quinta-feira, 25 de junho de 2020



Custer Massacre At Big Horn, Montana June 25 1876.jpg


Este confronto produziu-se no dia 25 de Junho de 1876, em Little Big Horn, território de Montana, Estados Unidos da América do Norte, entre soldados do 7º Regimento de Cavalaria, comandado pelo General americano George Armstrong Custer, e várias tribos de índios, sob o comando do grande chefe sioux Tasunka Witko, chamado também Cavalo Louco. 

Detalhe da litografia: Povo nativo de Amrican, publicada em 1897


Este combate significou a maior derrota do Exército dos Estados Unidos durante as chamadas Guerras Índias. O confronto teve a vitória indígena e a morte do general Custer e de seus homens, os índios só perderam uns 40 guerreiros. Por sua vez, Custer teve 268 mortos, entre eles 16 oficiais, 242 suboficiais e tropa, bem como 10 civis e exploradores.



O dia 25 de junho de 1876 amanheceu com cheiro e gosto de glória para o general George Armstrong Custer e seus 647 homens da 7ª Cavalaria. Finalmente, a caça aos índios que haviam se rebelado contra o governo dos Estados Unidos tinha chegado ao fim. Ao longo do vale do rio Little Bighorn, no atual estado de Montana, repousava o maior acampamento indígena já visto naquelas bandas.

Custer era conhecido por atacar aldeias indígenas quando os homens estavam ausentes, assassinando mulheres,velhos e crianças. Era arrogante e deslumbrado com sua própria imagem.

Na frente dos olhos da soldadesca, uma infinidade de tendas projetava-se num raio de mais cinco quilômetros. Estavam amontoados ali sioux oglalas, hunkpapas, sans arcs, minneconjous, brulés e cheyennes. Ao todo, cerca de 10 mil almas, sob o comando dos chefes sioux Touro Sentado e Cavalo Louco. 



Segundo o plano original, Custer teria de encontrar os índios rebeldes, mandar um aviso para o forte, esperar pela chegada de outras duas colunas do Exército e, só então, avançar. Mas "Cabelos-longos", como era chamado pelos índios, transbordava de ambição. Em depoimento ao jornalista John Finerty, que, em 1890 publicou o livro War-Path and Bivouac ("Em Pé de Guerra e Bivaque", inédito no Brasil), o general John Gibbon afirmou ter alertado Custer para que aguardasse por reforços.

E o comandante teria dito: "Não, eu não esperarei". A vitória sobre os índios seria sua glória pessoal. "Ele era implacável. Mudava de opinião o tempo todo e sempre achava que estava certo. Nunca pedia palpite a seus oficiais. A nós, restava obedecer", relatou James Horner, cabo da 7ª Cavalaria e um dos sobreviventes do massacre, também em depoimento a Finerty.



A obediência ao chefe custou caro. Ao avistar o acampamento, o general ordenou o ataque sem pestanejar. De fato, foi um dia de glórias. Mas não para Custer. E, sim, para as nações indígenas. Como um formigueiro, mais de 3 mil guerreiros atiraram-se sobre os pouco mais de 600 soldados da 7a Cavalaria. Um pequeno grupo conseguiu fugir. Só que o general foi cercado. O índio Cavalo Vermelho, em depoimento recuperado em 1893 por Garrick Mallery, do Bureau Norte-Americano de Etnologia, contou que "136 sioux morreram", mas o número de baixa entre os apaches foi bem menor era de 40 deles.


Crow Camp, Little Big Horn River, Montana.





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A 7ª Cavalaria, porém, pagou um preço bem mais alto: 263 soldados morreram. Custer também foi morto.


Batalha de Little Bighorn
Custer


O cansaço pesou nos ombros dos homens de Custer. Eles galoparam quase 2 mil quilômetros nos 30 dias anteriores. A batalha durou menos de duas horas. Os índios liquidaram os homens de Custer. A estratégia do chefe indígena foi orquestrar a união dos sioux com os cheyennes e arapahos. Muitos brancos foram mortos no combate corpo a corpo. Os soldados eram menos experientes nesse tipo de luta. Foi assim que Touro Branco, sobrinho de Touro Sentado, matou vários deles – e até o próprio Custer, que levou tiros no coração e na cabeça. As tropas do general perderam, além dele, 264 soldados. Entre os índios, houve somente 40 baixas. O restante da tropa do exército norte-americano bateu em retirada.




Os sioux venceram a batalha, mas não a guerra. Menos de um mês depois de Little Bighorn, como punição pela morte do general Custer, o general Sherman recebeu ordens do congresso para confiscar todas as terras indígenas. Nuvem Vermelha foi obrigado a assinar um acordo entregando as sagradas Colinas Negras, de certa forma, a pátria da nação sioux. A partir daí, eles viveriam confinados em uma pequena reserva ao sul. Touro Sentado e Cavalo Louco fugiram das tropas do governo durante um ano.


Touro Sentado : circojeca
Touro Sentado


Em 8 de maio de 1877, Cavalo Louco entregou-se. Preso no Forte Robinson, no Estado de Nebraska, acabou assassinado por um soldado em 5 de setembro daquele mesmo ano. Touro Sentado conseguiu alcançar a fronteira com o Canadá, onde ficou com seus homens até 1881. Depois de um inverno severo, quando vários de seus homens morreram, retornou aos Estados Unidos, foi anistiado pelo governo e colocado na reserva de Standing Rock, na Dakota do Sul.

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Fontes:
seuhistory.com
google.com
aventursnahistoria.uol.com.br

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