O filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770, em Stuttgart, na Alemanha. Ele é considerado um dos mais importantes e influentes pensadores da história. Sua obra pode ser incluída naquilo que se chamou de Idealismo Alemão, uma espécie de movimento marcado por intensas discussões filosóficas entre pensadores de cultura alemã do final do século XVIII e início do XIX.
A principal contribuição de Hegel foi no desenvolvimento do idealismo absoluto. Nele, os dualismos de mente e natureza e sujeito e objeto, por exemplo, são superados. Ele introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo chamado "dialética": uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições inerentes ao movimento anterior.
- "O racional por sí só é real".
- "Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional"
- "O verdadeiro é o todo".
- "Nada existe de grandioso sem Paixão."
Apesar de ser notavelmente crítica em relação ao Iluminismo, a filosofia hegeliana é tida por muitos como a "filosofia da modernidade por excelência". Hegel era fascinado pelas obras de Spinoza, Kant e Rousseau, assim como pela Revolução Francesa. Maurice Merleau-Ponty disse que "todas as grandes idéias filosóficas do século passado - as filosofias de Marx e Nietzsche, a fenomenologia, o existencialismo alemão e a psicanálise - tiveram suas origens em Hegel".
Hegel utilizou-se da dialético para explicar toda a história da filosofia, da ciência, da arte, da política e da religião, mas muitos críticos modernos assinalam que ele geralmente parece analisar superficialmente as realidades da história a fim de encaixá-las em seu modelo dialético. A visão de Hegel como apologista do poder estatal e precursor do totalitarismo do século XX foi criticada minuciosamente por Herbert Marcuse em "Razão e Revolução: Hegel e o surgimento da teoria social". Segundo Marcuse, Hegel não fez apologia a nenhum Estado ou forma de autoridade. Já Arthur Schopenhauer desprezou Hegel por seu historicismo e tachou a obra de Hegel de pseudo-filosofia.
Hegel busca entender o homem em sua totalidade, ou seja, tenta compreender todos os aspectos do ser humano e explicar tudo que o ser humano vive e é através de um único sistema. Todo o universo, tudo que existe, existiu ou vai existir, inclusive a história e o tempo, são vistos como um único organismo em constante mudança e o ser humano é somente parte desse organismo e provavelmente não a mais importante.
A dialética, segundo Hegel, tem três momentos, o primeiro é o "ser em si", o segundo é o "ser outro ou fora de si" e o terceiro é o "retorno a si ou ser em si e para si", num exemplo do próprio Hegel: "A semente é em si a planta, mas ela deve morrer como semente e, portanto, sair fora de si, a fim de poder se tornar, desdobrando-se, a planta para si (ou em si e para si)".
Após a morte de Hegel, em 1831, seus seguidores dividiram-se em dois campos principais e contrários. Os hegelianos de direita, discípulos diretos do filósofo na Universidade de Berlim, defenderam a ortodoxia evangélica e o conservadorismo político do período posterior à restauração napoleônica. Já os hegelianos de esquerda, chamados jovens Hegelianos, interpretaram Hegel em um sentido revolucionário, o que os levou a se aterem ao ateísmo na religião e ao socialismo na política. Entre os hegelianos de esquerda encontra-se Ludwig Feuerbach, David Friedrich Strauss, Max Stirner e, o mais famoso, Karl Marx.
Fontes:
seuhistory.com
ebiografia.com
google.com
filosofia.com.br
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