O cristianismo não tem uma filosofia, teologia ou história própria. Todas são frutos da compilação de ideias e cooptação de conceitos de doutrinas alheias que foram convertidas e usadas para criar o cristianismo como conhecemos hoje. O cristianismo trilhou um caminho histórico e literal bastante transformador, foi perseguido duramente, posteriormente virou um perseguidor nefasto e atualmente não mata mais em nome de Deus, embora parte de sua violência ainda esteja concreta na sua visão moral e por vezes fundamentalista. Principalmente pelos ultraconservadores cristãos criacionistas dos EUA.
O cristianismo de fato, surge com a vinda de Jesus, filho de Deus na Terra. Entretanto, suas bases teológicas remontam mais de mil anos antes da vinda do filho do homem como veremos a seguir. Será que Jesus foi realmente o filho do homem?
As bases cristãs remontam-nos ao Oriente Médio por volta do século 10 a.C. em uma pessoa decidiu escrever um livro que nos seguinte mil anos continuaria sendo reescrito em um compilado de ideias teológicas que influenciou as principais religiões do mundo atual, as religiões abraâmicas; judaísmo, cristianismo e islamismo.
Embora todos esses livros sejam considerados canônicos, ou seja, escrito sob inspirações divina a própria Igreja reconhece que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra hoje vista como sagrada foi escrita por simples mortais e poucos vestígios sobraram como evidências concretas da raiz cristã, sendo a maior delas a própria Bíblia e evangelhos paralelos a ela.
A palavra Bíblia é um termo singular vindo mas veio literalmente do plural grego "ta biblia ta hagia" que significa “os livros sagrados”.
Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento que compõem a Torá no judaísmo e o Pentateuco católico foram supostamente escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C, os Salmos seriam obra do rei Davi e Juízes do profeta Samuel.
As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, onde hoje é Israel e que foi uma terra habitada por diversos povos. Os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. E eles são a base primordial e teológica de toda fundamentação cristã.
Canaã
As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, o atual Iraque que no terceiro milênio a.C. já havia contos mitológicos de um suposto dilúvio protagonizado pelo semideus Gilgamesh.
Passagens como esta segundo Anderson Zalewsky Vargas da UFRGS mostram que a Bíblia por muitos anos foi uma obra literária aberta a receber influências de muitas culturas contemporâneas. Passagens como a do dilúvio representam toda a sustentação e personalidade do deus judeu e relaciona-se claramente com o cristianismo.
Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a selecionar e compilar as diversas históricas e culturas. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas em um frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das escrituras sagradas foi feita por volta desse período e corresponde as maiores partes dos livros de Gênesis e Êxodo.
Nestes livros o tema principal é a relação conflituosa entre Deus e os homens criando inicialmente divergências sobre o papel do homem e do Senhor na história. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
Em alguns capítulos ele é chamado por Yahweh em um tratamento íntimo e informal, em outros é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (atualmente existe seita de Ufólogos denominada ERKZS que afirma ter contato com um ser extraterrestre chamado Elohim)
Aparentemente Moisés teria escrito tudo sozinho e usado os dois nomes. Mas seus textos parece contam com outros dois autores desconhecidos pelo fato deles relatarem a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor.
De acordo com a linguagem utilizada os trechos que falam de Yahweh podem ser os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal.
Nessa passagem teológica a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais, na passagem de Elohim o homem participa da criação divina.
Em 589 a.C., Jerusalém foi invadida pelos babilônios e grande parte da população foi levada para o atual Iraque. Algumas décadas depois o povo hebreu foi liberto por Ciro do Império Persa. Quando os hebreus retornaram a Canaã trouxeram novas concepções teológicas a respeito da natureza divina de Deus. Os sacerdotes passaram a rejeitar o politeísmo e com o tempo emerge o monoteísmo hebreu pelo contato com segundas culturas.
Uma delas é a ideia de um único Deus como vista no masdeísmo Persa que pregava a existência de um deus bondoso chamado Ahura Mazda, em constante combate com o maligno Arimã, semelhante a velha odisseia de Deus contra o diabo.
O contato do povo hebreu com os povos nômades dos desertos do Sul na cidade de Teiman e Paranfoi o principal motivo da criação do monoteísmo.
Segundo os dados históricos e arqueológicos, Yahweh foi uma divindade entre muitas, fazendo parte de um panteão do qual era apenas um dentre tantos outros deuses mais poderosos que ele.
Yahweh foi uma divindade cultuada por nômades beduínos que surgiu bem antes da Bíblia ser escrita. Era uma divindade dos desertos do sul com poucos súditos e que chegou a Canaã com a migração desses povos. Teologicamente eles viviam sob o domínio de seu principal deus chamado El acompanhado de sua esposa Asherah e seus filhos Anat, a senhora de tudo o que é fértil, e seu sucessor Baal, o deus que dava chuvas àquelas paisagens áridas que também ressuscita e derrota as divindades malignas Yamm (o Mar) e Mot (a Morte).
Cogitar que o cristianismo surgiu de um panteão de deuses hebreus parece um absurdo do ponto de vista religioso, mas sob o ponto de vista histórico arqueológico, linguístico e teológico existem centenas de evidências que mostram a vida pregressa de Yahweh, o mesmo deus que futuramente veio originar o deus cristão.
Hoje por exemplo, sabe-se que o pentateuco foi finalizado por volta de 550 a.C. mas há textos ali de 1000 a.C., ou de antes e nada do que lá esta escrito segue uma ordem cronológica, além de terem sido editados. Isso pode ser evidenciado pelos textos originais, cada um escrito com uma característica linguista distinta.
Algumas mensagens da Bíblia dão a entender que Javé era uma divindade de lugares chamados Teiman ou Paran (atual Arábia Saudita) afirmando literalmente que Deus veio dessas regiões. E esses textos estão justamente entre os mais antigos, o que suporta as evidências linguísticas e teológicas.
Outra evidência disso é a associação do nome de Deus a Shasu que é um termo egípcio que significa “nômade” ou “beduíno”. Algumas inscrições egípcias mencionam um “Yahweh dos Shasu”.
O que aconteceu foi que o deus dos nômades do deserto foi incorporado às tribos israelitas, trazendo o novo deus ao panteão.
A cerca de 1000 a.C. Canaã era um território disputado como hoje ainda é, e estava dividido em diversas tribos; israelitas, hititas e jebedeus, todas tinham culturas parecidas e reverenciavam o mesmo panteão de deuses.
Com o passar do tempo Yahweh começa a crescer popularmente e as características dos deuses de seu panteão passam a ser atribuídas a ele. Isso porque o guerreiro Yahweh tinha as mesmas qualidades que El como criador e governador do mundo e a Baal.
O novo status de Yahweh foi ganhando espaço até que a maior evidência disso está em no Salmo 82. Onde nos apresenta o Conselho Divino, uma espécie de Câmara dos deuses na qual eles se reúnem para expor Yahweh como o único Deus.
Um indício de que o Salmo foi escrito antes do próprio início da Bíblia, que já começa apresentando Yahweh como Deus supremo. Assim, ele então adquire os poderes de El e posteriormente de Baal, com uma pequena predominância do segundo.
Isso já esperava-se já que Yahweh e Baal tem muitas características em comum, as tempestades, o fogo além de ambos serem guerreiros que habitam o alto de montanhas. Só que Baal vive no lendário monte Zafon enquanto Javé no Sinai.
Na tradição mitológica de Canaã, quem tinha triunfado contra Yamm, o deus caótico do mar, era Baal, mas os textos da Bíblia atribuem essa vitória a Yahweh. Alguns Salmos bíblicos foram originalmente hinos a Baal que acabaram adaptados para o culto judaico.
Essa expulsão definitiva de Baal do panteão é explicada no episódio bíblico do bezerro de ouro durante a passagem dos israelitas pelo deserto de Sinai. Enquanto o povo de Deus esperava que Moisés voltasse do monte Sinai com os mandamentos eles construíram uma estátua de ouro de um bezerro para adorá-la.
Poucos sabem, mas o animal que simbolizava a veneração de Baal era bezerro, inclusive faziam-se sacrifícios em sua homenagem. Tanto Moisés quanto Yahmeh ficaram enfurecidos e milhares de israelitas morreram como punição pela infidelidade do povo. Esse episódio é um marco simbólico do fim da era politeísta e o surgimento de um evangelho de um único Deus.
Yahweh rouba então o trono dos deuses do panteão segundo a mitologia hebraica e confere a criação de uma nova religião, o judaísmo.
Nesta passagem encontramos novos indícios de cooptação de tradições. Os profetas bíblicos acusavam os israelitas de prostituição nos altares de Asherah. Entretanto, inscrições achadas ao longo do século 20, como as de Kuntillet Ajrud, no deserto do Sinai indicam que o deus Yahweh e a deusa Ashera não eram inimigos e sim um casal.
As inscrições, datadas em torno do ano 800 a.C., dizem coisas como “a bênção para ti por Yahweh de Teiman e sua Asherah”. A ideia da prostituição foi uma alegação com a finalidade de excluir a deusa do panteão e fundar a primeira religião monogâmica, uma religião hebraica/judia neste momento.
Com Israel quebrada ao meio Yahweh se fortalecia como Deus, mas a nação agora estava indefesa militarmente, foi então que o monoteísmo se consolida por total, com a consolidação de Deus na reforma religiosa introduzida por Josias (649 – 609 a.C.) rei de Judá.
A ideia por trás dessa nova religião era de mostrar ao povo que os maus tempos os quais a nação havia passado nas mãos de assírios e babilônios eram provações divinas e que se o povo mantivesse sua fé, tudo acabaria bem. Uma manobra puramente política e psicológica.
Há diversos fatos históricos e linguísticos que fizeram parte da consolidação do monoteísmo judeu. Por exemplo, a versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras ordenou a um grupo de sacerdotes que que mudassem radicalmente as bases do judaísmo, a começar por suas escrituras.
Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia, como os 10 Mandamentos.
A reforma conduzida por Esdras propunha leis religiosas rígidas como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Inclusive algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos como “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.
Algumas passagens descrevem Deus como um sádico vingativo que ordena o extermínio de cidades. Para os historiadores e arqueólogos a violência do Antigo Testamento é reflexo de séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Ou seja, os autores do livro sagrado foram influenciados por essa pressão sociocultural gerando raiva e por conseqüência histórias em que Deus se mostrava irado, violento e cruel
Por volta do ano 200 a.C., o conjunto de livros sagrados hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. Essa tradução do idioma hebraico para o grego teria sido realizada por 72 sábios judeus.
Isso ocorreu também com os novos testamentos criados mais a frente, após a vinda de Cristo grande parte deles foi perdido, o que sobrou foram as versões gregas.
Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico. Dois séculos depois a Bíblia em aramaico havia dominado todo o Oriente Médio, era a mais lida na Judeia, na Samaria e na Galileia.
Jesus de Nazaré não deixou nada escrito, de fato os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
Sendo assim o cristianismo já nasceu em um regime de perseguição uma vez que seus membros se recusavam-se a cultuar os deuses oficiais que dominavam boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C.
Os evangelhos surgem então como um novo gênero literário. O termo vem do grego evangélion que representa Boas Novas e narra os milagres, os ensinamentos e a vida do messias. Entretanto, a concepção de messiah adotada pelo cristianismo incomodou muito os judeus.
Na tradição judia o messiah ou filho ungido de Deus ainda esta para vir a Terra até hoje, para os cristãos ele foi Jesus Cristo. Na concepção judaica o messiah deveria ser um líder militar, que lideraria a vitoria dos judeus na guerra santa contra o satanás. Satanás em hebraico quer dizer unicamente inimigo.
Quando Cristo se apresentou como o filho do homem e realizou seus supostos milagres também trouxe uma concepção nova de messiah, aquele que não seria um líder militar, mas trazia uma mensagem simples; ame o próximo como a ti mesmo.
Essa concepção de messiah incomodou muito os judeus diante da multidão de pessoas que começou a seguir Jesus Cristo em vida.
Claramente Jesus foi um revolucionário político, muito mais do que religioso, assim como seu primo João Batista que o batizou.
João batista foi um revolucionário político que morreu decapitado por dizer certas verdades a respeito do rei Herodes.
Cristo parece ter tido contato também com as obras de Simão de Pereia, que foi morto 20 anos antes de seu nascimento e na época era visto como o suposto messiah.
Simão deixou uma placa de pedra informando o seu poder revolucionário e os seus seguidores acreditavam que ele ressuscitaria no terceiro dia após a sua morte.
Jesus Cristo foi crucificado porque em um feriado de páscoa judia cometeu o famoso ato de discorda quando viu o templo sendo usado como espaço para o livre comércio. Em sua fúria destruiu barracas diante de soldados romanos que o prenderam.
É provável que diante das inscrições de Simão, da morte de João batista Jesus tenha aceitado o cargo de messiah cristão e tenha cometido tais atos para morrer como filho de Deus. Uma atitude heroica e brava para alguns, narcisista para outros.
Pouco sabemos dos personagens que acompanharam Jesus, e de sua real história, pois a maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu já que naquela época, um livro era um amontoado de papiros avulsos.
Pouco se sabe tanto do Novo quanto do Velho testamento. Por exemplo, no Velho Testamento como poderíamos afirmar a real existência da arca da aliança, ou na travessia do mar morto, e até mesmo no êxodo do povo judeu do antigo Egito quando nenhuma evidencia arqueológica disto existe?
O único local onde pode-se retirar essas informações é na própria bíblia, pois não há registro arqueológico algum que corrobore nenhuma dessas afirmações teológicas. Nem mesmo os manuscritos do mar morto (que são a pedra no sapato do cristianismo) contém tantos livros apócrifos citam tais passagens.
Na teologia judaica a arca da aliança é citada desde os anos 800 a.c, até que no ano de 600 a.c ela desaparece dos registros arqueológicos. Acredita-se que os judeus detinham a arca da aliança com os dez mandamentos em Jerusalém, mas na invasão dos babilônios ao território judeu no ano de 587 a.c onde tocaram fogo em toda a cidade e saquearam todo seus pertences e tesouros nenhuma arca foi encontrada e nenhum registro arqueológico dos antigos babilônios faz referencia a ela.
Alguns acreditam que o rei Salomão teria escondido a arca da aliança na Etiópia sob a proteção da rainha de Sabá, mas nem mesmo se sabe se a rainha existiu já que é citada unicamente e exclusivamente na bíblia. Existem especulações a respeito da travessia do deserto de Sinai. Mas o deserto de Sinai é um deserto pequeno e não demoraria 40 anos para atravessá-lo. Não há evidencia arqueologia ou histórica a respeito da abertura do mar feita por Moisés.
No Novo Testamento também ocorrem falhas e interpolações. Alguns dos novos evangelhos foram copiados e recopiados por membros da Igreja mais tarde. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais, seja por descuido, seja de propósito. Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram totalmente o sentido dos textos.
Muitas passagens bíblicas foram interpoladas, principalmente entre Marcos, Mateus, Lucas e João. O milagre da ressurreição trás algumas delas.
No vigésimo oitavo capitulo de Mateus é dito que os soldados da tumba de cristo foram subornados para dizer que os discípulos de Jesus que furtaram seu corpo enquanto os soldados dormiam.
O caso da ressurreição fica mais interessante ainda quando comparamos o cristianismo com as religiões que precederam ele. Mithra (1.200 a.c) nasceu dia 25 de dezembro e ressuscitou no terceiro dia após a morte e tinha 12 discípulos. Dionysius (500 a.c) nasceu dia 25 de dezembro e ressuscitou no terceiro dia após a morte. Attis (1.200 a.c) ressuscitou no terceiro dia após a morte. Além disso, Krishna também ressuscitou. O mais interessante é que tanto Horus (3.000 a.c) quando Attis, Krishna e Jesus eram filhos de mães virgens.
A ideia de que Maria, mãe de Jesus era virgem é também resultado de interpolações nos textos cristãos. Na versão original de Isaías onde menciona-se esta passagem trata-se de dizer que Maria era almah que significa “mulher jovem”. Se de fato estivessem se referindo a Maria como uma mulher virgem, teriam usado o tratamento bethulah que significa donzela ou virgem em hebraico.
Há outras passagens interpoladas como quando Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada. De acordo como os historiados esse trecho foi enxertado no evangelho de João por algum escriba do século III.
Isso ocorre porque na época em que ocorreu, o cristianismo estava se desvencilhando do judaísmo e apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes judeus haviam inserido no pentateuco. A cena em que Jesus salva a suposta adúltera passa a ideia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá, uma visão de melhoria e um tratamento simbólico de superação, de poder e status.
O Apocalipse , ou revelação teve diversas narrativas editadas entre os autores do Novo Testamento. Um exemplo claro é visto no versículo 18 onde o autor adverte que “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui” referindo-se ao momento histórico na qual o cristianismo passava, uma revolução teológica com diversas seitas defendendo conceitos, tradições e rituais diferentes de Deus e o Messias.
A seita dos docetas por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico mas seria apenas um espírito, sua crucificação e morte foram apenas ilusão de ótica.
Os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera filho de Deus mas foi adotado por Deus.
Além disso o mitraísmo, paganismo e o cristianismo agnóstico também surgiu e faziam parte dessa disputa acirrada com o cristianismo tradicional e o judaísmo.
A primeira tentativa de organizar esse caos de escrituras sagradas ocorreu por volta de 142 por um rico comerciante de barcos chamado Marcião que nasceu na atual Turquia e viajou para Roma convertendo-se ao cristianismo. Era um teólogo influente que tentou compilar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje já que se simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo.
Fontes:
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