de 1889.


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Por fim, mais uma vez as mudanças institucionais e políticas no Brasil surgem de movimentos da elite em busca de seus próprios interesses.


Fontes:
seuhistory.com
bbc.com
escolaeducacao.com.br
google.com

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