Hoje vamos falar da Copa do Mundo de 1958, na Suécia.
A opção pela Suécia para ser a anfitriã em 1958 foi tomada com 10 anos de antecedência, no Congresso da Fifa realizado em Londres. A confirmação oficial foi no Rio de Janeiro, em 1950. E acabou sendo a primeira Copa do Mundo sem a presença de Jules Rimet: o presidente da Fifa morreu dois anos antes, em 1956.
Doze estádios suecos foram utIlizados para o Mundial. Entre eles, três acabaram construídos especialmente para a competição (Tunavallen, Ulevi e Malmö Stadium) e dois ampliados (Rasunda e Idrottsparken).
Nessa Copa, pela primeira vez, todas as nações que compõem o Reino Unido estiveram presentes: Inglaterra, País de Gales, Irlanda do Norte e Escócia.
Essa foi a segunda Copa do Mundo transmitida pela televisão, essa, no entanto atingiu 11 países, graças ao lançamento pela União Soviética do satélite Sputnik III.
O Brasil vinha de duas decepções, a Copa do Mundo de 50, onde foi vice campeão, e a Copa da Suíça, onde não ficou nem entre os quatro melhores. Por isso a C.B.D. resolveu montar uma estrutura nunca vista antes na preparação da seleção brasileira. A chefia da delegação coube a Paulo Machado de Carvalho, diretor do São Paulo e dono da TV Record Cana 7 de São Paulo. A Copa do Mundo de 1958 foi a Copa do Mundo de Pelé, Garrincha e João Carvalhaes. Este era o psicólogo indicado pela C.B.D. para trabalhar com os jogadores porque, segundo a expressão de Nélson Rodrigues, o brasileiro tinha “complexo de vira-lata”.
Depois de fazer um teste com Garrincha o psicologo João Carvalhaes, disse que Garrincha não tinha condições mentais nem intelectuais para ir para a Copa.
Felizmente as recomendações dele não foram levadas a sério e Garrincha foi um dos destaques do Brasil.
Técnico Vicente Feola, Djalma Santos, Zito, Belini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar.
Agachados:
Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagalo e preparador físico Paulo Amaral.
Nas quartas de final o Brasil enfrentou o País de Gales, e venceu com o primeiro gol de Pelé em Copa do Mundo.
Na semifinal o Brasil enfrentou a França de Just Fontaine, o artilheiro da Copa com 13 gols em 6 jogos. O Brasil venceu por 5x2 e foi para final contra a equipe sede Suécia.
Pelé e Garrincha já haviam surpreendido o mundo quando pisaram em campo para a final. O Brasil entrou favorito e vestindo azul, pois a Suécia como país sede tinha a prioridade de jogar com a camisa principal, que também era amarela.
A seleção do Brasil nunca perdeu nenhum jogo com Garrincha e Pelé em campo.
O chefe da delegação Paulo Machado de Carvalho, temendo que a mudança das camisas pudesse influenciar no futebol dos jogadores, falou que a camisa azul, que tinha a fama de "azarada" era a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Na lateral direita: De Sordi, contundido, deu lugar a Djalma Santos, que pela sua única atuação foi eleito o lateral da Copa. Mas antes de brilhar, viu os suecos saírem na frente com Liedholm, aos quatro minutos. Ainda na primeira etapa o Brasil virou: Mané na linha de fundo, centro para Vavá. Duas vezes, aos 9 e 32.. No segundo tempo, Pelé fez 3 a 1 com direto a chapéu no marcador, aos 10. Zagallo aumentou aos 23. A Suécia diminuiu com Simonsson, aos 35. Mas era dia do Brasil. O novo Rei do Futebol fechou o Mundial com o quinto gol aos 45, e a Seleção finalmente conquistava o mundo pela primeira vez.
Final da Copa de 1958
A famosa cena do capitão Hideraldo Luiz Bellini erguendo a taça acima da cabeça, foi um pedido de Bruno Barreto, cineasta brasileiro, na época fotografo jornalístico da Revista O Cruzeiro.
Luiz Carlos Barreto
Na época eu tinha 4 anos, e a única coisa que me lembro era o céu de São Paulo repleto de balões, após o jogo, com a vitória do Brasil.
Meu tio, Oswaldo, comprou o jornal Gazeta Esportiva, que trouxe nessa edição as fotos coloridas de todos os jogadores da seleção brasileira, uma novidade na época.
Ele fez um balão nas cores verde, amarelo e azul, e colou as fotos dos jogadores nele.
Foi uma grande festa, o primeiro mundial de futebol do Brasil.
O Brasil vivia os anos dourados, a construção de Brasília, as conquistas da tenista Maria Ester Bueno, anos mais tarde o bi-campeonato mundial da seleção de basquete, a bossa nova. Era um país que tinha esperança no futuro e um povo feliz.
O Brasil vivia os anos dourados, a construção de Brasília, as conquistas da tenista Maria Ester Bueno, anos mais tarde o bi-campeonato mundial da seleção de basquete, a bossa nova. Era um país que tinha esperança no futuro e um povo feliz.
Fontes:
wikipedia.org
google.com.br
globoesporte.globo.com
guiadoscuriosos.uol.com.br
espn.com.br
youtube.com.br
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