domingo, 11 de abril de 2021




Ramavo nasceu em 1788 em uma família humilde de Madagascar. Seu pai descobriu um complô que mataria o futuro rei do país, Andrianampoinimerina, e acabou com esse esquema. O rei, como forma de agradecimento, resolveu adotar a menina e passou a chamá-la de Ranavalona. O futuro rei inclusive fez com que ela se casasse com seu filho, Radama.

Quando Radama assumiu o trono, Ranavalona seria a mãe do futuro herdeiro da coroa. Como foi a primeira das 12 esposas de Radama, apenas seus filhos seriam considerados na linha de sucessão. Porém, o casal nunca teve filhos, e isso se tornou um grande problema, já que Radama morreu de sífilis tempos depois.

O sobrinho de Radama, Rakotobe, seria o herdeiro neste caso. Porém, a tradição falava que qualquer filho de Ranavalona, mesmo que não fosse comprovado ser filho de Radama, poderia roubar a coroa. Rakotobe planejou matar a prima bastarda e ela descobriu isso. Foi então que as coisas pioraram.





Ranavalona I foi a rainha de Madagascar de 1828 á 1861, sucedendo seu marido Radama I e sendo sucedida por seu filho Radama II. Também era chamada de Ramavo-Manjaka I e é muito lembrada por seu nacionalismo, tradicionalismo e autoritarismo.






Coroação e primeiras tiranias

Antes de morrer, Radama tinha aberto Madagascar para missionários cristãos, o que atraiu a ira de muita gente. Por isso, as pessoas achavam que Rakotobe iria seguir os passos do tio, e a galera não estava muito animada com isso. Ranavalona era bastante popular entre o exército e conseguiu convencer o povo que seria uma boa rainha. Então, em 12 de junho de 1829, a rainha-plebeia assumiu o trono.

Seu primeiro ato foi mandar matar Rakotobe e sua mãe. Durante a coroação, ela disse: “Nunca diga ‘ela é apenas uma mulher fraca e ignorante, como ela pode governar um vasto império?’ Vou governar para a sorte do meu povo e a glória do meu nome! Vou adorar deuses, mas aqueles de meus ancestrais. O oceano é o limite do meu reino, e eu não vou ceder nem à espessura de um fio de cabelo do meu reino!”.




E assim foi feito: Ranavalona mandou os missionários cristãos embora de Madagascar, desfez acordos comerciais firmados por seu falecido marido com a França e a Inglaterra, e até entrou em uma batalha marítima contra os franceses.



"Eu vou ser a regra, aqui, para a prosperidade de meu povo e a glória de meu nome! Não vou adorar outros deuses além de os deuses de meus antepassados.

O oceano se encontram as fronteiras do meu reino e eu não vou ceder um único fio de cabelo do meu reino!”, ele alegou ela."


Combate ao cristianismo

Ranavalona não estava para brincadeira: se soubesse de alguém que não fosse fiel a ela, a rainha ordenava que a pessoa comesse 3 peles de galinha e uma noz envenedada que a faria vomitar: se o suposto infiel não vomitasse todas as peles, não provaria sua fidelidade. Ela decapitou um amante que se recusou a esse castigo.

Aos estrangeiros, ela não negava a liberdade religiosa em seu país. Porém, ninguém poderia ensinar o povo de Madagascar uma crença que não fosse própria de lá. A pena era clara: a morte! Isso fez com que muitos cristãos fugissem do país, e inúmeros dos que ficaram foram presos, torturados e executados.






Certa vez, ela colocou 15 missionários cristãos para perdurados em cordas sobre um precipício, cortando a sustentação e matando a todos! Em outras ocasiões, ela cozinhava os cristãos vivos! Já em 1845, ela organizou uma expedição de caça a búfalos com mais de 50 mil pessoas do seu reino: 10 mil homens morreram de fome nos 4 meses de caçada; e nenhum búfalo foi ferido.






Morte e assombração

Mais tarde, Ranavalona acabou gerando um filho, a quem lhe deu o nome de Rakoto. O rapaz não concordava com a tirania da mãe, inclusive conspirando contra a própria vida dela! Ele nunca conseguiu atingir seu objetivo, e Ranavalona morreu pacificamente aos 80 anos de idade.




Acredita-se que ela tenha sido responsável pela morte de 2,5 milhões de pessoas durante o seu reinado. Em seu funeral, um acidente com um barril de pólvora ainda matou vários espectadores. Muitos consideram isso um final “apoteótico” para uma vida de tantas tiranias.

Rakoto assumiu o trono e conseguiu reverter várias das políticas polêmicas de sua mãe. Ele durou pouco no reinado: ele foi vítima de traição alguns anos após colocar a coroa na cabeça. Essas mudanças de Rakoto fizeram o povo de Madagascar acreditar que Ranavalona estava assombrando o país, descontente com as decisões do filho.



Fontes:
megacurioso.com.br
google.com
wikipedia.org
atitudetocantis.com.br

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