sábado, 29 de junho de 2019

Eu tinha apenas 5 anos, mas me lembro daquele domingo com céu azul e muito sol, em pleno inverno de São Paulo da garoa. Na época a garoa ainda existia. Pelas ruas uma ar de otimismo com certas ressalvas imperava sobre as pessoas. Será que é hoje ? Vamos finalmente ser campeões mundiais de futebol ?


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Era manhã de 29 de junho de 1958. Lembro do barulho da casa no preparo do café da manhã, e na conversação, principalmente dos homens sobre a final, na tarde daquele domingo.

Meu tio trouxe um exemplar de "A Gazeta Esportiva" famoso jornal de esportes da época, com uma novidade; fotos coloridas dos jogadores da seleção brasileira. Isso realmente era uma novidade numa época de preto e branco.


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Me lembro dele fazendo um balão, com as cores da bandeira nacional, e recortando as fotos, uma a uma dos jogadores da seleção brasileira e as colando no balão.

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Foto do Tatuapé antigo

Naquela tarde o céu ficou repleto de balões, inclusive àquele que meu tio Osvaldo soltou. Naquela época o bairro era diferente e os valões eram permitidos.



No dia 29 de junho de 1958, na Suécia, o Brasil conquistava o seu primeiro título de Copa do Mundo de futebol. Neste dia, o time brasileiro derrotou na final os suecos por 5 a 2, com gols de Vavá (2), Pelé (2) e Zagallo.




 O Rei do Futebol tinha apenas 17 anos quando surpreendeu o mundo com o seu talento com a bola. Na primeira fase da competição, o time brasileiro começou com uma vitória sobre a Áustria por 3 a 0, depois empatou sem gols com a Inglaterra e, por último, venceu a União Soviética por 2 a 0. 

Nas quartas de final derrotou o país de Gales por 1 a 0 e, nas semis, garantiu a passagem à decisão com uma vitória sobre a França por 5 a 2. Pelé foi o vice-artilheiro do torneio, com seis gols marcados. O grande goleador foi o francês Just Fontaine, com 13 gols anotados, o recorde dura até hoje.

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Vicente Feola(técnico) D.Santos, Zito, Bellini (capitão), Nilton Santos, Zózimo, Gilmar (goleiro)

Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagalo, Paulo Amaral (P.Físico)



Na final, o Brasil foi obrigado a jogar com camisas azuis, que só eram usadas no treino e estavam velhas. Tiveram de ir atrás de novas camisas azuis que só foram encontradas numa cidade distante 20 quilômetros. Foi necessário, costurar os escudos da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) nome antes de CBF , e os números das camisas, tudo feito pelos próprios roupeiros da seleção.

Os jogadores achavam que a camisa azul poderia dar "azar", foi quando Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira disse a famosa frase que o azul era do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

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Foi uma festa incrível, do jogo, narrado por Edson Leite e Pedro Luís. Transmissão por televisão nem pensar. Notem que a voz dos narradores às vezes falha, devido à transmissão sem maiores sofisticações da época.
Até o segundo gol de Vavá a narração era de Pedro Luís, depois foi de Edson Leite. Notem a exaltação dos narradores com o microfone aberto.




Fontes:
seuhistory.com
blogdokastilho.blogspot.com
google.com
youtube.com




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