segunda-feira, 1 de março de 2021

 Vamos falar hoje da Revolta dos Farroupilhas.



Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha foi como ficou conhecida a revolução ou guerra regional regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil,  na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense.  Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.





Era termo considerado originalmente pejorativo, já utilizado pelo menos uma década antes da Guerra dos Farrapos para designar os sul-rio-grandenses vinculados ao Partido Liberal, oposicionistas e radicais ao governo central, destacando-se os chamados jurujubas. O termo, oriundo do parlamento, com o tempo foi adotado pelos próprios revolucionários, de forma semelhante à que ocorreu com os sans-culottes à época da Revolução Francesa. Seus oponentes imperiais eram por eles chamados de caramurus ou camelos, termo jocoso em geral aplicado aos membros do Partido Restaurador no Parlamento Imperial.

Alguns livros associam o termo farrapos às roupas que os combatentes usavam.




Esse movimento ganhou dimensão quando foi proclamada pelos estancieiros a República Rio-grandense, também conhecida como República de Piratini, em setembro de 1836. Esse evento tem motivado debates entre os historiadores sobre se a Revolta dos Farrapos era um movimento de caráter separatista que se uniria com Uruguai e/ou Argentina ou se apenas buscava forçar o governo a conceder maior autonomia para a província.

Um dos grandes nomes que lideraram a luta dos farrapos foi Bento Gonçalves, um rico estancieiro que, inclusive, presidiu a República Rio-grandense. Outros nomes importantes foram do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi – que também atuou na Unificação Italiana – e do militar David Canabarro.


Bento Gonçalves

Giuseppe Garibaldi







A Revolta dos Farrapos espalhou-se ainda para a região de Santa Catarina quando Giuseppe Garibaldi e David Canabarro lideraram as tropas gaúchas e conquistaram-na, inaugurando lá a República Juliana em julho de 1839. Essa república, entretanto, teve duração curta, pois a região foi retomada pelas tropas imperiais em novembro do mesmo ano.

A partir de 1842, conforme classifica o historiador gaúcho Juremir Machado da Silva, a guerra travada entre os farrapos e o governo imperial transformou-se em uma guerra de guerrilha, uma vez que as forças dos farrapos já estavam consideravelmente prejudicadas. Isso aconteceu principalmente com a nomeação de Luís Alves de Lima e Silva para conter a revolta no Sul.

Luís Alves de Lima e Silva, na época Barão de Caxias, foi nomeado pelo governo em 1842 para derrotar os farrapos e foi enviado para o Sul com mais 12 mil homens. Caxias conseguiu, por meio de estratégia militar eficiente e da diplomacia, derrotar gradativamente os farrapos e forçá-los à negociação.

Duque de Caxias



Notem que Caxias se destacava no exército imperial brasileiro atuando para conter grandes revoltas como Balaiada, Farroupilhas e mais tarde a Guerra do Paraguai. Ele recebeu a alcunha de " o pacificador"  e mais tarde o título de Duque.





Essa negociação entre os farrapos e o governo levou à assinatura do Tratado de Ponche Verde, no qual foi acertada a rendição dos revoltosos. Os farrapos foram, portanto, derrotados e, em troca, o governo aceitou os seguintes termos:


Os envolvidos foram anistiados.


Charque estrangeiro foi taxado em 25%.


Os militares farrapos foram integrados ao exército imperial, mantendo a mesma patente.


Provincianos receberam o direito de escolher seu governador de província (não cumprido pelo governo).


Os escravos que participaram da revolta seriam alforriados (não foi cumprido pelo governo).

O estado do Rio Grande do Sul, presta homenagens aos seus heróis dando o nome deles a algumas cidades como Garibaldi e Bento Gonçalves.



Fontes:
todamateria,com.br
wikipedia.org
google.com
sohistoria.com.br
brasilescola.uol.com.br
dicio.com.br

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