A data de hoje 04 de setembro marca na História a "Queda de Roma", e começo a Idade Média.
Muitos historiadores consideram o dia de hoje como o marco da queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476. Nesta data, foi deposto o usurpador Rômulo Augusto, forçado a abdicar do poder pelo chefe germânico Odoacro. Não se deve esquecer, contudo, que o Império Romano do Ocidente ainda sobreviveria por mais um milênio - a divisão em duas partes do império foi feita por Diocleciano em 286 d.C.. O depois chamado Império Bizantino seguiu até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla. Com o fim do Império Romando do Ocidente, muitos historiadores aproveitaram o fato para demarcar o fim da Antiguidade e o começo da Idade Média.
Rômulo Augusto assumiu o poder muito jovem, com menos de 20 anos. Ele era filho de um general de origem bárbara, Orestes, que havia servido antes a Átila o Huno, e havia derrubado o último imperador legítimo, Júlio Nepos, que manteve sua autoridade sobre a Dalmácia. Os aliados de Orestes (hérulos e rúgios) se desentenderam com seu chefe e, sob as ordens de Odoacro, depuseram Rômulo Augusto, que teve sua vida polpada.
Diocleciano
A queda do Império Romano do Ocidente foi provocada por diversos fatores, como declínio cultural, crise econômica, número insuficiente de escravos e soldados, além das invasões bárbaras que causaram a sua derrubada final. Embora unido linguisticamente - e, mais tarde, sob o cristianismo romano -, o Império englobava um grande número de culturas diferentes que haviam sido assimiladas de maneira incompleta pelos romanos.
Um dos fatos marcantes antes da derrubada oficial do Império do Ocidente foi o saque de Roma em 410, o primeiro em mais de 800 anos, realizado pelos visigodos comandados por Alarico I. Aos poucos, esta parte do império passou a ser governada pelas tribos invasoras.
A crise do sistema escravista foi ampliada na medida em que os povos conquistados recebiam o direito à cidadania romana.
Esse contexto desencadeou uma crise econômica em razão da diminuição da produção agrícola e do encarecimento dos alimentos. O encarecimento dos alimentos gerou fome, e revoltas aconteceram em determinadas regiões. Além disso, essa crise econômica afetou diretamente a manutenção dos exércitos localizados nos limes, as fronteiras do Império Romano.
Germânicos
A crise econômica resultou na diminuição do contingente militar romano e, assim, as fronteiras tornaram-se vulneráveis aos ataques estrangeiros. As fronteiras sempre foram ameaçadas por povos estrangeiros, mas, a partir do século II, essa ameaça acentuou-se e, no século V, tornou-se insustentável com o fluxo migratório dos germânicos.
Os povos germânicos eram chamados de “bárbaros” pelos romanos por não compartilharem a mesma cultura e por não falarem latim. Eles habitavam regiões ao norte e leste das fronteiras do império, que eram chamadas de Germânia pelos romanos. Além disso, parte dos povos germânicos – em sua maioria, pagãos – converteram-se ao cristianismo arianista, que havia sido condenado pela Igreja Católica como heresia. Isso contribuiu para que a rivalidade entre romanos e germânicos aumentasse. O arianismo era uma interpretação teológica do Cristianismo que negava a divindade de Jesus Cristo.
Fontes:
seuhistory.com
brasilescola.uol.com.br
google.com
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