domingo, 29 de setembro de 2019

No dia 29 de setembro de 1908 morria, no Rio de Janeiro, um dos maiores nomes da literatura brasileira e mundial, o escritor Joaquim Maria Machado de Assis.

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Ele escreveu em praticamente todos os gêneros literários, foi jornalista e crítico. Defensor da monarquia, testemunhou a mudança política no país para a república e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Nascido no dia 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, sua extensa obra é formada por nove romances e peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. 

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Machado de Assis é considerado o introdutor do realismo no Brasil, com a publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881). 

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Sua primeira fase literária é constituída de obras como "Ressurreição", "A Mão e a Luva", "Helena" e "Iaiá Garcia", onde notam-se características do romantismo. 
Em 1899 foi publicada aquela que e considerada a sua grande obra "Dom Casmurro".




Machado de Assis também influenciou grandes nomes como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth, Donald Barthelme e outros. Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.



Ele foi casado durante 35 anos com a portuguesa Carolina Augusta, com quem teria vivido uma "vida conjugal perfeita". Ambos não tiveram filhos. A morte de Carolina, aos 70 anos, em 20 de outubro de 1904 foi um choque na vida do escritor, que entrou em depressão e morreu quatro anos mais tarde. 

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Carolina esposa de Machado

Machado dedicou a ela seu último soneto, "A Carolina", em que Manuel Bandeira afirmaria, anos mais tarde, que é uma das peças mais comoventes da literatura brasileira. Antes de sua morte, em 1908, Machado publicou suas últimas obras: "Esaú e Jacó" (1904), "Memorial de Aires" (1908), e "Relíquias da Casa Velha" (1906). No mesmo ano desta última obra, escreveu sua última peça teatral, "Lição de Botânica"


A CAROLINA

Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.

Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.

Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos



Fontes:
seuhistory.com
google.com
pensador.com
wikipedia.org

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