Olá, pessoal !
Vamos falar hoje da colonização do continente africano por países europeus.
Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-se com os descobrimentos e com a ocupação das Ilha Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV. Desde o século XV, as Canárias pertencem aos espanhóis.
O processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político do continente africano por potências europeias tem início no século XV e estende-se até a metade do século XX. Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.
No século XIV, exploradores europeus chegaram a África. Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus foram capazes de capturar milhões de africanos e de os exportar para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.
No século XIX, as nações europeias, como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e Alemanha, começaram a explorar de maneira efetiva o continente africano e o asiático. A Revolução Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas, especialmente minérios, dentre os quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo, além de produtos de origem agrícola, como algodão e borracha; todos fundamentais para a produção industrial.
As nações americanas que foram descolonizadas se tornaram um mercado promissor para os produtos industrializados europeus, tendo em vista que a procura na Europa por tais mercadorias estava em queda.
As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios contidos no continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente entre os principais países europeus da época, dando direito de explorar a parte que coube a cada nação.
A divisão do continente africano foi consolidada através de um acordo realizado em 1885. Esse evento contou com a participação da Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. Esse acordo foi executado na Conferência de Berlim.
Conferência de Berlim
Portugal colonizou: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e San Tomé e Príncipe.
França colonizou: Marrocos, Tunísia, Argélia, Senegal, Marrocos, República do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Niger, Mauritânia, além de outros países africanos.
Inglaterra colonizou: África do Sul, Niger, Egito, Sudão, Uganda, Somália, Zimbawae além de outros países.
Itália colonizou: Líbia, Somália até 1941, quando foi colonizada pela Inglaterra.
Bélgica colonizou: Ruanda (depois de 1945), República Democrática do Congo (até 1908, depois passou para França).
Alemanha colonizou: Togo, Tanzânia, Namíbia, Ruanda (até o final da Segunda Guera Mundial).
Espanha colonizou : Saara equatorial, Saara Ocidental e Marrocos (até 1912).
A ocupação da África pelas potências europeias prosseguiu até depois do final da Segunda Guerra Mundial, quando as colônias começaram a obter a independência, num processo que se chamou descolonização. Com exceção do Egito, que tinha proclamado unilateralmente a sua independência em 1922, e da África do Sul, que se tinha tornado autônoma em 1910, na forma de domínio do Império Britânico, os restantes territórios africanos começaram a obter a independência a partir da década de 1950 e, principalmente, a partir da Conferência de Bandung, em 1958, em que participaram os quatro países africanos independentes nessa data. A descolonização não foi pacífica, embora nem sempre fosse forçada através de guerras de libertação, como foi o caso das colônias portuguesas e da Argélia; as potências coloniais tentaram manter o seu domínio através do seu apoio a políticos amigos ou através de vínculos entre os territórios semi-autônomos e a Europa.
Várias são as teorias que tentam explicar as questões relacionadas com o subdesenvolvimento nas economias Africanas, de entre elas fazem parte as teorias do imperialismo alinhadas no pensamento de Lenin e do Dualismo Econômico de Celso Furtado, ambas realçam ou destacam a existência de uma colônia ou potência dominadora, cujo os lucros ou dividendos serviram apenas para alimentar ou beneficiar as mesmas.
Lenin foi o primeiro marxista a aperceber-se das consequências do domínio avassalador dos monopólios na nova fase do imperialismo. No seu livro – a que chamou folheto – inova também ao desmascarar a manobra da burguesia que criou «a aristocracia operária» para dividir a classe trabalhadora.
Lenin Celso Furtado
Sendo muito recente, a desocupação das potências europeias deixou um rastro de exploração, sem nada ter deixado para o desenvolvimento dessas nações, o que explica os problemas de miséria e sub-desenvolvimento desses países.
Fontes:
wikipedia.org
google.com.br
mundoeducacao.bol.uol.com.br
gz.diarioliberdade.org
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