Hoje lembramos um dos piores crimes de guerra de todos os tempos, o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, matando milhares de civis, num ato de terrorismo inconsequente.
Rosa de Hiroshima - Ney Matogrosso
A primeira bomba atômica do mundo era lançada em um dia como este, no ano de 1945. Às 8:16, no horário japonês, um bombardeiro B-29 dos EUA, o Enola Gay, jogava a bomba atômica apelidada "Little Boy" sobre a cidade de Hiroshima. Cerca de 80 mil pessoas foram mortas em um resultado direto da explosão e outras 35 mil foram feridas. Ao menos 60 mil morreram até o final do ano por conta dos efeitos da bomba.
O presidente dos EUA, Harry S. Truman, sob o falso pretexto, tomou a decisão de usar a bomba atômica para acabar com a guerra, com o objetivo de evitar que um número maior de vidas fossem perdidas no caso de uma invasão aos EUA ao território japonês.
Na verdade, a bomba atômica serviu como alerta para a União Soviética, do poderio militar americano. A guerra na Europa já tinha acabado, e a divisão de forças militares no mundo já estava evidente.
Além disso foi um ato de vingança contra o ataque japonês a Pearl Habor.
Assim, na véspera, quando um bombardeio "convencional" do Japão estava em curso, "Little Boy" foi carregado no avião do tenente-coronel Paul W. Tibbets, que partiu da ilha de Tinian, nas Marianas. O avião, chamado Enola Gay, deixou a ilha às 2h45min do dia 6 de agosto. Cinco horas e meia depois, "Little Boy" caiu, explodindo a 580 metros, sobre um hospital, liberando o equivalente a 12.500 toneladas de TNT. A bomba tinha várias inscrições rabiscada em seu escudo, uma dos quais dizia "Saudações ao Imperador dos homens do Indianópolis" (o navio que transportou a bomba para as Marianas).
Havia 90 mil edifícios em Hiroshima antes do lançamento da bomba, apenas 28 mil permaneceram após o bombardeio. Dos 200 médicos da cidade antes da explosão, somente 20 sobreviveram ou ficaram aptos ao trabalho. Havia 1.780 enfermeiras antes, somente 150 puderam ajudar os doentes e feridos após o ataque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário