sábado, 31 de outubro de 2020

Rosa Luxemburgo foi uma filósofa e economista marxista polaco-alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Socialdemocracia da Polônia, ao Partido Socialdemocrata da Alemanha e ao Partido Socialdemocrata Independente da Alemanha.





Rozalia Luksemburg é o nome original da filósofa, socióloga, economista e teórica política polonesa conhecida no Brasil como Rosa Luxemburgo. Ela nasceu em 1871, na Polônia, em uma família judaica. Seu pai era comerciante de madeira, e a família mudou-se para a cidade de Varsóvia em 1873. 

Em 1880, a filósofa ingressou no estudo ginasial (ensino básico, que se refere à segunda fase do nosso Ensino Fundamental e ao Ensino Médio), em que obteve grande desempenho e era descrita como rebelde e subversiva. Ainda no ginásio, Rosa Luxemburgo entrou para o Partido do Proletariado, de orientação socialista, e organizou uma greve. O motim organizado pelos membros do partido resultou na morte de quatro trabalhadores e na consequente dissolução da organização política. Rosa e os membros do partido não foram presos.






Em 1889, uma ordem de prisão (a primeira de várias) é expedida contra a filósofa, que foge para a Suíça e ingressa no curso de Direito da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique. Em 1898, Rosa Luxemburgo defende a sua tese de doutorado intitulada O desenvolvimento industrial da Polônia. Em seu período de estudos, a pensadora aprofundou-se em economia, filosofia política e sociologia.. 

Rosa integrou o Partido Operário Socialdemocrata Russo, o POSDR, mas logo se desligou da instituição por desentendimentos políticos. Tanto os membros do Partido Socialista Polonês quanto os membros do POSDR eram a favor da autodeterminação dos povos poloneses (a Polônia era dominada pela Rússia, e a autodeterminação é a defesa de autonomia política para grupos étnicos, sem interferência externa), mas Luxemburgo considerava a autodeterminação um fator de enfraquecimento para o movimento socialista.




“Socialismo ou barbárie” foi o lema adotado por Rosa Luxemburgo para inspiração de sua vida e de sua luta. Ela percebeu que o capitalismo estava enveredando, no século XX, para a barbárie do militarismo e das guerras. A filósofa entendia que, para frear a onda bélica que assolava a população, era necessário derrubar o sistema capitalista. 




A situação europeia era de encaminhamento para a barbárie. O capitalismo, na leitura de Luxemburgo, levaria a Europa ao colapso, deixando graves sequelas apenas entre as classes trabalhadoras, pois a burguesia não sofreria com as mazelas provocadas pela guerra.

Ela defendia o socialismo com democracia com diminuição das diferenças sociais e apoio aos sindicatos e aos trabalhadores, a parte mais frágil nas relações entre capital e trabalho.

Em 1914, Luxemburgo foi presa, julgada e condenada a um ano de prisão por incitar a desobediência civil. Em 1915, a filósofa foi presa novamente por mostrar-se contra a guerra e a formação militarista da nação, ficando retida até 1918. Desentendimentos com o partido resultaram na saída dela dos socialdemocratas.

Na noite de 15 de janeiro de 1919 ela é brutalmente assassinada por radicais nacionalistas, veteranos de guerra que eram contrários à República de Weimar e à ascensão do comunismo na Alemanha que um pouco antes tinham assassinado também seu antigo companheiro,  Karl Liebknecht.



 Karl Liebknechte Rosa de Luxemburgo



Ela foi abordada no hotel Eden de Berlin, um dos assassinos de destroça seu rosto à pontapés, enquanto um outro dá-lhe um tiro em sua nuca. Seu corpo é amarrado com pedras e jogado no rio Spree.




Rosa criticava os rumos da socialdemocracia da qual fazia parte e passou a defender a revolução bolchevista.

A pergunta sempre foi quem  foram os autores intelectuais do assassinato? O protagonista material foi o capitão Pabst (que décadas depois, em 1962, protegido pela prescrição do crime, falou abertamente sobre o caso) e seu esquadrão da morte, mas — segundo o historiador Haffner — não agiram como simples executores que obedeciam com indiferença uma ordem, mas como autores voluntários e convencidos do que faziam. A imprensa burguesa e socialdemocrata divulgou sem pudores várias incitações ao assassinato, enquanto os responsáveis socialdemocratas — Ebert, Noske, Scheidemann... — olhavam para o outro lado e permaneciam calados.





Fontes:
wikipedia.org
google.com
causaoperaria.org.br
brasilescola.uol.com.br
brasil.elpais.com
rtp.pt

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