sábado, 10 de agosto de 2019


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Poeta e autor do clássico Canção do exílio, Antônio Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823 na cidade de Caxias, no Maranhão. 

Ele tinha orgulho de ter em seu sangue as três etnias formadoras do povo brasileiro: a branca, do seu pai; e a indígena e negra, herdada da mãe, que era mestiça. Depois de iniciar os estudos em latim, francês e filosofia, ele partiu para a Europa, onde morou em Portugal em 1838. 

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                                Cidade de Caxias - Maranhão



Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, em 1840. Voltou ao Brasil em 1845 e, por conta do seu tempo longe do país, escreveu Canção do Exílio e parte dos poemas de Primeiros Cantos e Segundos Cantos.



Um ano após retornar ao Brasil, conheceu sua musa, Ana Amélia Ferreira Vale. Gonçalves Dias chegou a pedir a mão da moça em casamento, mas teve o pedido negado por causa de sua origem mestiça. Por conta disso, várias de suas peças românticas foram escritas para ela, incluindo "Ainda uma vez Adeus". Depois de ter seu coração partido, Gonçalves Dias mudou-se para o Rio de Janeiro e se casou com Olímpia da Costa, de quem acabou se separando alguns anos depois. Em 1862, o poeta retornou à Europa para fazer um tratamento de saúde. 

Como não obteve resultados, decidiu voltar ao Brasil. A viagem foi no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira. Todos se salvaram, menos Gonçalves Dias, que, debilitado, não conseguiu sair do seu camarote a tempo e morreu no dia 3 de novembro de 1864.




Canção do exílio



Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar sozinho, à noite
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 

De Primeiros cantos (1847) 

O poeta é conhecido tampem pelo poema "I-Juca-Pirama" um poema Indianista brasileiro escrito pelo poeta . Publicado em 1851 nos Últimos Cantos, está escrito em versos pentassilábicos, decassilábicos e hendecassilábicos, e dividido em dez cantos. É um dos mais famosos poemas Indianistas do Romantismo Brasileiro. Considerado por muitos a obra-prima do poeta maranhense, o poema possui 484 versos.





"Chegando lá, o filho é amaldiçoado pelo pai, pois teria chorado em presença dos inimigos, desonrando os tupis. Para provar sua coragem, o filho se lança em combate contra toda a tribo timbira. O barulho da disputa faz o pai perceber que o filho lutava bravamente. O chefe timbira, então, pede-lhe que pare, pois já tinha provado seu valor. Pai e filho se abraçam, reconciliados, pois a honra tupi fora restaurada. A história é contada por um velho índio timbira, como uma recordação."


Fontes:
seuhistory.com
wikipedia.org
google.com
educacao.globo.com

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