quinta-feira, 13 de junho de 2019

Vamos falar hoje da história da escrita e do alfabeto.





Durante milhares de anos os homens sentiram a necessidade de registrar visualmente, isto é, de "ler" as informações. Desenvolvida originalmente para guardar os registros de contas e trocas comerciais, a escrita tornou-se um instrumento de valor inestimável para a difusão de ideias e informações. Foi na Antiga Mesopotâmia há cerca de 6 mil anos atrás, que se desenvolveu a escrita.

A escrita cuneiforme

No início, a escrita era feita através de desenhos: uma imagem estilizada de um objeto significava o próprio objeto. O resultado era uma escrita complexa (havia pelo menos 2.000 sinais) e seu uso era bastante complicado. Assim, os sinais tornaram-se gradativamente mais abstratos, tornando o processo de escrever mais objetivo. Finalmente, o sistema pictográfico evoluiu para uma forma escrita totalmente abstrata, composta de uma série de marcas na forma de cunhas e com um número muito menor de caracteres. Esta forma de escrita ficou conhecida como cuneiforme (do grego, em forma de cunha) e era escrita em tabletes de argila molhada, usando-se uma espécie de caneta de madeira com a ponta na forma de cunha. Quando os tabletes endureciam, forneciam um meio quase indestrutível de armazenamento de informações.

Os Pictogramas eram difíceis de aprender e embora o método cuneiforme fosse muito mais fácil, a escrita àquela época era principalmente uma “reserva exclusiva” de escribas profissionais. Com o objetivo de determinar a posse de algo, quase sempre um selo era usado. Os selos primitivos constavam simplesmente de um desenho pessoal referente ao proprietário. Mais tarde, uma inscrição por escrito, seria também incluída.

História da Escrita


A escrita cuneiforme teve muito sucesso. Milhares de tabletes de argila foram desenterrados contendo registros de transações comerciais e impostos de cidades da Mesopotâmia, e a escrita cuneiforme foi usada para escrever a língua sumeriana. A escrita cuneiforme também foi usada para a forma escrita das línguas da Assíria e Babilônia, línguas bastante diferentes da sumeriana. Embora a escrita cuneiforme fosse muito menos adaptada à estas línguas, a escrita foi amplamente usada no Oriente Médio, numa vasta gama de documentos, desde registros comerciais até cartas de reis. O sucesso da escrita cuneiforme foi parcialmente devido ao fato de que suas matrizes em forma de cunha eram bastante adequadas para o meio em que se escrevia - o tablete de argila.


Escrita cuneiformes e hieróglifos egípcios





Com base na escrita cuneiforme são elaborados os hieróglifos. Não se sabe, todavia, onde e quando exatamente a escrita egípcia teria começado.

Na escrita hieroglífica alguns sinais assumiram uma representação fonográfica, às vezes de uma letra, outras vezes de palavras inteiras. Trata-se de uma escrita complexa e era utilizada em representações religiosas.

Além dessa, os egípcios desenvolveram sucessivamente outras formas de escrita, a Hierática - utilizada especialmente em textos literários, administrativos e jurídicos, bem como a Demótica - semelhante à hierática, porém mais simples, utilizada também em documentos jurídicos.


História da Escrita


A forma mais antiga de escrita na China remonta a 1200 a.C. e, embora tenha sofrido alterações, ela resiste até os nossos dias.



A escrita chinesa é composta por cerca de 40 ou 50 mil caracteres, mas nem todos são necessariamente utilizados. Tais caracteres podem representar um som, uma palavra inteira ou mesmo um conceito.

A escrita chinesa é uma arte e para tanto requer habilidade e equilíbrio.



Alfabeto

A representação fonética foi desenvolvida pelos fenícios. A análise promovida por esse povo deu origem a 22 sinais, aos quais foram acrescentadas as vogais pelos gregos, ao mesmo tempo que foram abandonadas as letras cujos sons não existiam nessa cultura, passando, assim, a ser representada por 24 sinais.



O alfabeto fenício arcaico originou todos os alfabetos atuais. O sistema é composto por 22 signos que permitem a elaboração da representação fonética de qualquer palavra.

Alfabeto Fenício

Diferente do conjunto de representações do povo semita, o alfabeto fenício continha símbolos específicos.

Dessa evolução surge o nosso alfabeto, que tem origem no sistema greco-romano.

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Foi esse o alfabeto adotado pelos gregos por volta do século VIII a.C. Os gregos acrescentaram ao sistema mais sons vocálicos e o alfabeto passou a ter 24 letras, entre vogais e consoantes.

Com base neste sistema, um tanto mais refinado, originam-se outros alfabetos, como o etrusco e o gótico, na Idade Média; o grego clássico e o latino, que foi adotado pelos romanos.

Em consequência da expansão do Império Romano, o alfabeto latino foi largamente difundido.

Foram os gregos os primeiros europeus a aprender escrever com um alfabeto e seu sistema foi fundamental para o mundo moderno.

A palavra alfabeto, aliás, é de origem grega e representa a primeira letra (Alfa) e a segunda (Beta). Com a adoção de um sistema de notação silábica, os gregos influenciaram em todo o alfabeto moderno.

Alfabeto árabe:

Muitas das formas escritas primitivas, como a cuneiforme e a fenícia, surgiram e prosperaram devido ao comércio. A escrita permitia que os mercadores mantivessem o registro de suas transações e que os governos anotassem os bens das pessoas ou os impostos que deviam. Um subproduto interessante e frequente foi o surgimento de uma nova cultura literária. Os primeiros poemas épicos da Mesopotâmia e a profícua literatura da Grécia Antiga têm uma dívida com os comerciantes fenícios e sumerianos, que foram os “desenvolvedores” dos primórdios da escrita.


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Os negócios comerciais não foram nem de longe a única influência sobre a escrita. No mundo islâmico, por exemplo, o repentino surgimento de uma nova religião do Islã estimulou o desenvolvimento e a difusão da escrita árabe. Esta escrita evoluiu, provavelmente durante os séculos IV e V, a partir das escritas do povo nabateu, que habitava as cercanias do monte Sinai. Baseia-se nos sinais originais das línguas semitas, com o acréscimo de outros sinais para diferenciar as sutilezas da pronúncia.

A fé islâmica foi fundada no século VII. O texto do Corão foi ditado por Deus ao profeta Maomé e teve que ser copiado pelos seguidores da sua fé. Estas palavras obviamente têm uma importância capital para os fiéis e devem ser descritas com perfeição e reverência. Consequentemente, a capacidade de escrever e a arte da caligrafia eram, e ainda são, altamente consideradas no mundo islâmico. O fato de que a representação de formas vivas seja proibida na arte islâmica fez com que a caligrafia se tornasse ainda mais importante. Além disso, a escrita tornou-se vital como uma forma de registrar os ensinamentos islâmicos e as descobertas científicas.


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Alfabeto cirílico

alfabeto cirílico um sistema alfabético de escrita utilizado atualmente para representar a língua russa, além de várias outras na Europa oriental e na Ásia central. É também conhecido como azbuka, derivada dos nomes antigos das suas duas primeiras letras. Seu nome é uma referência a dois santos, Cirilo e Metódio, diáconos em Constantinopla, capital à época do Império Bizantino, mas, na verdade, acredita-se que seu criador seja São Clemente de Ohrid, que em algum momento durante o século X o desenvolveu a partir do alfabeto grego, acrescido de ligaduras e consoantes do alfabeto glagolítico e do búlgaro antigo para representar sons que não haviam na Antiga Grécia. Este novo sistema foi desenvolvido para registrar o antigo eslavo eclesiástico, a primeira língua eslava literária (Cirilo e Metódio foram na verdade o estruturador do alfabeto). Além do alfabeto grego foram acrescentados alguns símbolos inspirados na escrita hebraica para representar fonemas característicos das línguas eslavas.



Seguindo a orientação da origem grega, as anotações latinas são lidas da esquerda para a direita. Originalmente, o alfabeto latino é constituído por 26 letras (A,B,C,D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, X, Y, W, Z).

A letra Z chegou ser descartada no século 250 a.C. porque o latim, neste período, não continha nenhum som específico para este sinal gráfico.


Alfabeto Português

O alfabeto de representação gráfica da língua portuguesa é o latino. Os países de língua portuguesa, que incluem o Brasil, aboliram as variações após a assinatura do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e acrescentaram as letras que notam os sons de K, Y e W.

Assim, esse alfabeto é grafado pelas letras, A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, X, Y, W, Z.



Fontes:
todamateria.com.br
infoescola.com
10emtudo.com.br
google.com

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