O veículo espacial Luna 2 se chocou contra a superfície da Lua em um dia como este, no ano de 1959, tornando-se o primeiro objeto de fabricação humana a atingir o nosso satélite natural. O fato deu aos soviéticos uma vantagem na "corrida espacial", o que fez com que os Estados Unidos acelerassem seu programa espacial.
Em 1957, os soviéticos já haviam chocado os EUA ao lançar um satélite em órbita em torno da Terra, o Sputnik. Alguns norte-americanos acreditavam que os soviéticos, em breve, iriam desenvolver um novo tipo de armas que poderiam ser disparadas a partir do espaço.
O sucesso do Sputnik preocupou as autoridades dos EUA, pois representava uma afronta direta às alegações norte-americanas de superioridade tecnológica e científica sobre o regime comunista na Rússia. Tratava-se também de uma vitória soviética no quesito de propaganda, já que isso atraía nações menos desenvolvidas para a órbita da URSS em busca de ajuda e assistência tecnológica.
Os Estados Unidos aceleraram seu programa espacial e, poucos meses depois do Sputnik, um satélite norte-americano entrou em órbita. Em setembro de 1959, os soviéticos aumentaram a aposta com o envio do foguete à Lua, carregando a bandeira da União Soviética. Em Washington, uma congratulação foi enviada aos cientistas soviéticos pela façanha. Ao mesmo tempo, porém, os Estados Unidos advertiram a União Soviética que o envio da bandeira russa para a Lua não dava aos soviéticos direitos territoriais sobre o satélite.
Em 1969, no entanto os EUA fincou sua bandeira em território lunar.
O envio deste foguete soviético em 1959 fez com que o programa espacial estivesse no topo das prioridades dos políticos norte-americanos. Em 1960, o candidato presidencial John F. Kennedy usou isso em sua campanha rumo à presidência e, depois de eleito, aumentou os gastos neste setor, afirmando que no final da década o país enviaria um humano para a Lua. Neste meio tempo, em 1961, os soviéticos voltaram a impressionar, enviado Yuri Gagarin, a primeira pessoa a ir ao espaço. Mais tarde, veio a resposta. Em 1969, o astronauta norte-americano Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, feito inédito para a humanidade.
Embora a URSS estivesse na frente na exploração espacial, problemas de má gestão impediram que os soviéticos mandassem um homem para Lua.
Gagarin e Kurolev
Nikita Khruschov, que liderou o Partido Comunista e a URSS de 1953 a 1964, era conhecido por ser um homem emocional e imprevisível, e sua abordagem em relação ao programa de pouso na Lua não foi exceção.
Em reuniões com Serguêi Korolev, o principal engenheiro e projetista de naves espaciais da URSS (que desempenhou um importante papel no lançamento de Sputnik e Vostok), Khruschov alertou que o investimento para o programa “estava secando”.
Sergei Korolev
No entanto, apenas um ano depois, ele disse exatamente o oposto a Korolev: “Nós não vamos desistir da Lua para os americanos! Pegue toda a verba que você precisa!”
Em vez de estabelecer uma linha de comando direto entre governo e cientistas, as autoridades lançaram dois programas rivais, desenvolvendo foguetes para as missões de voo e pouso na Lua. Um liderado por Korolev, e o outro, por Valéri Tchelomei.
Fontes:
seuhistory.com
br.rbth.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário