domingo, 1 de setembro de 2019

No dia 1º. de setembro de 1886 nascia, em Capivari (SP), Tarsila do Amaral, pintora e desenhista, uma das figuras centrais do começo do movimento modernista brasileiro.


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Abaporu


Seu quadro Abaporu, de 1928, deu início ao movimento antropofágico nas artes plásticas.


A tela foi pintada em óleo sobre tela, em janeiro de 1928, como presente de aniversário ao escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. O nome da obra foi conferido por ele e pelo poeta Raul Bopp, que indagou a Oswald ao ver o quadro: "Vamos fazer um movimento em torno desse quadro?" Os dois escritores escolheram um nome para a obra, que veio a ser Abaporu, que vem dos termos em tupi aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando "homem que come gente". E também é uma referência para a criação da Antropofagia modernista brasileira, ou Movimento Antropofágico, que se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil.

A obra se encontra hoje no Museu de Arte Latino-americana em Buenos Aires, Argentina, e tem seu valor estimado em US 40 milhões de dólares.


Nascida em uma família rica de fazendeiros, ela estudou em um colégio de freiras em São Paulo e depois completou seus estudos em Barcelona.

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Tarsila do Amaral

Tarsila se casou em 1906 com um médico, mas o marido queria que ela ficasse apenas em casa, como era o pensamento da época. Tarsila não aceitou isso e se separou um ano depois. Da relação, ela teve uma filha, Dulce, com quem se mudou para a fazenda dos pais assim que se separou.



A partir de 1917, Tarsila começou a aprender pintura e, em 1920, viajou para Paris, onde foi estudar arte. Tarsila aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922, quando foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia, com quem formaria o Grupo dos Cinco. 

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Tarsilia e Oswald de Andrade


Em 1923, Tarsila iniciou seu relacionamento com Oswald de Andrade, e o casal viajou por Portugal e Espanha. De volta a Paris, estudou com os artistas cubistas. Em 1924, Tarsila iniciou sua fase artística "Pau Brasil". Em 1929, Tarsila expôs suas telas pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro. 

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Neste mesmo ano, porém, sua família perdeu a fortuna com a Crise de 1929, e Oswald de Andrade se separou dela, pois se apaixonou pela revolucionária Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Para superar o momento difícil, ela decidiu colocar todas as suas forças no trabalho. Em 1933, a partir do quadro "Operários", a artista inicia uma fase de temática mais social. 



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Os operários


O quadro "Operários" se encontra exposto no Palácio Boa Vista em Campos do Jordão, São Paulo.

Em meados dos anos 30, o escritor Luiz Martins, 20 anos mais jovem que Tarsila, torna-se seu companheiro, com quem viveu até os anos 50. Em 1965, já separada de Luís e vivendo sozinha, foi submetida a uma cirurgia de coluna e, por conta de um erro médico, ficou paralítica. 

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Tarsilia e sua filha Dulce

No ano seguinte, em 1966, Tarsila perdeu sua única filha, Dulce, vítima de um ataque de diabetes. Nesses tempos difíceis, Tarsila se aproxima do espiritismo e doa parte da venda dos seus quadros à instituição de Chico Xavier, de quem se torna amiga. Em 17 de janeiro de 1973, Tarsila morreu vítima de depressão em São Paulo. Após sua morte, foi homenageada pela União Astronômica Internacional, em 20 de novembro de 2008, que deu o nome "Amaral" a uma cratera do planeta Mercúrio.

Fontes:
seuhistory.com
google.com
wikipedia.org





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