quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Em um dia como este, no ano de 1960, o líder Fidel Castro chegava a Nova York como o chefe da delegação cubana na ONU. A visita de Castro foi recebida com um misto de indignação e admiração de vários setores da sociedade norte-americana. Ele proferiu o seu discurso nas Nações Unidas no dia 26 de setembro.


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No momento em que Castro chegou a Nova York, as relações entre Estados Unidos e Cuba estavam em rápida deterioração. Desde que assumiu o poder em janeiro de 1959, Castro enfureceu o governo americano com suas políticas de nacionalização de empresas e investimentos dos EUA em Cuba. Algumas autoridades norte-americanas, como o vice-presidente Richard Nixon, acreditavam que Castro estava se inclinando em direção ao comunismo - ele iria proclamar publicamente sua adesão ao comunismo até o final de 1961, quando declarou ser "marxista-leninista". Em março de 1960, o presidente Dwight D. Eisenhower ordenou à CIA o início do treinamento de exilados cubanos para derrubar o regime de Fidel Castro. Quando os Estados Unidos suspenderam a importação de açúcar cubano em 1960, o governo de Fidel Castro voltou-se para a União Soviética para a assistência econômica, e os russos os aceitaram de braços abertos.



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Em setembro de 1960, Castro liderou uma delegação para Nova York para discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele e sua comitiva causaram sensação imediata por se hospedar no Hotel Theresa, no Harlem. Enquanto estava lá, Castro se reuniu com vários líderes afro-americanos, incluindo Malcolm X, com a Nação do Islã e com o poeta Langston Hughes. Em 26 de setembro, em seu discurso, Castro fez um duro ataque contra o que ele chamou de "agressão e imperialismo" norte-americano. Por mais de quatro horas, Castro criticou a política dos EUA em relação à Cuba e outros países da América Latina, Ásia e África. Os Estados Unidos, declarou ele, "tinham decretado a destruição" de seu governo revolucionário.

A visita de Castro e sua denúncia pública marcaram o começo de uma ruptura nas relações já delicadas entre EUA e Cuba. Em janeiro de 1961, a administração Eisenhower cortou todas as relações diplomáticas com Cuba. Em abril do mesmo ano, pouco tempo depois de tomar posse, o presidente John F. Kennedy ordenou a invasão da Baía dos Porcos, e a força de exilados cubanos, treinados e armados pela CIA, desembarcou em Cuba. O ataque foi um fiasco. O poder de Fidel Castro em Cuba foi solidificado pela sua vitória na Baía dos Porcos contra os "imperialistas". 


O líder da Revolução Cubana - Créditos: Wilcker Morais


Castro foi o líder indiscutível do governo de Cuba por mais de quatro décadas, e as relações entre Estados Unidos e Cuba seguiu tensa. No final de julho de 2006, Fidel Castro ficou doente e cedeu temporariamente o poder para seu irmão Raul. Ele deixou oficialmente o poder em fevereiro de 2008.


Fontes:
seuhistory.com
google.com

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