domingo, 18 de agosto de 2019

Vamos falar hoje da obra de Moliére, o Misantropo.

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Encenada pela primeira vez em 1666, O misantropo é um dos pontos mais altos da obra de Molière. A peça narra as dificuldades sociais de Alceste, um cavalheiro que critica a hipocrisia e a falsidade da corte de Luís XIX. Apaixonado por Célimène, uma coquete que se deixa cortejar por outros homens e se entendia profundamente com as convenções e obrigações da sociedade, ele irá confrontar o comportamento da amada, dos amigos e do resto da corte até o limite de suas próprias convicções.

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“O Misantropo” descreve o comportamento antissocial de Alceste, que se recusa a ser cúmplice da engrenagem que move as relações da corte francesa, com sua “politesse” e a hipocrisia do falso “honnête-homme”, optando por excluir-se da vida social acreditando que ninguém em seu redor tem a estatura moral dos seus princípios. Apaixona-se por Célimène, jovem viúva, vaidosa e que habita um mundo de frivolidades que ele tanto despreza.



Traduzido em 2014 pela ensaísta e crítica brasileira Bárbara Heliodora, O Misantropo narra a história de Alceste, cujo comportamento é um desafio veemente a qualquer hipocrisia ou conveniência social pautada por bajulações. Contudo, Alceste é apaixonado por Célimène, moça cortejada por alguns rapazes, incluindo os marqueses Acaste e Clitandre. Alceste acaba enfrentando diversos problemas por conta de sua sinceridade sem limites, o que culmina em um processo executado por Oronte. No decorrer das ações, o leitor acompanha os embates entre Alceste e a sociedade da época.

O Misantropo é composto por cinco atos. O primeiro, dividido em três cenas, apresenta um diálogo entre Alceste e Philinte. Nesta cena, o protagonista condena a conduta de Philinte e o acusa de ser gentil com todos, inclusive com aqueles de caráter duvidoso, como afirma Alceste:

“Odeio os homens todos, e ela é total.../Uns por serem desonestos, maus, e safados;/ Outros por complacência com os pecados”

Além de ser uma comédia de caráter, O misantropo é também uma comédia de costumes, por expor, mesmo que como pano de fundo, os hábitos sociais em um determinado contexto. A edição traz ainda a “Cronologia: vida e obra de Molière”. A edição não inclui notas explicativas, que poderiam enriquecer ainda mais a compreensão dos leitores. No entanto, como se trata de um clássico, não faltará material atualizado para aqueles que desejam aprofundar-se no estudo da obra.

Escrito em 1666, texto de Molière permanecia inédito no Brasil até sua montagem, em outubro de 2016. Com tradução e adaptação de Washington Luiz Gonzales e direção de Marcio Aurelio, a comédia questiona o comportamento e as convenções da sociedade, refletindo sobre as idiossincrasias da corte de Luis XIV.


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Texto: Molière
Tradução e adaptação: Washington Luiz Gonzales
Encenação: Marcio Aurelio
Elenco: Alexandre Bacci (Acácio), Eduardo Reyes (Filinto), Paula Burlamaqui (Celimene), Paulo Marcello (Oronte), Regina França (Aricene), Renata Maia (Eliane), Washington Luiz (Alceste)

Jean Baptiste Poquelin eternizou seu nome nas artes como Molière, adotando esse pseudônimo por volta de 1644, momento que abandona a tapeçaria do pai e opta por viver do teatro. A mudança do nome de batismo deve-se, sobretudo, ao fato de não querer expor o nome de sua família, uma vez que eram muitas as dificuldades vividas pelos artistas na época.



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Fontes:
botequimcultural.com.br
travessa.com.br
scielo.br
google.com

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