Em 12 de junho de 1942, Anne Frank, a jovem garota judia alemã que estava vivendo em Amsterdã, recebeu um diário como presente pelo seu aniversário de 13 anos.
"Eu me sinto como um pássaro de asas cortadas, que fica se atirando contra as barras da gaiola. 'Me deixem sair!', grita uma voz dentro de mim". (trecho do diário)
Um mês depois, ela e sua família estavam se escondendo dos nazistas em quartos atrás do escritório do seu pai. Anne e sua família se esconderam por dois anos e recebiam comida e cuidados de amigos. As famílias, contudo, foram descobertas pela Gestapo, que havia sido avisada, em 1944.
Os Franks foram levados para Auschwitz, onde a mãe de Anne morreu. Amigos em Amsterdã vasculharam os quartos e encontraram o diário de Anne escondido. Anne e sua irmã foram transferidas para outro campo, Bergen-Belsen, onde Anne morreu de tifo, um mês antes do fim da Segunda Guerra Mundial. O pai de Anne sobreviveu em Auschwitz e publicou seu diário em 1947. O livro já foi traduzido para mais de 60 idiomas.
Casa de Anne Frank - Amsterdã - Holanda
A garota foi descoberta pelas tropas do Führer ao lado de outras sete pessoas no andar de cima do armazém, que outrora pertenceu ao seu pai. Durante investigações, mais de 30 pessoas foram consideradas suspeitas de terem denunciado Anne Frank e outros fugitivos. Entre eles está Wihelm van Maaren, funcionário que trabalhava no andar de baixo do econderijo do grupo. No entanto, por ausência de provas, não chegou a ser acusado.
Vista da casa de Anne Frank
Além dele, Lena Bladeren, que ajudava a controlar pragas no depósito, é tida como uma suspeita por afirmarem que ela acreditava ouvir barulhos vindos do armazém. Porém, em futuros relatos, foi indicado que ela nunca teve certeza se havia de fato algo suspeito no local.
Em pesquisa realizada pela Casa de Anne Frank, em Amsterdã, foi constatado que a família possivelmente foi encontrada por acidente, durante uma inspeção para verificação de cupons de racionamento falsificados.
Em períodos de guerra, geralmente os recursos de um país começam a ser racionados para que não haja falta de suprimentos tanto para os militares como para os civis. Além de que a guerra fazia com que as pessoas estocassem mais alimentos para evitar saírem de casa.
Quando morreu, em 1980, Otto Frank deixou os manuscritos da filha para o Instituto Estatal Neerlandês para Documentação de Guerra 1, em Amsterdã. Como a autenticidade do diário fora questionada desde a sua primeira publicação, principalmente pelo revisionista francês Robert Faurisson (autor de Le Journal d'Anne Frank est-il authentique?, de 1980), o Instituto para Documentação de Guerra ordenou uma investigação total. Assim que foi dado como autêntico, sem qualquer sombra de dúvida, o diário foi publicado na sua totalidade.
Versão original do Díario
Junto a ele foram publicados os resultados de um estudo exaustivo, artigos sobre o passado da família Frank, as circunstâncias relativas à prisão e deportação de Anne Frank e seu exame de caligrafia, do documento e dos materiais usados. As alegações segundo as quais diversas páginas do diário teriam sido escritas (após a guerra ou não) por outra(s) pessoa(s), foram refutadas definitivamente.
Fontes:
seuhistory.com
wikipedia.org
google.com
aventurasnahistoria.uol.com.br
noticiais.r7.com
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