sábado, 23 de maio de 2020



José Lins do Rego Cavalcanti nasceu no Engenho Corredor, Pilar, na Paraíba, a 03 de Junho de 1901. Seus pais eram João do Rego Cavalcanti e Amélia Lins Cavalcanti.

Iniciou os estudos no Colégio Itabaiana, na Paraíba. Logo após, passou para o Instituto N. S. do Carmo, e posteriormente, para o Colégio Diocesano Pio X, em João Pessoa. Quando mais velho, estudou no Colégio carneiro Leão e Osvaldo Cruz, no Recife, onde revelou seu gosto por literatura.



"Fazia um mês que eu chegara ao colégio. Um mês de um duro aprendizado que me custara suores frios. Tinha também ganho o meu apelido: chamavam-me de Doidinho. O meu nervoso, a minha impaciência mórbida de não parar em um lugar, de fazer tudo às carreiras, os meus recolhimentos, os meus choros inexplicáveis, me batizaram assim pela segunda vez. Só me chamavam de Doidinho."

                                          O Doidinho




No ano de 1923, José formou-se em Direito na faculdade de Recife, onde conheceu diversas personalidades ampliando seu contato literário, e dois anos depois da conclusão do curso, foi morar em Minas Gerais, onde trabalhou como promotor público. No estado de Minas Gerais casou-se com D. Filomena, mais conhecida como “Naná” Masa Lins do Rego, no ano de 1924. Dois anos depois fora transferido para Alagoas para exercer funções de fiscal de 1930 a 1935. Ainda em Alagoas, colaborou com o “Jornal de Alagoas”, participou do grupo de Raquel de Queirós, Jorge de Lima, Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Aloísio Branco, dentre outros.

Em 1932, publicou seu primeiro romance, “Menino de Engenho”, que conquistou o prêmio da Fundação Graça Aranha. No ano seguinte publicou “Doidinho”, segundo livro do “Ciclo cana-de-açúcar”. Após isso manteve intensa e constante atividade na área da literatura, publicando um livro por ano.

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No ano de 1935 mudou-se para o Rio de Janeiro, exercendo o cargo de fiscal do imposto de consumo, como de costume, fora colaborador de diversos jornais e periódicos. Em 1937 publicou “Pureza”, seu primeiro romance a fugir da temática do ciclo da cana-de-açúcar. Seu romance “Água-mãe” recebeu o Prêmio Felipe d’Oliveira em 1941. Escreveu mais duas obras nesta linha, e em 1943 publicou “Fogo Morto”, que retorna à temática da realidade nordestina.

Ficou conhecido e eternizado como um dos grandes autores brasileiros a registrar um panorama histórico de sua época em suas obras. E em 1947 recebeu o Prêmio Prado, através do romance Eurídice.

José Lins do Rego fora recebido pelo acadêmico Autregésilo de Athayde em 1956, como sucessor de Ataulfo de Paiva na Cadeira 25, tornando-se o quarto a ocupar o lugar. O romancista e jornalista faleceu no dia 12 de Setembro de 1957, no Rio de Janeiro.


No livro "Menino de Engenho" publicado em 1932, Menino do Engenho é a primeira obra do autor, cujos exemplares foram custeados por ele e quase todos vendidos. Aclamado pela crítica com entusiasmo, o livro foi lido na época por grande parte do Rio de Janeiro e com isso recebeu o conhecido prêmio da Fundação Graça Aranha.


Período histórico
Tendo como fundo os engenhos do interior paraibano, o livro retrata de forma genial o cenário em que a escravidão já terminara, mas o respeito, a servidão e o cuidado entre senhor do engenho e escravos ainda existia. As relações de afetividade entre os meninos, a sexualidade das negras, as secas e as enchentes são retratadas com a pureza e verossimilhança de um menino.


Salão Nacional de Humor José Lins do Rego já tem 50 trabalhos ...



A obra de José Lins do Rego tem um fundo comum a dos demais regionalistas dos anos 30 (Segundo Tempo Modernista), como Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado. Segundo ele, sua obra está dividida por temáticas:
Ciclo da cana de açúcar, cuja ação se desenvolve na região nordestina dos grandes engenhos de açúcar, como Menino de Engenho, Doidinho, Banguê e Fogo Morto – a obra-prima desse ciclo.
Ciclo do cangaço, do misticismo e da seca, com Pedra Bonita e Cangaceiros.
Obras independentes, mas também vinculadas ao Nordeste, como Pureza e Riacho Doce (que foi transformada em minissérie para a TV), e Água Mãe e Eurídice, onde o cenário se desloca do Nordeste para a cidade do Rio de Janeiro.









Fontes:
infoescola.com
estaticog1.globo.com
educacao.globo.com
ebiografia.com
google.com

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