quinta-feira, 5 de setembro de 2019





No dia 5 de setembro de 1972 um ataque terrorista manchou para sempre os Jogos Olímpicos de Munique. Neste dia, no episódio que ficou conhecido como Massacre de Munique, 11 membros da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro. Como desfecho, todos os atletas foram assassinados em vários momentos do sequestro. Também morreram cinco terroristas e um agente da polícia alemã. O episódio também ficou marcado pela falta de preparo da polícia alemã para lidar com a situação.


Um dos terroristas envolvidos no massacre em 1972



Perto das 4h30 da manhã, oito homens mascarados invadiram o alojamento da equipe israelense. Deram de cara com o treinador Moshe Weinberg, de 33 anos, e o mataram a tiros. Em seguida, o levantador de peso Yosef Romano também foi assassinado. No segundo piso do prédio de dois andares, os terroristas fizeram nove reféns, todos membros da delegação de Israel, e anunciaram pertencer ao Setembro Negro.

Queriam a libertação de 234 palestinos presos. Quase desconhecido até então, o grupo já havia organizado dois ataques.

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Atletas  técnicos israelenses mortos



Em novembro de 1971, matou a tiros o ex-primeiro-ministro da Jordânia, Wasfi Tell, na entrada do hotel Sheraton, no Cairo. Dias depois, um homem no centro de Londres abriu fogo contra o carro do ex-embaixador da Jordânia Zaid el Rifai, que sobreviveu.

A escolha de alvos jordanianos era uma vingança pelos 4 mil palestinos mortos em 1970 em Amã, capital da Jordânia, durante uma tentativa de expulsá-los do país. O fato ocorreu em 17 de setembro (daí o nome da organização).

Para William Daddio, da Universidade de Georgetown, o Setembro Negro é fruto de uma época de recrudescimento dos atritos entre Israel e os países árabes, após a Guerra dos Seis Dias. “Em 1967, o Exército israelense ocupou a Faixa de Gaza na Jordânia e partes da Síria e do Egito, onde viviam 1 milhão de palestinos. Uma massa descontente que se juntou aos 700 mil exilados desde a criação do Estado de Israel, em 1948.” Quase ninguém entre as 900 milhões de pessoas que acompanharam pela TV as imagens do sequestro em Munique sabia disso.

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A causa palestina, pela primeira vez, chegava aos ouvidos do mundo, e de forma avassaladora. Depois de 18 horas de impasse, a polícia alemã organizou uma tentativa de resgate num aeroporto militar próximo de Munique.

Já era noite quando dois helicópteros levantaram voo da Vila Olímpica, levando a bordo os nove reféns e oito terroristas. No aeroporto, onde estava o Boeing 727 exigido para a fuga, atiradores foram posicionados e policiais disfarçados ficaram dentro do avião para capturar os terroristas que fariam a inspeção da aeronave.

Porém, os policiais pressentiram que seriam vítimas de uma ação suicida e abandonaram seu posto. Quando os “inspetores” do Setembro Negro chegaram ao 727, os alemães abriram fogo. Os terroristas detonaram uma granada no helicóptero onde quatro atletas israelenses estavam amarrados. Os outros reféns foram mortos a tiros. Um policial e cinco terroristas também morreram.

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Três palestinos foram presos. Em 29 de outubro, após um sequestro de um avião da Lufthansa, eles foram libertados. Em poucas horas, chegaram a Trípoli, na Líbia, onde foram recebidos como heróis.



Fontes:
aventurasnahistoria.uol.com.br
seuhistory.com
google.com

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